Ordenação

Tipo de Verbete

Filtros

Áreas de Expressão
Artes Visuais
Cinema
Dança
Literatura
Música
Teatro

Período

A Enciclopédia é o projeto mais antigo do Itaú Cultural. Ela nasce como um banco de dados sobre pintura brasileira, em 1987, e vem sendo construída por muitas mãos.

Se você deseja contribuir com sugestões ou tem dúvidas sobre a Enciclopédia, escreva para nós.

Caso tenha alguma dúvida, sugerimos que você dê uma olhada nas nossas Perguntas Frequentes, onde esclarecemos alguns questionamentos sobre nossa plataforma.

Enciclopédia Itaú Cultural
Teatro

Paulo Afonso Grisolli

Por Editores da Enciclopédia Itaú Cultural
Última atualização: 18.07.2021
17.05.1934 Brasil / São Paulo / Bragança Paulista
23.12.2004 Portugal / Distrito de Lisboa / Lisboa
Registro fotográfico autoria desconhecida

Retrato de Paulo Afonso Grisolli, 1979
Paulo Afonso Grisolli
Acervo Idart/Centro Cultural São Paulo

Paulo Afonso Grisolli (Bragança Paulista, São Paulo, 1934 - Lisboa, Portugal, 2004). Diretor e autor. Um dos pioneiros da revolução cênica que transformam o teatro brasileiro no fim da década de 60 e no decorrer da de 70, criador do grupo A Comunidade, que funde palco e platéia.

Texto

Abrir módulo

Paulo Afonso Grisolli (Bragança Paulista, São Paulo, 1934 - Lisboa, Portugal, 2004). Diretor e autor. Um dos pioneiros da revolução cênica que transformam o teatro brasileiro no fim da década de 60 e no decorrer da de 70, criador do grupo A Comunidade, que funde palco e platéia.

Já em seu primeiro trabalho, Histórias para Serem Contadas, de Osvaldo Dragun, em 1961, é premiado como melhor diretor no 1º Festival de Teatro Amador da Guanabara, promovido por O Tablado. Volta a chamar a atenção em Quatro Séculos de Maus Costumes, com peças de Gil Vicente e Leonardo Fróes, 1962. Ganha uma bolsa do governo francês, para estagiar no Théâtre National Populaire, TNP, em Paris, com Jean Villar, e no Théâtre de la Cité de Villeurbanne, com Roger Planchon, em 1963. No mesmo ano, de volta ao Brasil, organiza em Niterói o Grupo Mambembe, para o qual dirige Electra, de Sófocles; e no Rio de Janeiro, o Teatro de Repertório, com o qual monta Mortos Sem Sepultura, de Jean-Paul Sartre (1905-1980), em 1965. Sua direção de maior importância histórica é Onde Canta o Sabiá, de Gastão Tojeiro (1880-1965), 1966, na qual se serve da moral da belle époque para comentar a revolução sexual dos anos 60. Recebe menção honrosa no Concurso Nacional de Dramaturgia, do F, pelo texto A Sagrada Família, ainda em 1966.

Em 1968 volta a criar um grupo experimental, A Comunidade, sediado no Museu de Arte Moderna (MAM), em cujo espetáculo inaugural, A Parábola da Megera Indomável, é autor, diretor e ator. Em 1970, dirige Alice no País Divino-Maravilhoso, de Paulo Afonso Grisolli, Sidney Miller, Tite de Lemos, Luiz Carlos Maciel (1938) e Marcos Flaksman (1944), espetáculo impregnado do método associativo de Alice no País das Maravilhas, de Lewis Caroll, resultando numa cena aberta e onírica. Em 1974, sua peça Avatar é encenada no MAM, com direção de Luiz Carlos Ripper (1943-1996).

Atua também como diretor de shows musicais no Teatro Casa Grande, entre 1968 e 1972.

A partir de 1973, dedica-se  mais intensamente à televisão como diretor de casos especiais, seriados e minisséries. É editor do Caderno B do Jornal do Brasil, de 1964 a 1972, e diretor geral do Departamento de Cultura da Secretaria de Educação e Cultura do Estado do Rio de Janeiro de 1975 a 1979.

Suas direções mais recentes - entre as quais Nau Catarineta (Barca do Povo), colagem de músicas, 1975; Não Me Maltrate, Robinson, de sua própria autoria, 1978; e E Quem Governa o Rei?, texto seu em parceria com Maurício Abud, 1983 - não têm a mesma repercussão das realizações da fase anterior.

Segundo o crítico Yan Michalski (1932-1990), "não resta dúvida de que Grisolli foi um importante pioneiro da revolução cênica que sacudiu o teatro brasileiro no fim dos anos 60 e na década de 70. Neste sentido, a sua montagem de Onde Canta o Sabiá aparece hoje como um divisor de águas, que abriu caminho a muitas outras encenações inovadoras; e A Parábola da Megera Indomável foi, talvez, a primeira experiência de radical questionamento do palco italiano e sua substituição por um espaço no qual atores e espectadores coexistem lado a lado".1

Nota

1. MICHALSKI. Paulo Afonso Grisolli. In:PEQUENA Enciclopédia do Teatro Brasileiro Contemporâneo. Material inédito, elaborado em projeto para o CNPq. Rio de Janeiro, 1989.

Obras 1

Abrir módulo

Espetáculos 37

Abrir módulo

Fontes de pesquisa 5

Abrir módulo
  • EICHBAUER, Hélio. [Currículo]. Enviado pelo artista em: 24 abr. 2011. Não catalogado
  • ESPETÁCULOS Teatrais. [Pesquisa realizada por Rosyane Trotta]. Itaú Cultural, São Paulo, [20--]. 1 planilha de fichas técnicas de espetáculos. Não Catalogado
  • GRISOLLI, Paulo Afonso. Rio de Janeiro: CEDOC / Funarte. Dossiê Personalidades Artes Cênicas.
  • MICHALSKI, Yan. Paulo Afonso Grisolli. In: ______. Pequena enciclopédia do teatro brasileiro contemporâneo. Rio de Janeiro, 1989. Material inédito, elaborado em projeto para o CNPq.
  • MICHALSKI, Yan: O Teatro sob Pressão- Uma Frente de Resistência. Rio de Janeiro: Zahar, 1989.

Como citar

Abrir módulo

Para citar a Enciclopédia Itaú Cultural como fonte de sua pesquisa utilize o modelo abaixo: