Ordenação

Tipo de Verbete

Filtros

Áreas de Expressão
Artes Visuais
Cinema
Dança
Literatura
Música
Teatro

Período

A Enciclopédia é o projeto mais antigo do Itaú Cultural. Ela nasce como um banco de dados sobre pintura brasileira, em 1987, e vem sendo construída por muitas mãos.

Se você deseja contribuir com sugestões ou tem dúvidas sobre a Enciclopédia, escreva para nós.

Caso tenha alguma dúvida, sugerimos que você dê uma olhada nas nossas Perguntas Frequentes, onde esclarecemos alguns questionamentos sobre nossa plataforma.

Enciclopédia Itaú Cultural
Artes visuais

Museu Nacional de Belas Artes (MNBA)

Por Editores da Enciclopédia Itaú Cultural
Última atualização: 18.01.2022
1938 Brasil / Rio de Janeiro / Rio de Janeiro
Reprodução fotográfica autoria desconhecida

Guerra I
Carlos Scliar
Têmpera a ovo, encerada sobre tela
47,50 cm x 65,50 cm

Com uma coleção de cerca de 16 mil peças, o Museu Nacional de Belas Artes (MNBA) no Rio de Janeiro apresenta-se como o principal museu de arte brasileira, notadamente no que diz respeito à produção do século XIX. Criado por iniciativa do ministro Gustavo Capanema (1900-1985) em 1937, e inaugurado em 1938 pelo presidente Getúlio Vargas (1882-1954...

Texto

Abrir módulo

Histórico
Com uma coleção de cerca de 16 mil peças, o Museu Nacional de Belas Artes (MNBA) no Rio de Janeiro apresenta-se como o principal museu de arte brasileira, notadamente no que diz respeito à produção do século XIX. Criado por iniciativa do ministro Gustavo Capanema (1900-1985) em 1937, e inaugurado em 1938 pelo presidente Getúlio Vargas (1882-1954), o MNBA tem origem na Escola Nacional de Belas Artes (Enba), antiga Academia Imperial de Belas Artes (Aiba). Pelo Decreto-Lei nº 378, de 13 de janeiro de 1937, a coleção de obras da Enba passa a constituir o núcleo principal da coleção do novo museu. O acervo inicial é formado pelas 54 obras que Joachim Lebreton (1760-1819) traz para o Brasil em 1816 como chefe da Missão Artística Francesa; por trabalhos dos professores e artistas franceses que formam a Missão, entre eles Nicolas Antoine Taunay (1755-1830) e Debret (1768-1848); peças da coleção pessoal de dom João VI (1767-1826); obras adquiridas ao longo do século XIX em salões e exposições anuais da Aiba e doações de artistas.

Desde sua fundação, o MNBA ocupa o edifício de estilo eclético construído entre 1906 e 1908, por Adolfo Morales de los Rios (1858-1928), para abrigar a Enba, na avenida Rio Branco. Divide espaço com os cursos da escola até 1976, quando esses são finalmente transferidos para a Cidade Universitária da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). O espaço é ocupado pela Fundação Nacional de Arte (Funarte), que deixa o prédio em 1995. Em 1982, as instalações do museu são restauradas.

Enriquecida ao longo dos anos com importantes aquisições e doações, atualmente sua coleção abarca pintura, escultura, desenho, gravura de artistas nacionais e estrangeiros, além de significativa coleção de arte popular brasileira, africana, decorativa, medalhas e mobiliário. Do conjunto de obras, 80% é constituído por obras sobre papel. A coleção de gravuras do museu é uma das mais importantes do país por mostrar um panorama histórico significativo, com trabalhos de Carlos Oswald (1882-1971), Oswaldo Goeldi (1895-1961), Lívio Abramo (1903-1992), Lasar Segall (1891-1957), Maria Bonomi (1935), Fayga Ostrower (1920-2001) entre outros, e de matrizes xilográficas de Oswald e Goeldi. No plano internacional, destacam-se as gravuras de Rembrandt van Rijn (1606-1669), Honoré Daumier (1808-1879), Piranesi, Turner, Pablo Picasso (1881-1973) e Joán Miró (1893-1983). A coleção de desenhos apresenta trabalhos de mestres do século XIX como Grandjean de Montigny (1776-1850), Manuel de Araújo Porto-Alegre (1806-1879), Zeferino da Costa (1840-1915), Henrique Bernardelli (1858-1936)Rodolfo Bernardelli (1852-1931), Rodolfo Amoedo (1857-1941), Victor Meirelles (1832-1903) e Eliseu Visconti (1866-1944), e de artistas modernos e contemporâneos como Anita Malfatti (1889-1964), Di Cavalcanti (1897-1976), Djanira (1914-1979), Gregório Gruber (1951) e Anna Maria Maiolino (1942).

