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Enciclopédia Itaú Cultural
Teatro

Clovis Levi

Por Editores da Enciclopédia Itaú Cultural
Última atualização: 30.07.2024
04.03.1944 Brasil / Rio de Janeiro / Rio de Janeiro
Clovis Levi da Silva (Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1944). Autor, diretor, teórico, crítico e professor. Como diretor e autor, cria espetáculos em que procura fazer uma crítica ao poder e à alienação, como Se Chovesse, Vocês Estragavam Todos, em 1975. Na carreira acadêmica, dedica-se ao ensino da interpretação e da direção teatral.

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Clovis Levi da Silva (Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1944). Autor, diretor, teórico, crítico e professor. Como diretor e autor, cria espetáculos em que procura fazer uma crítica ao poder e à alienação, como Se Chovesse, Vocês Estragavam Todos, em 1975. Na carreira acadêmica, dedica-se ao ensino da interpretação e da direção teatral.

Depois de se graduar em comunicação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, UFRJ, em 1965, se forma em direção teatral pela Escola Superior de Teatro das Escolas Federais Isoladas do Estado do Rio de Janeiro - Fefierj, em 1969. De 1968 a 1971, faz críticas de teatro para o jornal O Dia. Atua desde então como jurado de prêmios de teatro - Molière, Mambembe - e em concursos de dramaturgia.

Transfere-se para Curitiba, contratado como professor pela Fundação Teatro Guaíra, onde encena, de 1971 a 1973, espetáculos para o Curso Permanente de Teatro e para o Teatro de Comédias do Paraná, e ali dirige espetáculos como: , de Sérgio Jockyman; Fim de Jogo, de Samuel Beckett; Antígona, de Sófocles; A Alma Boa de Set-Suan, de Bertolt Brecht, e Em Família, de Oduvaldo Vianna Filho.

De volta ao Rio, em 1973, escreve e dirige Madre Joana dos Anjos, em co-autoria com Tânia Pacheco. Dois anos depois, encena Se Chovesse, Vocês Estragavam Todos, escrito também em parceria com Tania Pacheco. O texto, reencenado por Wilson dos Santos e também montado na Espanha, Cuba, Paraguai e Venezuela, discute a arbitrariedade do poder por meio da relação aluno-professor. No monólogo, uma aluna se entrega a exercícios de alienação progressiva, em uma lavagem cerebral que acaba por conduzi-la finalmente à função de professora. O crítico Macksen Luiz escreve, no Jornal do Brasil, que o texto "... levanta algumas questões fundamentais, como o excesso de dirigismo, a diminuta margem de liberdade de escolha e, sobretudo, os mecanismos de ajustamento social".1

O autor-diretor faz nova montagem em 1977, com Cecil Thiré no papel do aluno. Em 1980, o diretor Luiz Sorel faz uma nova concepção para o texto, desdobrando em dois o personagem do aluno e dando uma abordagem mais direta e bem-humorada ao imaginário personagem da professora.

Em 1976, Clovis Levi recebe o Prêmio Governador do Estado de São Paulo, como autor de Se Chovesse, Vocês Estragavam Todos. De 1975 a 1986, assina a coluna de crítica de teatro infantil do jornal O Globo, e ganha o Prêmio Fernando Chinaglia da União Brasileira de Escritores como Personalidade do Ano Internacional da Criança pelo seu trabalho como crítico de teatro infantil em 1979. No mesmo ano, dirige sua adaptação de 1984 A Revolução dos Bichos, de George Orwell, que recebe o título de As Quatro Patas do Poder.

Em 1983, começa a lecionar interpretação no curso de formação de atores da Casa das Artes de Laranjeiras, CAL, em que permanece por quase vinte anos, dirigindo também espetáculos de formatura. Em 1986, é contratado pela Universidade do Rio de Janeiro, UniRio, como professor e, a partir de 1988, como chefe do Departamento de Direção.

Em 1990, apresenta tese de livre-docência, pela UniRio, com o título Nelson Rodrigues: a Nostalgia do Paraíso Perdido. Em 1995, publica Amor e Morte de Nelson Rodrigues peça premiada pela Funarte, na revista da Sociedade Brasileira de Autores Teatrais, Sbat. Em 1997, publica Teatro Brasileiro: Panorama do Século XX, edição trilíngüe (português, inglês, espanhol), lançada na Bienal do Livro do Rio de Janeiro, com 400 fotos do teatro brasileiro do século.

Nos anos 1990, escreve uma série de textos para espetáculos musicais, inspirados na história do Brasil, encenados e produzidos por Sergio Britto, Na Era do Rádio, 1994; Nos Tempos de Martins Pena, 1995; Ai, Ai, Brasil, em co-autoria com Sergio Britto e Brasil 500 Anos, revista musical, ambos em 2000.

Em 1999, vai para Fortaleza desenvolver trabalhos e lecionar no Centro Cultural Dragão do Mar do Ceará.

Notas

1. LUIZ, Macksen. Aula absurda. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 3 fev. 1977.

Espetáculos 34

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Fontes de pesquisa 5

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  • EICHBAUER, Hélio. [Currículo]. Enviado pelo artista em: 24 abr. 2011.
  • LEITE, Luiza Barreto. Teatro Guairá disseca o homem e sua solidão, Jornal do Commercio, Rio de Janeiro, 26 de setembro de 1971.
  • LEVI, Clovis. (Dossiê Personalidade Artes Cênicas) Rio de Janeiro: Cedoc/Funarte.
  • LEVI, Clovis. Currículo enviado pelo próprio autor. Rio de Janeiro, 2001.
  • MACIEL, Luis Carlos. Só a denúncia, Revista Veja, Rio de Janeiro, 13 de dezembro de 1978.

Como citar

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