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Enciclopédia Itaú Cultural
Teatro

Stella Miranda

Por Editores da Enciclopédia Itaú Cultural
1950 Brasil / São Paulo / São Paulo
Suzane Tavares Velloso (São Paulo SP 1950). Atriz, autora e diretora. Depois de uma rápida carreira de atriz nos anos 80, voltada para o trabalho cômico, destaca-se, no final dos anos 90, como autora e diretora, realizando duas biografias musicais - Metralha e Crioula.

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Biografia

Suzane Tavares Velloso (São Paulo SP 1950). Atriz, autora e diretora. Depois de uma rápida carreira de atriz nos anos 80, voltada para o trabalho cômico, destaca-se, no final dos anos 90, como autora e diretora, realizando duas biografias musicais - Metralha e Crioula.

Estréia em 1978, no grupo Companhia Tragicômica Jaz-o-Coração, em O Triste Fim de Policarpo Quaresma, adaptação de Lima Barreto (1881 - 1922) pelo diretor Buza Ferraz. Em 1979, atua em A Ópera do Malandro, de Chico Buarque, com direção de Luis Antônio Martinez Corrêa e, em 1980, em As Mil e Uma Encarnações de Pompeu Loredo, de Mauro Rasi e Vicente Pereira, dirigido por Jorge Fernando. Em 1982, estréia como autora em As Bodas de Felissa, encenando seu próprio texto. Em 1983, completa o elenco de Galvez, o Imperador do Acre, de Márcio Souza e Luiz Carlos Góes, direção de Luiz Carlos Ripper e faz uma substituição em O Analista de Bagé, de Luis Fernando Verissimo. Em 1985, com Tim Rescala, cria e interpreta Bel Prazer, definido pela dupla como um "sarau moderno". Em 1995, dirige, em parceria com Gringo Cardia, Subversões 3 - Unplugged, roteiro de Aloísio de Abreu, Luiz Salém e Márcia Cabrita. Com a Bolsa Vitae de Artes, estuda a biografia de Nelson Gonçalves e, em 1996, estréia Metralha, assinando texto e direção do espetáculo protagonizado por Diogo Vilela. O crítico Macksen Luiz avalia: "O texto abre mão de um desenho mais forte da personalidade de Nelson - a complexidade de sua vida pessoal tem tratamento esquemático - e apenas faz uma biografia ilustrada pelas músicas que o cantor interpretou ao longo da carreira. (...) Não existe um clima de época - os diálogos misturam gírias antigas com atuais, deixando claro que é uma narrativa com a ótica de hoje - nem uma visão até mesmo evocativa da presença de Nelson Gonçalves na vida artística. (...) A montagem de Stella Miranda, de certa maneira, é bastante adequada ao tom despretensioso do texto. Musical com características bem ágeis, as cenas se sucedem com uma rapidez que torna o espetáculo dinâmico e leve, sem qualquer outra intenção a não ser a de criar um divertissement".1

Em 1998, dirige Salém da Imaginação, de Antônio Bivar, e, no ano seguinte, um roteiro seu, Café Satie: Memórias de um Amnésico. A partir de pesquisa sobre a vida da cantora Elza Soares, escreve Crioula, em que mostra sua história de miséria e tragédia em formato de show musical. O crítico do Jornal do Brasil escreve: "Os diálogos se utilizam de gírias de cada uma das décadas por onde transita a ação, com a empostação de uma pesquisa. (...) À Crioula falta a atmosfera da cultura de que a Elza Soares é oriunda. Se no contorno humano da cantora é até possível perceber algumas de suas características, como experiência de vida num contexto artístico bem peculiar, a imagem de Elza fica desfocada e sem cenário. (...) estão no palco Elzas que pouco cantam, vestidas pela nostalgia de referências visuais sofisticadas e num espírito de show de boate dos anos 60".2

Em seguida Stella Miranda assina a direção de Subversões 3 ½, roteiro de Aloísio de Abreu, Luiz Salém e Márcia Cabrita, 2000. Em 2001, volta ao palco como atriz, recebendo os prêmios Shell e Governador do Estado pelo desempenho em South American Way, texto de Miguel Falabella e Maria Carmem Barbosa, com direção de Miguel Falabella. O crítico Macksen Luiz considera que a atriz capta com inteligência o espírito da cantora, sem tentar imitá-la, mas citando-a em gestos e entonações: "Stella Miranda atinge magnetismo e brilho em cena na Carmen Miranda da maturidade, fazendo emergir uma personagem fascinante. A atriz, que empresta sua voz de timbre e alcance límpidos à trilha musical, dá corpo a uma mulher frágil com enorme carisma cênico, revivendo, voluntariosamente, as contradições da artista. Stella Miranda e Soraya Ravenle contribuem para que South American Way seja não somente um musical com indiscutíveis apelos ao entretenimento, mas a comprovação da crescente qualificação dramatúrgica e técnica do gênero".3

Notas

1. LUIZ, Macksen. Desenho frágil de uma voz. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 06 abr. 1996.

2. LUIZ, Macksen. Elza em espetáculo de entretenimento. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 24 jan. 2000.

3. LUIZ, Macksen. LUIZ, Macksen. Vitalidade e frescor cênico. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 30 jun. 2001.

Espetáculos 49

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Fontes de pesquisa 4

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  • EICHBAUER, Hélio. [Currículo]. Enviado pelo artista em: 24 abr. 2011. Não catalogado
  • LUIZ, Macksen. Elza em espetáculo de entretenimento. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 24 jan. 2000.
  • LUIZ, Macksen. Vitalidade e frescor cênico. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 30 jun. 2001.
  • MIRANDA, Stella. Rio de Janeiro: Funarte / Cedoc. Dossiê Personalidades Artes Cênicas.

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