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Enciclopédia Itaú Cultural
Artes visuais

Antonio Lizarraga

Por Editores da Enciclopédia Itaú Cultural
Última atualização: 19.04.2024
18.11.1924 Argentina / Buenos Aires / Buenos Aires
15.11.2009 Brasil / São Paulo / São Paulo

Topografia da Luz, 1987
Antonio Lizarraga
Fibras ópticas e madeira revestida de laminado, sem informação
30,00 cm x 180,00 cm

Antonio Gundemaro Lizarraga (Buenos Aires, Argentina 1924 - São Paulo, São Paulo, 2009). Pintor, escultor, artista gráfico e designer. Muda-se para o Brasil em 1959, fixa residência em São Paulo e inicia carreira como ilustrador do Suplemento Literário do jornal O Estado de S. Paulo, atividade que exerce até 1967. Seus desenhos desse período se ...

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Antonio Gundemaro Lizarraga (Buenos Aires, Argentina 1924 - São Paulo, São Paulo, 2009). Pintor, escultor, artista gráfico e designer. Muda-se para o Brasil em 1959, fixa residência em São Paulo e inicia carreira como ilustrador do Suplemento Literário do jornal O Estado de S. Paulo, atividade que exerce até 1967. Seus desenhos desse período se situam entre a figuração e a abstração. Atua como designer em projetos gráficos para editoras e objetos para indústrias. A partir da década de 1970, dedica-se a outros meios expressivos como a gravura, a escultura e a pintura, e também cria interferências no espaço urbano e instalações. Em 1983, sofre um acidente vascular cerebral e, impossibilitado de realizar diretamente suas obras, passa a trabalhar com assistentes. É pesquisador do CNPq entre 1987 e 1999. São lançados livros sobre sua produção: Antonio Lizárraga: Uma Poética da Radicalidade, de Annateresa Fabris, em 2000, e Antonio Lizárraga: Quadrados em Quadrados, de Maria José Spiteri, em 2004.

Análise

A partir de 1959, Antonio Lizarraga trabalha como ilustrador do suplemento literário do jornal O Estado de S. Paulo, atuando também em publicações de várias editoras. Nessa época, sua produção é abstrata, com formas predominantemente orgânicas.  Posteriormente, sua obra passa a apresentar afinidade com a arte construtiva. Como nota a historiadora da arte Annateresa Fabris, em meados da década de 1960, o artista cria formas densas em seus desenhos, que fazem alusão a esculturas. Na década seguinte, realiza várias intervenções urbanas, explorando materiais industriais, como o concreto. A temática da metrópole está presente em muitas obras do período.
 
No início da década de 1980, realiza gravuras em metal, buscando a sensação de tridimensionalidade, de acordo com a definição que o artista dá de seu trabalho, a de "escultor do plano". Sofre um acidente vascular cerebral, em 1983, ficando praticamente sem movimentos. Dois anos depois, volta a dedicar-se às artes visuais, passando a trabalhar com o auxílio de assistentes. Em 1985, é exposta parte de sua produção como ilustrador, na qual pode ser percebida a sensibilidade clara e precisa com relação ao espaço gráfico.
 
Como aponta Annateresa Fabris, ao apresentar diferentes possibilidades para a relação entre forma e cor no plano, Lizarraga recoloca em questão algumas das indagações centrais às vertentes construtivas, propondo uma problematização, por vezes impregnada de sensualidade e de um sentido lúdico, da relação entre espaço e matéria.

Obras 23

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Reprodução fotográfica Isabella Matheus

Blitzkrieg

Serigrafia colorida

Exposições 168

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Fontes de pesquisa 17

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  • 150 anos de pintura no Brasil: 1820-1970. Rio de Janeiro: Colorama, 1989.
  • ARTE Xerox Brasil. Curadoria de Hudinilson Jr. São Paulo: Pinacoteca do Estado, 1984.
  • BIENAL BRASIL SÉCULO XX, 1994, São Paulo, SP. Bienal Brasil Século XX: catálogo. Curadoria Nelson Aguilar, José Roberto Teixeira Leite, Annateresa Fabris, Tadeu Chiarelli, Maria Alice Milliet, Walter Zanini, Cacilda Teixeira da Costa, Agnaldo Farias. São Paulo: Fundação Bienal de São Paulo, 1994. Disponível em: https://issuu.com/bienal/docs/name049464.
  • CHIARELLI, Tadeu. Arte internacional brasileira. São Paulo: Lemos, 1999.
  • DICIONÁRIO brasileiro de artistas plásticos. Organização Carlos Cavalcanti e Walmir Ayala. Brasília: Instituto Nacional do Livro, 1973-1980. 4v. (Dicionários especializados, 5).
  • FABRIS, Annateresa. Antonio Lizárraga: uma poética da racionalidade. Belo Horizonte: C/Arte, 2000. (História & Arte).
  • GONÇALVES, Lisbeth Rebollo. Tendências construtivas no acervo do MAC USP: construção, medida e proporção. Curadoria Daisy V. M. Peccinini de Alvarado. Rio de Janeiro: Centro Cultural Banco do Brasil, 1996. Exposição realizada no período de 01 ago. a 29 set. 1996.
  • HIRZSMAN, Maria. Morre o artista Antonio Lizárraga. O Estado de S. Paulo. São Paulo, 16 de novembro 2009. Caderno Vida&, p. A13.
  • LEITE, José Roberto Teixeira. 500 anos da pintura brasileira. [S.l.]: Log On Informática, 1999. 1 CD-ROM.
  • LEITE, José Roberto Teixeira. Dicionário crítico da pintura no Brasil. Rio de Janeiro: Artlivre, 1988.
  • LIZÁRRAGA, Antônio. Desenhando a cor. São Paulo: Valu Oria Galeria de Arte, 1996.
  • LIZÁRRAGA, Antônio. Deslocamentos gráficos. Curadoria Taisa Helena P. Palhares, Thiago Honório. São Paulo: Pinacoteca do Estado, 2006.
  • LIZÁRRAGA, Antônio. Lizarraga: formas: relevos, esculturas, pinturas. São Paulo: Galeria de Arte Paulo Vasconcelos, 1988.
  • MAMMÍ, Lorenzo. Antonio Lizárraga. Guia das Artes, São Paulo: Casa Editorial Paulista, v. 3, n. 11, p. 67, 1988.
  • PROJETO Arte Atual Brasil: Senses: um olhar sensível sobre a arte atual. Curadoria Paulo Klein. São Paulo: Renato Magalhães Gouvêa Escritório de Arte, 1994.
  • SARUÉ, Hans Sulman-Grudzinski, Tikashi Fukushima e Gisela Eichbaum: Neyde Bonfiglioli, Masumi Tsuchimoto, Lizarraga, Gerty. São Paulo: Galeria de Arte Alberto Bonfiglioli, 1969.
  • SPITERI, Maria José. Antonio Lizárraga: quadrados em quadrados. São Paulo: Edusp : Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2004.

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