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Enciclopédia Itaú Cultural
Artes visuais

Amelia Toledo

Por Editores da Enciclopédia Itaú Cultural
Última atualização: 26.07.2023
07.12.1926 Brasil / São Paulo / São Paulo
07.11.2017 Brasil / São Paulo / São Paulo
Registro fotográfica Edouard Fraipont

Confluência de Paisagens, 2007
Amelia Toledo
Pedras e aço inox espelhado

Amelia Amorim Toledo (São Paulo, São Paulo, 1926 – Idem, 2017). Escultora, pintora, desenhista, designer. O caráter experimental, a utilização de uma extensa gama de materiais – naturais e industriais – e o interesse em recriar a paisagem são aspectos recorrentes na obra da artista paulistana, que se dedica também à pintura a óleo e à aquarela, ...

Texto

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Amelia Amorim Toledo (São Paulo, São Paulo, 1926 – Idem, 2017). Escultora, pintora, desenhista, designer. O caráter experimental, a utilização de uma extensa gama de materiais – naturais e industriais – e o interesse em recriar a paisagem são aspectos recorrentes na obra da artista paulistana, que se dedica também à pintura a óleo e à aquarela, em obras geralmente monocromáticas, com sutis vibrações luminosas. 

No fim dos anos 1930, frequenta o ateliê de Anita Malfatti (1889-1964), em São Paulo. Entre 1943 e 1947, estuda com Yoshiya Takaoka (1909-1978) e, em 1948, com Waldemar da Costa (1904-1982). Nesse mesmo ano, trabalha com desenho de projetos no escritório do arquiteto Vilanova Artigas (1915-1985). Em 1958, frequenta a London County Council Central School of Arts and Crafts, em Londres. De volta ao Brasil, em 1960, estuda gravura em metal com João Luís Oliveira Chaves (1924), no Estúdio/Gravura. Em 1964, obtém o título de mestre pela Universidade de Brasília (UnB). Desde a metade dos anos 1960, leciona na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Mackenzie e na Fundação Armando Álvares Penteado (Faap), em São Paulo, e na Escola Superior de Desenho Industrial (Esdi), no Rio de Janeiro. 

No início dos anos 1960, a partir do estudo do espaço escultórico de raiz construtiva, realiza curvaturas em elementos geométricos regulares. Explora também as possibilidades oferecidas pela superfície espelhada do aço inoxidável. Por meio do jogo de reflexos, a multiplicação das superfícies é potencializada, e o espaço se desdobra em um jogo de ressonâncias, aproximando-se da arquitetura. 

A paisagem também é uma constante em sua produção, como em Fatias de horizonte (1996), na qual anteparos com chapas de aço recriam a ilusão visual da linha do horizonte, suscitando questões como continuidade e descontinuidade. Situação tendendo ao infinito (1971), por sua vez, se baseia na geometria, empregando um cubo de formas cristalinas dividido sucessivamente em oito cubos menores. A obra faz um convite à manipulação, pois pode ser desmontada e remontada em várias configurações.

Realiza obras para espaços públicos, como o projeto cromático, de 1998, para a estação Arcoverde do metrô do Rio de Janeiro. Em 1999, é realizada exposição retrospectiva de sua obra na Galeria do Sesi, em São Paulo, e, em 2004, é publicado o livro Amélia Toledo: as naturezas do artifício, escrito pelo crítico de arte Agnaldo Farias (1955)

Nome fundamental da arte brasileira do século XX, Amélia Toledo apresenta uma produção baseada sobretudo nas formas da natureza. Não é por isso, entretanto, que deixa de estabelecer diálogo de seu trabalho com o universo moderno e industrial na escolha tanto de materiais como de temas. Artista de formação sólida e múltipla, apresenta também obras realizadas em pintura monocromática.

 

Obras 22

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Reprodução fotográfica Sergio Guerini/Itaú Cultural

Amarelo

Têmpera e acrílica sobre juta
Foto de Humberto Pimentel/Itaú Cultural

Azuis

Têmpera e acrílica sobre juta
Registro fotogrático Sérgio Guerini

Bolas-Bolhas

Pvc inflado, água e espuma
Reprodução fotográfica Romulo Fialdini

Cor

Óleo sobre juta

Exposições 276

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Mídias (1)

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Amélia Toledo - Enciclopédia Itaú Cultural
Desde a infância, as pedras estão presentes na vida da artista plástica Amelia Toledo. Sua mãe, cientista, costumava catalogar e colecionar pedras para a filha. Adulta, Amelia resgatou a ligação com esse material, usando-o como matéria-prima para suas esculturas e também em seu ofício como designer de joias. Por um breve período, sua produção expressou um inconformismo com questões políticas, como a ditadura militar no Brasil, que obrigou sua família a se exilar na Europa. “Isso foi uma coisa que me levou a criar obras em preto, como se fosse uma coisa negativa. Hoje, vejo o preto como a noite. Sem a noite não existiria vida na Terra”, diz. Por isso, o uso de cores em sua obra liga-se a uma proposta política. Seu processo de criação não segue um método específico, surge de forma natural e espontânea. “Não tenho uma proposta intelectual dentro da qual tenho que me manter. O trabalho nasce assim que vou fazer”, afirma.

Produção: Documenta Vídeo Brasil
Captação, edição e legendagem: Sacisamba
Intérprete: Erika Mota (terceirizada)
Locução: Júlio de Paula (terceirizado)

Fontes de pesquisa 19

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  • ARTE e artistas plásticos no Brasil 2000. São Paulo: Meta, 2000.
  • BIENAL BRASIL SÉCULO XX, 1994, São Paulo, SP. Bienal Brasil Século XX: catálogo. Curadoria Nelson Aguilar, José Roberto Teixeira Leite, Annateresa Fabris, Tadeu Chiarelli, Maria Alice Milliet, Walter Zanini, Cacilda Teixeira da Costa, Agnaldo Farias. São Paulo: Fundação Bienal de São Paulo, 1994. Disponível em: https://issuu.com/bienal/docs/name049464.
  • BRAZILIANART Book I. Curadoria Nair Barbosa Lima, Paulo Klein; tradução Norwill Veloso, Pérsio Burkinski. São Paulo: Grupo G&A, 1999.
  • COSTA, Marcus de Lontra. Amélia Toledo, a história da inquietude. Correio Braziliense, Brasília, 22 mar. 1989.
  • DOCTORS, Márcio. Amélia Toledo: mergulho em direção ao infinito. Galeria: revista de arte, São Paulo, n. 10, p. 48-50, 1988.
  • EM busca da essência: elementos de redução na arte brasileira. Curadoria Sheila Leirner, Gabriela Suzana Wilder. São Paulo, SP: Fundação Bienal de São Paulo, 1987. Disponível em: http://www.bienal.org.br/publicacoes/2120.
  • HERKENHOFF, Paulo. Reflexões e devaneios sobre os Frutos-do-mar: a arte de Amélia Toledo. Rio de Janeiro: [s. n. ], 1983.
  • LEITE, José Roberto Teixeira. Dicionário crítico da pintura no Brasil. Rio de Janeiro: Artlivre, 1988.
  • OBJETO na arte: Brasil anos 60. Coordenação Daisy Valle Machado Peccinini de Alvarado. São Paulo: FAAP, 1978.
  • ORGANICUS. Curadoria Tereza de Arruda. São Paulo: Valu Oria Galeria de Arte, 1997.
  • SCHENBERG, Mario. Pensando a arte. São Paulo: Nova Stella, 1988.
  • TOLEDO, Amelia. Amelia Toledo: Horizontes. Tradução Izabel Murat Burbridge. Rio de janeiro: CCBB, 1996.
  • TOLEDO, Amelia. Amélia Toledo. Rio de Janeiro: Galeria Sérgio Milliet, 1983.
  • TOLEDO, Amelia. Amélia Toledo. São Paulo: Montessanti Galleria, 1988.
  • TOLEDO, Amelia. Amélia Toledo: pintura x pintura. São Paulo: Galeria Luisa Strina, 1985.
  • TOLEDO, Amelia. Amélia Toledo: pintura/escultura. Brasília: Espaço Capital Arte Contemporânea, 1989.
  • TOLEDO, Amelia. Entre, a obra está aberta. São Paulo: SESI, 1999.
  • TOLEDO, Amelia. Esculturas. Rio de Janeiro: Galeria Bonino, 1969.
  • TOLEDO, Amelia. Peles da cor. São Paulo: Galeria de Arte São Paulo, 1998.

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