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Enciclopédia Itaú Cultural
Cinema

Suely Franco

Por Editores da Enciclopédia Itaú Cultural
Última atualização: 29.10.2023
16.10.1939 Brasil / Rio de Janeiro / Rio de Janeiro
Suely Franco Mendes (Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1939). Atriz. Comediante com especial talento para o teatro musicado, Suely Franco atua em Onde Canta o Sabiá, de Gastão Tojeiro (1880-1965), na montagem de Paulo Afonso Grisolli (1934-2004), A Capital Federal, de Artur Azevedo (1855-1908), e, na mais recente, Somos Irmãs, de Sandra Louzada, 1...

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Suely Franco Mendes (Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1939). Atriz. Comediante com especial talento para o teatro musicado, Suely Franco atua em Onde Canta o Sabiá, de Gastão Tojeiro (1880-1965), na montagem de Paulo Afonso Grisolli (1934-2004), A Capital Federal, de Artur Azevedo (1855-1908), e, na mais recente, Somos Irmãs, de Sandra Louzada, 1998.

Seus primeiros trabalhos acontecem na televisão, onde começa como garota-propaganda e logo se torna atriz. Estréia no teatro em 1961, no papel de Dália na montagem original de Beijo no Asfalto, de Nelson Rodrigues (1912-1980), com direção de Fernando Torres (1927-2008), produzida pelo Teatro dos Sete. Impõe-se rapidamente como comediante, em numerosos trabalhos em comédias ligeiras, tendo participado, entre outras, de Patinho Torto, texto cômico de Coelho Neto (1864-1934), direção de Antônio Ghigonetto, pelo Grupo Decisão, 1964. O desempenho em Os Fantástikos, de Tom Jones e Harvey Schmidt, revela inclinação para o teatro musicado e sua carreira ganha o primeiro marco, com a destacada participação em Onde Canta o Sabiá, de Gastão Tojeiro, na encenação inovadora de Paulo Afonso Grisolli, em 1966. Faz Leonid Andreievna em O Inspetor Geral, de Nikolai Gogol (1809-1852), na montagem de Benedito Corsi, no Grupo Opinião, 1967. Em São Paulo, é dirigida por Jérôme Savary em Os Monstros, de Denoy de Oliveira, 1969, e participa da criação original de Jorginho, o Machão, de Leilah Assumpção (1943), 1970. Tem um desempenho consagrador como Lola, a protagonista de A Capital Federal, de Artur Azevedo, na montagem de Flávio Rangel (1934-1988), 1972, ganhando vários prêmios, inclusive o Prêmio Molière de melhor atriz. De volta ao Rio de Janeiro, protagoniza a conturbada criação de Amanhã, Amélia, de Manhã, mais um texto de Leilah Assumpção, 1973, que enfrenta problemas com a Censura. Volta a trabalhar com Flávio Rangel como a Apresentadora no musical Pippin, 1974. Trabalha, sucessivamente, em quatro comédias de João Bethencourt (1924-2006), dirigidas pelo autor: Sodoma e Gomorra, 1977; Dolores Três Vezes por Semana e Lá em Casa É Tudo Doido, 1978; e Tem um Psicanalista em Nossa Cama, 1979. Faz a Mariazinha de Fala Baixo Senão Eu Grito, seu terceiro texto de Leilah Assumpção, numa montagem dirigida por Glorinha Beutenmüller (1925), em 1979.

Na década de 1980, com exceção de Mahagonny, de Bertolt Brecht, montagem de Luís Antônio Martinez Corrêa (1950-1987), 1986, sua criação fica ligada exclusivamente a comédias comerciais das quais participa pelo menos uma vez por ano, com destaque para: Mãos ao Alto, Rio, de Paulo Goulart (1933-2014), com direção de Aderbal Freire-Filho (1941), em 1981; E Agora, Hermínia?, de Claude Magnier (1920), dirigida por Bibi Ferreira (1922), 1982; no ano seguinte, Amante S/A, de John Chapman e Dave Froman, tendo José Renato (1926-2001) como diretor, entre outras.

Na década de 1990, Suely Franco volta aos musicais, gênero em que encontra campo fértil para seu talento, incluindo espetáculos para crianças, como os clássicos O Mágico de Oz, de Francis Mayer, 1990, que lhe vale o Prêmio Coca-Cola de melhor atriz; e Os Saltimbancos, de Chico Buarque (1944), na remontagem de 1992. Faz a Condessa de As Bodas de Fígaro, de Beaumarchais, com direção de Ítalo Rossi (1931-2011), 1991, e é a Madre Superiora de Noviças Rebeldes, de Dan Goggin, sendo dirigida por Wolf Maya (1951) e Cininha de Paula (1956), em 1992. Em 1998, uma nova consagração de sua carreira ocorre ao protagonizar Somos Irmãs, de Sandra Louzada, ao lado de Nicette Bruno (1933), interpretando a história das irmãs Batista, estrelas do rádio na década de 1940. A interpretação de Sandra Batista lhe vale os prêmios Shell e Sharp de melhor atriz. Em 2000, na comemoração dos 500 anos de descobrimento do Brasil, participa do musical Ai, Ai, Brasil, de Clovis Levi (1944), direção de Sergio Britto (1923-2001).

Suely Franco também atua na televisão, destacando-se nas novelas da TV Globo.

Segundo o crítico Macksen Luiz (1945), em Somos Irmãs, "Suely Franco, como Linda na idade madura, tem um trabalho que explora com sutileza a força patética que a personagem assume muitas vezes"1.

Notas

1. LUIZ, Macksen. Um ótimo quarteto de Atrizes. Rio de Janeiro, Jornal do Brasil, Caderno B, 07 de abril de 1998.

Espetáculos 66

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Fontes de pesquisa 10

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  • A COMÉDIA dos Erros. Rio de Janeiro: Teatro Glauce Rocha, 1992. 1 programação do espetáculo. Disponível em: https://www.cialimite.com.br/post/1992-a-com%C3%A9dia-dos-erros-de-william-shakespeare. Acesso em: 07 jan. 2022.
  • ALBUQUERQUE, Johana. Suely Franco (ficha curricular). In: ____________. ENCICLOPÉDIA do Teatro Brasileiro Contemporâneo. Material elaborado em projeto de pesquisa para Fundação VITAE. São Paulo, 2000.
  • BRANDÃO, Tania. A máquina de repetir e a fábrica de estrelas: Teatro dos Sete. Rio de Janeiro: 7Letras : Faperj, 2002.
  • EICHBAUER, Hélio. [Currículo]. Enviado pelo artista em: 24 abr. 2011.
  • FRANCO, Suely. Rio de Janeiro: Funarte / Cedoc. Dossiê Personalidades Artes Cênicas.
  • GUERINI, Elaine. Nicette Bruno & Paulo Goulart: tudo em família. São Paulo: Cultura - Fundação Padre Anchieta: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2004. 256 p. (Aplauso Perfil).
  • MICHALSKI, Yan. Suely Franco. In: _________. PEQUENA Enciclopédia do Teatro Brasileiro Contemporâneo. Material inédito, elaborado em projeto para o CNPq. Rio de Janeiro, 1989.
  • Programa do Espetáculo - Boca Molhada de Paixão Calada - 1984.
  • Programa do Espetáculo - Meu Querido Mentiroso - 1966.
  • STERNHEIM, Alfredo. Suely Franco: A alegria de representar. São Paulo: Cultura - Fundação Padre Anchieta: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2005. 216 p. (Aplauso Perfil).

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