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Enciclopédia Itaú Cultural
Artes visuais

Instituto Moreira Salles (IMS Paulista)

Por Editores da Enciclopédia Itaú Cultural
Última atualização: 21.05.2024
Brasil / São Paulo / São Paulo
Reprodução fotográfica autoria desconhecida

Vista do Aterro do Flamengo, 1962
Marcel Gautherot
Acervo Instituto Moreira Salles

Criado em 1990, o Instituto Moreira Salles (IMS) é uma entidade civil sem fins lucrativos que tem por objetivo promover programas culturais nas áreas de fotografia, literatura, cinema, artes plásticas e música brasileira. Além de desenvolver projetos voltados à formação de público e à divulgação cultural, por meio de cursos, seminários, exposiçõ...

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Criado em 1990, o Instituto Moreira Salles (IMS) é uma entidade civil sem fins lucrativos que tem por objetivo promover programas culturais nas áreas de fotografia, literatura, cinema, artes plásticas e música brasileira. Além de desenvolver projetos voltados à formação de público e à divulgação cultural, por meio de cursos, seminários, exposições, audições, palestras e visitas orientadas, destaca-se por constituir um representativo acervo em suas áreas de atuação e empreender um trabalho continuado de pesquisa de suas coleções.

Mantido pelo Unibanco, o IMS possui centros culturais em Poços de Caldas e em Belo Horizonte, Minas Gerais, nas capitais do Rio de Janeiro, e São Paulo. Conta com as Galerias IMS, espaços expositivos, em São Paulo, Porto Alegre, Curitiba e Rio de Janeiro, nos pontos da rede de cinemas coordenada pelo Instituto. Atua também na organização de  mostras, no Brasil e no exterior, e de publicações, como os Cadernos de Literatura Brasileira e os Cadernos de Fotografia Brasileira

Seu primeiro centro cultural, aberto ao público em 1992, em Poços de Caldas, abriga parte do acervo de obras de arte e da coleção de fotografias e uma biblioteca com obras de literatura geral e infantil.

O centro cultural do IMS no Rio de Janeiro é o maior da instituição e está instalado na antiga residência da família Moreira Salles, construída em 1951. Projetada por Olavo Redig de Campos, tem um jardim cujo projeto paisagístico é de autoria de Burle Marx (1909-1994). Uma adaptação e ampliação são empreendidas para que o espaço comporte salas de exposição, biblioteca, arquivo de literatura e arquitetura, laboratório de conservação e restauro, laboratório de fotografia, sala de consulta, sala de aula, auditório, cafeteria e loja.

O IMS/RJ mantém Gabinete Fotográfico, concebido especialmente para a exposição de originais fotográficos de seu acervo; a Reserva Técnica Fotográfica, que agrupa um conjunto de funções voltadas à recepção, restauração, guarda e divulgação de acervos fotográficos; a Reserva Técnica Musical e o Centro Petrobras de Referência da Música Brasileira, dedicados à preservação e divulgação da memória da MPB, com terminais de consulta gratuita aos acervos, um espaço multiuso destinado a palestras, exposições e exibição de vídeos, sala de pesquisa e estúdio de gravação.

O Centro Cultural do IMS/SP, aberto em 1996, recebe acervos fotográficos, iconográficos e documentais. Tem um arquivo nas áreas de literatura, jornalismo e arquitetura, uma reserva técnica de fotografia e um espaço de documentação, além de espaços para exposições, concertos e cursos.

O Centro de Belo Horizonte - IMS/BH, localizado no centro da cidade, ocupa um edifício datado de 1925 e tombado pelo poder público municipal em 1994. Em sua programação, apresenta exposições, palestras, lançamentos, recitais e cursos.

O IMS possui um acervo de artes plásticas com mais de 1.700 obras, a maioria de artistas brasileiros. Dentre estas, 700 formam a Coleção Unibanco, cujo conjunto inicial, em que estão representados Tarsila do Amaral (1886-1973), Anita Malfatti (1889-1964), Victor Brecheret (1894-1955), Guignard (1896-1962), Oswaldo Goeldi (1895-1961), Ismael Nery (1900-1934), Lívio Abramo (1903-1992), Flávio de Carvalho (1899-1973), Bonadei (1906-1974), entre outros, foi adquirido na década de 1960.

A este núcleo foram posteriormente incluídos desenhos de Candido Portinari (1903-1962) e obras de Di Cavalcanti (1897-1976), Lasar Segall (1891-1957), Amilcar de Castro (1920-2002), Antonio Henrique Amaral (1935), Tomie Ohtake (1913) e Tadashi Kaminagai (1899-1982), entre outros. Da produção artística mais recente estão representados artistas como Wesley Duke Lee (1931-2010), Antonio Dias (1944), Evandro Carlos Jardim (1935), Gregório Gruber (1951), Daniel Senise (1955) e Leonilson (1957-1993).

Entre os destaques internacionais do acervo de artes plásticas do IMS estão o Highcliffe Album, formado por 340 desenhos e aquarelas de Charles Landseer (1799-1879), William Burchell (1781-1863), Henry Chamberlain (1796-1844) e Debret (1768-1848), um importante conjunto iconográfico sobre o Brasil do século XIX, sobretudo do Rio de Janeiro e de São Paulo, a coleção Ukiyo-e, de gravuras de origem japonesa datadas dos séculos XVIII e XIX, as aguadas da série Esboços Tropicais do Brasil [Tropical Sketches from Brazil], produzidas pelo dinamarquês Paul Harro-Harring (1798-1870) em 1840, e uma paisagem pernambucana do holandês Frans Post (1612-1680), de 1667.

Além do acervo de artes visuais, o IMS detém a Biblioteca Caetano Ferrari, formada por mais de 700 itens sobre técnicas de pintura, gravura, desenho, conservação e restauro, com diversos manuais e dicionários especializados.

Com mais de 350 mil originais, obtidos por meio de aquisições e doações, o acervo fotográfico do IMS engloba desde o início da técnica no Brasil até a atualidade. Entre os 170 fotógrafos presentes na coleção, estão representados, em diferentes processos, suportes e formatos, os principais fotógrafos do século XIX, nomes como Auguste Stahl (1824-1877), Militão Augusto de Azevedo (1837-1905), Marc Ferrez (1843-1923), Guilherme Gaensly (1843-1928) e Augusto Malta (1864-1957), entre outros, incluindo o primeiro registro fotográfico das Américas, feito em 1833 por Hercule Florence (1804-1879); importantes fotógrafos do século XX, atuantes até a década de 1960, como Marcel Gautherot (1910-1996), Vincenzo Pastore, Hildegard Rosenthal (1913-1990) e Alice Brill (1920), além do antropólogo Claude Lévi-Strauss; e nomes mais recentes, como Stefania Bril (1922-1992), Maureen Bisilliat (1931), Carlos Moskovicks, Madalena Schwartz (1923-1993) e Juca Martins (1949).

O acervo da área de literatura do IMS é formado por meio de doações e aquisições de vários conjuntos, entre eles a biblioteca e o arquivo pessoal do jornalista mineiro Otto Lara Resende (1922-1992), a biblioteca do escritor mineiro Jurandir Ferreira (1905-1997), os arquivos da poeta carioca Ana Cristina Cesar (1952-1983) e do professor de literatura e ensaísta Roberto Ventura, além de parte dos livros que pertenciam à biblioteca pessoal de Clarice Lispector (1925-1977) e da coleção da escritora Lygia Fagundes Telles (1923).

O acervo da área musical do IMS contempla grande parte da história da música brasileira a partir do século XIX, com destaque para três grandes coleções: a do crítico e historiador José Ramos Tinhorão, a do fotógrafo e pesquisador Humberto Franceschi e a do compositor e instrumentista Pixinguinha, contando com partituras, fotografias, discos e gravações, livros, jornais, revistas e documentos. Entre as coleções existentes nessa área são adquiridos ou recebidos como doação os acervos dos músicos Antonio D'Áuria (1912-1998) e André Filho. Por um convênio assinado com Sociedade Brasileira de Autores Teatrais - Sbat, o IMS torna-se responsável pela preservação, organização e divulgação do acervo da compositora Chiquinha Gonzaga.

O IMS cuida ainda, com menor cobertura, de acervos nas áreas de arquitetura, teatro e história.

Obras 23

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Reprodução fotográfica autoria desconhecida

Exposições 23

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