Ordenação

Tipo de Verbete

Filtros

Áreas de Expressão
Artes Visuais
Cinema
Dança
Literatura
Música
Teatro

Período

A Enciclopédia é o projeto mais antigo do Itaú Cultural. Ela nasce como um banco de dados sobre pintura brasileira, em 1987, e vem sendo construída por muitas mãos.

Se você deseja contribuir com sugestões ou tem dúvidas sobre a Enciclopédia, escreva para nós.

Caso tenha alguma dúvida, sugerimos que você dê uma olhada nas nossas Perguntas Frequentes, onde esclarecemos alguns questionamentos sobre nossa plataforma.

Enciclopédia Itaú Cultural
Artes visuais

Wesley Duke Lee

Por Editores da Enciclopédia Itaú Cultural
Última atualização: 19.04.2024
21.12.1931 Brasil / São Paulo / São Paulo
12.09.2010 Brasil / São Paulo / São Paulo
Reprodução fotográfica autoria desconhecida

Mineiro - Minning
Wesley Duke Lee
Mista sobre papel

Wesley Duke Lee (São Paulo, São Paulo, 1931 – Idem, 2010). Desenhista, gravador, artista gráfico, professor. O artista destaca-se como pioneiro na incorporação dos temas e da linguagem pop no Brasil. 

Texto

Abrir módulo

Wesley Duke Lee (São Paulo, São Paulo, 1931 – Idem, 2010). Desenhista, gravador, artista gráfico, professor. O artista destaca-se como pioneiro na incorporação dos temas e da linguagem pop no Brasil. 

Faz curso de desenho livre no Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp), em 1951. No ano seguinte, viaja para os Estados Unidos e estuda na Parson's School of Design e no American Institute of Graphic Arts, em Nova York, até 1955. Nessa época, acompanha as primeiras manifestações da arte pop e vê trabalhos dos artistas estadunidenses Robert Rauschenberg (1925-2008), Jasper Johns (1930) e Cy Twombly (1928-2011).

No Brasil, em 1957, deixa a publicidade e torna-se aluno do pintor italiano Karl Plattner (1919-1989), com quem trabalha em São Paulo e, posteriormente, na Itália e na Áustria, até 1960. Nessa época, vive também em Paris e frequenta a Académie de la Grande Chaumière e o ateliê do gravurista germano-francês Johnny Friedlaender (1912-1992). Retorna ao Brasil em 1960. 

Em 1963, realiza, no João Sebastião Bar, em São Paulo, O grande espetáculo das artes, um dos primeiros happenings do Brasil. No mesmo ano, procura organizar um movimento artístico, o realismo mágico, ao lado de Bernardo Cid (1925-1982), Otto Stupakoff (1935-2009), Pedro Manuel-Gismondi (1925-1999) entre outros artistas. O aspecto figurativo do movimento é uma alternativa à academicização do abstracionismo no Brasil.

Paralelamente a esse movimento, dá aulas aos jovens artistas Carlos Fajardo (1941), José Resende (1945), Luiz Paulo Baravelli (1942) entre outros alunos, com quem trabalha intensamente por cerca de dois anos. Nessa época, a produção do pintor sai do plano e ganha o espaço tridimensional. Obras como O trapézio ou uma confusão (1966) e O helicóptero (1967) já se articulam como ambientes.

Em 1966, com artistas como Nelson Leirner (1932-2020), Geraldo de Barros (1923-1998) e José Resende, funda, como reação ao mercado de arte, o Grupo Rex, que existe até 1967.

Em 1969, mora na Califórnia, onde tem experiências com novas tecnologias e leciona na Universidade do Sul da Califórnia, em Irvine. Durante a década de 1970, lida com outras tradições, como a cartografia, a caligrafia oriental e os desenhos de botânica.

Vanguardista, Wesley Duke Lee contribui para o universo das artes plásticas por meio de mídias distintas e cruza fronteiras trazendo informações novas para o público brasileiro. O artista é um dos responsáveis centrais pela divulgação da linguagem pop no nosso país.

 

Obras 57

Abrir módulo
Reprodução fotográfica autoria desconhecida

A Borboleta

Liquitex sobre tela
Reprodução fotográfica autoria desconhecida

A Explosão

Acrílica sobre tela
Reprodução fotográfica autoria desconhecida

A Janela

Acrílica sobre tela

Espetáculos 1

Abrir módulo

Exposições 295

Abrir módulo

Mídias (1)

Abrir módulo
Wesley Duke Lee - Enciclopédia Itaú Cultural
Descrito como “o artesão de ilusões”, o multiartista Wesley Duke Lee é conhecido por seu estilo único e libertário que se reflete em obras de forte impacto visual, presentes nos principais acervos do mundo. Ele tem na disciplina e na intuição seus pontos fortes: “A arte é um sistema de harmonia que precisa de ordem. Liberdade é expressão, mas você tem que se educar para ter essa expressão”, acredita ele. Impressionado com o dadaísmo, movimento de vanguarda europeu que nos idos de 1916 promoveu a ruptura com o excesso de formalidade do academicismo na arte e estimulou a pop art nos Estados Unidos na década de 1960, Lee é pioneiro ao incorporar elementos e linguagens dadá em desenhos e pinturas. “Só uso cores puras e justapostas. Não faço meio tom e isso é oriundo da publicidade”, afirma o artista que, ao invés de censurar as técnicas publicitárias, transformou-as, criando uma versão própria e muito particular.

Produção: Documenta Vídeo Brasil
Captação, edição e legendagem: Sacisamba
Intérprete: Erika Mota (terceirizada)
Locução: Júlio de Paula (terceirizado)

Fontes de pesquisa 18

Abrir módulo
  • ALVARADO, Daisy Valle Machado Peccinini de. Figurações Brasil anos 60: neofigurações fantásticas e neo-surrealismo, novo realismo e nova objetividade brasileira. São Paulo: Itaú Cultural / Edusp, 1999.
  • AMARAL, Aracy. Arte e meio artístico: entre a feijoada e o x-burguer: 1961-1981. São Paulo: Nobel, 1983.
  • AMARAL, Aracy.O Purgatório dos Artistas, Galeria, São Paulo, (26): 37, jul. - ago. 1991.
  • AMARANTE, Leonor. As Bienais de São Paulo: 1951-1987. São Paulo: Projeto, 1989. 408 p., il. p&b., color.
  • ANDRADE, Jorge. Labirinto. São Paulo: Paz e Terra, 1978.
  • ANTOLOGIA crítica sobre Wesley Duke Lee. São Paulo: Paulo Figueiredo Galeria de Arte, 1981. 96 p. (cópia), il. color.
  • BIENAL BRASIL SÉCULO XX, 1994, São Paulo, SP. Bienal Brasil Século XX: catálogo. Curadoria Nelson Aguilar, José Roberto Teixeira Leite, Annateresa Fabris, Tadeu Chiarelli, Maria Alice Milliet, Walter Zanini, Cacilda Teixeira da Costa, Agnaldo Farias. São Paulo: Fundação Bienal de São Paulo, 1994. Disponível em: https://issuu.com/bienal/docs/name049464.
  • COSTA, Cacilda Teixeira da. Wesley Duke Lee: um salmão na corrente taciturna. São Paulo: Edusp: Alameda, 2005. 232 p., il. p&b color.
  • DUARTE, Paulo Sérgio. Anos 60: transformações da arte no Brasil. Rio de Janeiro: Lech, 1998.
  • IMAGINÁRIOS singulares. São Paulo: Fundação Bienal de São Paulo, 1987. 136 p., il.p&b.
  • LAGNADO, Lisette. Disciplinadas brincadeiras de Wesley Duke Lee. Casa Vogue Brasil. As paredes de Casa Vogue, São Paulo: CartaEditorial, p.216-221, 1988. Edição especial, São Paulo.
  • LEE, Wesley Duke. As Sombra ações: uma exposição de Wesley Duke Lee, realista mágico dito Arkadin d'y Saint Amer. São Paulo: Galeria Luisa Strina, 1976. 44 p., il. color.
  • LEE, Wesley Duke. Retrospectiva Wesley Duke Lee. São Paulo ; Rio de Janeiro ; Museu de Arte Moderna de São Paulo ; Centro Cultural do Banco do Brasil, 1993. 58p. il. p.b. color.
  • LEE, Wesley Duke. Wesley Duke Lee. Texto Wesley Duke Lee. Rio de Janeiro: Funarte, 1980. 56 p., il. p.b. color. (Arte brasileira contemporânea).
  • MATTOS, Cláudia Valladão de. Entre quadros e esculturas: Wesley e os fundadores da escola Brasil. organização Yanet Aguilera; tradução Douglas V. Smith, Silvio Rosa Filho; ilustração Fábio Miguez, Marcia Pastore; fotografia Eduardo Giannini Ortega. São Paulo, SP: Discurso Editorial, 1997.
  • Morre em São Paulo o artista plástico Wesley Duke Lee. G1. São Paulo, 13 setembro 2010. Disponível em: http://g1.globo.com/pop-arte/noticia/2010/09/morre-em-sao-paulo-o-artista-plastico-wesley-duke-lee.html Acesso em 14 set. 2010. Não catalogada
  • PONTUAL, Roberto. Entre dois séculos: arte brasileira do século XX na coleção Gilberto Chateaubriand. Rio de Janeiro: Edições Jornal do Brasil, 1987.
  • ZANINI, Walter (org.). História geral da arte no Brasil. São Paulo: Fundação Djalma Guimarães: Instituto Walther Moreira Salles, 1983. v. 1.

Como citar

Abrir módulo

Para citar a Enciclopédia Itaú Cultural como fonte de sua pesquisa utilize o modelo abaixo: