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Enciclopédia Itaú Cultural
Teatro

Marcelo Escorel

Por Editores da Enciclopédia Itaú Cultural
13.09.1960 Brasil / Rio de Janeiro / Rio de Janeiro
Antônio Marcelo Escorel de Sá Martha (Rio de Janeiro RJ 1960). Ator. Artista versátil, transita livremente por diferentes registros de atuação, entre o musical, a comédia e o drama. Formado pela experiência em companhias de teatro, trabalha, no Rio de Janeiro, com os mais diversos diretores, em uma expressiva carreira.

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Biografia
Antônio Marcelo Escorel de Sá Martha (Rio de Janeiro RJ 1960). Ator. Artista versátil, transita livremente por diferentes registros de atuação, entre o musical, a comédia e o drama. Formado pela experiência em companhias de teatro, trabalha, no Rio de Janeiro, com os mais diversos diretores, em uma expressiva carreira.

Sua trajetória artística começa em 1976, quando ingressa no grupo de teatro do Colégio Santo Inácio, no Rio de Janeiro, com a orientação de Carlos Wilson. Estreia profissionalmente em 1979, no espetáculo para o público infantil O Diamante do Grão Mongol, de Maria Clara Machado, e, em seguida, atua em Quem Casa Quer Casa e Outras Coisas Mais, de Martins Pena, ambos dirigidos por Wolf Maya. Junta-se ao Grupo TAPA, em 1980, convidado a participar do espetáculo para o público infantil O Anel e a Rosa, adaptação da obra de William Thackeray. Permanece com o grupo por quatro anos, atuando em uma série de peças dirigidas por Eduardo Tolentino de Araújo. Em 1983, interpreta Dorothy Dalton em Viúva, porém Honesta, de Nelson Rodrigues, seu primeiro papel cômico de destaque. Ainda no TAPA, experimenta o trabalho de direção, com a peça Defeito de Família, de França Jr., apresentada em escolas do estado do Rio de Janeiro.

Participa da proposta de revitalização do teatro de revista do grupo Nós É que Bebemos, atuando em Sem Sutiã - Uma Revista Feminina e em Chopes Berrantes, peças de Fátima Valença, com direção de Alice Viveiros de Castro, em 1985. Posteriormente, trabalha em projetos individuais, entre espetáculos para o público infantil e para adultos, como O Rei Mago, dirigido por Lúcia Coelho, e O Amante Descartável, direção de João Bethencourt.

Volta à experiência em grupo em 1990, com o convite para integrar o Centro de Demolição e Construção do Espetáculo (CDCE), liderado por Aderbal Freire-Filho. A primeira peça do grupo é A Mulher Carioca aos 22 Anos, teatralização do romance de João de Minas. No ano seguinte, interpreta Tancredo Neves, entre outros personagens, em O Tiro Que Mudou a História, encenada no Palácio do Catete, e, em 1992, faz Tiradentes, Inconfidência no Rio.

Por sua atuação no espetáculo para o público infantil Maria Minhoca, de 1992, Lucia Cerrone o descreve como "um ator de humor próprio, que brinca com seus personagens, destacando cada tipo na composição exata".1 É dirigido por José Renato em Felisberto do Café, de Gastão Tojeiro, em 1993; desempenha o papel de Tuninho, em 1994, no espetáculo A Falecida, com direção de Gabriel Villela;  e atua ao lado de Angela Rebello, em 1995, no espetáculo de duetos da música popular brasileira, É no Toco da Goiaba, de Antonio De Bonis, com quem já trabalhara em Lamartine II - O Regresso. Posteriormente, destaca-se em espetáculos de encenadores diversos, em 1996 faz A Mãe, de Bertolt Brecht, com a Companhia Ensaio Aberto, e Metralha, musical sobre Nelson Gonçalves dirigido por Stella Miranda. Em 1997, integra o elenco do Don Juan, de Molière, dirigido por Moacir Chaves, e, em 1999, canta e atua em Carmen, sambópera de Augusto Boal, adaptação da obra de Bizet.

Trabalha com o diretor Marcus Alvisi, em 2001, na comédia Tudo no Escuro; com Flávio Marinho em Um Dia das Mães; e com Luiz Arthur Nunes em Triângulo Amoroso. Um ano depois atua em O Círculo das Luzes, de Doc Comparato, com direção de Ulysses Cruz. Em 2003, está na comédia musical Sem Vergonhas - Uma Aventura na Lapa, dirigida por Guilherme Leme, e ao lado de Louise Cardoso em O Acidente, peça de Bosco Brasil, dirigida por Cibele Forjaz. Sobre seu desempenho, o crítico Macksen Luiz salienta: "Marcelo Escorel enfrenta com sinceridade um personagem cuja complexidade se confunde com a estranheza.

O ator tenta ultrapassar a tentação de tipificá-lo na fronteira da demência, para conferir-lhe maior dimensão. Em parte, Marcelo Escorel supera a interpretação que se apoia em trejeitos nervosos e encontra, ao menos na cena final, o melhor de sua atuação".2 Volta à dramaturgia de Bosco Brasil em 2007, com Cheiro de Chuva, dirigida pelo próprio autor. Sua atuação é considerada "excepcional" pela crítica Barbara Heliodora.3

Como diretor, está à frente da montagem da peça Apenas uma Noite, de Pedro Neschling, em 2004, e do espetáculo Inês de Castro - Rainha Morta, no ano seguinte. Ainda em 2005, atua em Duas X Pinter, com direção de Ítalo Rossi. Em 2006, apresenta o monólogo A Grande Viagem do Doutor Tchecov, dirigido por Joaquim Vicente, e atua na peça Largando o Escritório, de Domingos Oliveira.

Marcelo Escorel trabalha também no cinema e na televisão. Desde 1993, atua regularmente em novelas e minisséries da Rede Globo, e, em 2006, é contratado pelo núcleo de teledramaturgia da TV Record. No cinema, estreia na comédia Tango, ou Deu no New York Times, de 1985, do cartunista Henfil. Participa de uma série de longas e curtas-metragens, entre eles Lamarca, do diretor Sérgio Rezende, em 1994, e Tropa de Elite, de José Padilha, em 2007.

Notas
1. CERRONE, Lucia. Tinha tudo pra dar certo. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 24 out. 1992.

2. LUIZ, Macksen. O drama do encontro de duas solidões. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 11 out. 2003.

3. HELIODORA, Barbara. Dança para dois, com a atenção do público. O Globo, Rio de Janeiro, 16 out. 2007.

Espetáculos 39

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Fontes de pesquisa 7

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  • ANUÁRIO de teatro 1994. São Paulo: Centro Cultural São Paulo, 1996. R792.0981 A636t 1994
  • CENAPAULISTANA. São Paulo. Disponível em: < http://www.cenapaulistana.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=1796:o-anjo-de-pedra>. Acesso em :4 de julho de 2011. Não catalogado
  • CERRONE, Lucia. Tinha tudo pra dar certo. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 24 out. 1992.
  • HELIODORA, Barbara. Dança para dois, com a atenção do público. O Globo, Rio de Janeiro, 16 out. 2007.
  • LUIZ, Macksen. O drama do encontro de duas solidões. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 11 out. 2003.
  • Programa do Espetáculo - Cheiro de Chuva - 2008. Não Catalogado
  • Programa do Espetáculo - O Acidente - 2003. Não Catalogado

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