Museu de Arte Contemporânea José Pancetti (MACC)

A Montanha, 1970
Carmela Gross
Esmalte sintético sobre duratex
80,00 cm x 100,00 cm
Texto
Histórico
Órgão da Secretaria Municipal de Cultura, Esportes e Turismo da Prefeitura de Campinas, São Paulo, o Museu de Arte Contemporânea José Pancetti - MACC é fundado em 1 de setembro de 1965, por ocasião da realização do 1º Salão de Arte Contemporânea de Campinas. Desde a origem, portanto, as histórias do museu e do salão se confundem. Funcionando inicialmente em prédio cedido pela Companhia Paulista de Força e Luz, na avenida da Saudade, o MACC é transferido, em 1976, para o edifício atual, na avenida Benjamin Constant, 1633, centro da cidade, no andar térreo, ficando o 1º andar reservado à Biblioteca Pública Municipal. A instituição - cujo nome homenageia o pintor campineiro José Pancetti (1902 - 1958), célebre pelas marinhas e paisagens que realiza ao longo da vida - tem o propósito de reunir, conservar e divulgar a produção artística contemporânea, bem como realizar atividades culturais e educacionais variadas. A área educacional é um dos setores privilegiados, e através do Projeto Macquinho, destinado a alunos e professores da rede de ensino de Campinas e região, visa ampliar o acesso à arte por meio de visitas monitoradas, cursos e oficinas.
O museu conta com um acervo de mais ou menos 600 obras - entre pinturas, esculturas, desenhos, instalações etc. -, formado por doações e aquisições feitas em salões e prêmios concedidos pela Prefeitura, Câmara Municipal e, eventualmente, por outras instituições públicas e privadas. As premiações no Salão de Arte Contemporânea de Campinas constituem uma das principais formas de ampliação do acervo. Deste fazem parte obras de José Roberto Aguilar (1941), Amelia Toledo (1926), Claudio Tozzi (1944), Mira Schendel (1919 - 1988), Ivald Granato (1949), Antonio Lizarraga (1924), Cildo Meireles (1948), Waltercio Caldas (1946), entre outros, que são expostas regularmente. O museu realiza mostras monográficas dedicadas a artistas consagrados, como Pancetti, Candido Portinari (1903 - 1962), Guignard (1896 - 1962) e outros. Mas é o Salão de Arte Contemporânea o responsável pela divulgação de trabalhos recentes e o instrumento que o MACC utiliza para manter a vocação dedicada à arte contemporânea. É nesse sentido que Sérgio Ferro (1938) apresenta o 3º Salão, em 1967: trata-se fundamentalmente de "apoiar o novo", diz ele.
Desde a primeira edição, o Salão acolhe com premiações a produção recente, imediatamente incorporada ao acervo. No ano de 1965, por exemplo, o prêmio de gravura é concedido a Evandro Carlos Jardim (1935). Nos anos subseqüentes, passam a compor o acervo, em função do Salão de Arte, obras de Carmela Gross (1946) e Tuneu (1948) - 6º Salão, em 1970; Lizarraga, Marília Kranz (1937) e Sérgio de Paula (1946) - 7º Salão, em 1971. O 13º Salão, realizado em 1988, é considerado um marco, pois a partir de então o museu parece se abrir mais claramente às novas linguagens artísticas - videoarte, arte eletrônica, holografia, laser, xerox, offset etc. -, concedendo-lhes um espaço maior do que nas edições anteriores. Deste Salão participam convidados como Ana Maria Tavares (1958), Anna Bella Geiger (1933), Regina Silveira (1939) e outros, e é realizada uma homenagem a Hélio Oiticica (1937 - 1980).
Obras 2
A Montanha
Procissão
Exposições 118
Fontes de pesquisa 4
- PANCETTI, José. 100 anos de Pancetti: 1902-2002. Curadoria e texto José Roberto Teixeira Leite; curadoria José Roberto Teixeira Leite;. Ribeirão Preto: MARP, 2002. [38] p., il. p&b color.
- SALÃO DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE CAMPINAS, 3., 1967, Campinas, SP. 3º Salão de Arte Contemporânea de Campinas. Campinas: MAC - José Pancetti, 1967.
- SALÃO DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE CAMPINAS, 6., 1970, São Paulo. 6º Salão de Arte Contemporânea. Campinas: MAC - José Pancetti, 1970.
- SALÃO de Arte Contemporânea de Campinas, 13., 1988, São Paulo. 13º Salão de Arte Contemporânea de Campinas: simbologias e alternâncias -– momentos ocupacionais da expressão plásticas. Curadoria de Alberto Beuttenmüller et al.; fotografia de Renato L. Testa. Campinas: MAC – José Pancetti 1988.
Como citar
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MUSEU de Arte Contemporânea José Pancetti (MACC).
In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira. São Paulo: Itaú Cultural, 2025.
Disponível em: https://front.master.enciclopedia-ic.org/instituicao203618/museu-de-arte-contemporanea-jose-pancetti-macc. Acesso em: 04 de maio de 2025.
Verbete da Enciclopédia.
ISBN: 978-85-7979-060-7