Na coleção de pintura sobressaem seções específicas como maneirismo e barroco, do século XVI ao XVIII; pinturas holandesas e flamengas dos séculos XV, XVI e XVII, incluindo as oito paisagens brasileiras do artista holandês Frans Post (1612-1680); o núcleo de pintura internacional do século XIX com a maior coleção brasileira do pintor francês pré-impressionista Eugène Louis Boudin (1824-1898). No âmbito da pintura nacional ou produzida no Brasil, apesar de forte ser o oitocentista, há pinturas representativas tanto do período colonial - com obras de Leandro Joaquim (ca.1738-ca.1798) e Manuel Dias de Oliveira (1764-1837) - quanto do século XX. Entre as telas do século XIX que se destacam estão o Retrato de Dom João VI (1817) de Debret; Batalha dos Guararapes (1875/1879) e Primeira Missa no Brasil (1860) de Victor Meirelles; Batalha do Avaí (1877/1879) de Pedro Américo (1843-1905)Caipiras Negaceando (1888) de Almeida Júnior (1850-1899). Há paisagens de Castagneto (1851-1900) e Caron (1862-1892) e obras de Eliseu Visconti. A parte moderna é representada, entre outros, por Tarsila do Amaral (1866-1973), Guignard (1896-1962), Maria Leontina (1917-1984), Candido Portinari (1903-1962), Ivan Serpa (1923-1973), Iberê Camargo (1914-1994); e nomes mais contemporâneos como Paulo Pasta (1959), Eduardo Sued (1925) e Jorge Guinle (1947-1987).

A seção de escultura contém o menor número de obras. Inicia-se por incentivo de Rodolfo Bernardelli, diretor da Enba no final do século XIX. É dele a maioria das obras: 250 esculturas e gessos doados por seu irmão, após sua morte. Na década de 1990, o museu recebe doação de 31 trabalhos de escultores modernos e contemporâneos, entre eles Auguste Rodin (1840-1917), Iole de Freitas (1945), Rubem Valentim (1922-1991), Farnese de Andrade (1926-1996), Franz Weissmann (1911-2005) e Amilcar de Castro (1920-2002).

Obras 367

Abrir módulo
Reprodução fotográfica Raul Lima

A Bacante

Óleo sobre tela
Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Reprodução fotográfica César Barreto

A Carioca

Óleo sobre tela
Reprodução fotográfica autoria desconhecida

A Copa

Óleo sobre tela

Espetáculos 1

Abrir módulo

Exposições 345

Abrir módulo

Fontes de pesquisa 3

Abrir módulo
  • ACERVO Museu Nacional de Belas Artes. Apresentação Edemar Cid Ferreira, Heloisa Aleixo Lustosa; tradução Isa Mara Lando, Owen Beith, Stanley Heilbrun. São Paulo: Instituto Cultural Banco Santos, 2002. 284 p., il. color.
  • CHILVERS, Ian (org.). Dicionário Oxford de arte. Tradução Marcelo Brandão Cipolla. 2.ed. São Paulo: Martins Fontes, 2001.
  • O MUSEU Nacional de Belas Artes. Prefácio Alcídio Mafra de Souza; edição Alcídio Mafra de Souza. São Paulo: Banco Safra, 1985. 396 p., il. p&b color. (Banco Safra).

Como citar

Abrir módulo

Para citar a Enciclopédia Itaú Cultural como fonte de sua pesquisa utilize o modelo abaixo: