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Enciclopédia Itaú Cultural
Teatro

Grupo Decisão

Por Editores da Enciclopédia Itaú Cultural
Data/Local

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Data/Local

1963/1964 - São Paulo SP

1964/1966 - Rio de Janeiro RJ

Histórico

Conjunto relevante em meados da década de 1960, inicialmente em São Paulo e posteriormente no Rio de Janeiro, comandado pelo diretor Antônio Abujamra.

O grupo, nasce em 1963, da associação entre Antônio Abujamra, Antônio Ghigonetto e Emílio Di Biasi com o propósito de efetivar um teatro socialmente engajado. Tendo estagiado na França, acompanhando o Théâtre National Populaire e na Alemanha, o Berliner Ensemble, Abujamra está imbuído das idéias de popularizar um teatro artístico e culturalmente relevante.

A primeira produção é Sorocaba, Senhor, uma adaptação de Fuenteovejuna, de Lope de Vega, estreada no interior do Estado de São Paulo e contando com alunos de um curso de teatro nos numerosos desempenhos secundários.

No mesmo ano estréiam Terror e Miséria do III Reich e Os Fuzis da Senhora Carrar, dois textos de Bertolt Brecht claramente alinhados à luta antinazista, e levados aos bairros periféricos de São Paulo como parte de um repertório voltado para a mobilização política e a discussão da realidade nacional, no mesmo espírito de combatividade demonstrado por outros grupos ideológicos da época. Essas encenações contam com Bertha Zemmel, Emílio Di Biasi e Sérgio Mamberti entre seus principais intérpretes.

Em 1964, realizam a montagem de Saravá, comédia de Sérgio Jockyman, com direção de Nelson Xavier. Ainda no mesmo ano, o grupo cria O Inoportuno, de Harold Pinter, seu primeiro efetivo sucesso, destacando Fauzi Arap, Emílio Di Biasi e Sérgio Mamberti como o trio masculino ligeiramente absurdo que habita esse típico texto da geração dos angry-men ingleses. Deslocado para o Rio de Janeiro, o espetáculo chama a atenção sobre seus realizadores e abre portas ao grupo. Seguem-se as criações de O Patinho Torto, de Coelho Neto, divertida comédia de costumes em que um homossexual é o centro das atenções, e um malogrado espetáculo de poesias, denominado Preversão, com base em canções e poemas de Jacques Prévert.

No ano de 1965 os esforços concentram-se sobre Electra, de Sófocles, com destaque para Glauce Rocha e Margarida Rey nos papéis centrais, montagem que amplia o prestígio do grupo e agrada a crítica e o público. Um episódio ligado à Censura encarrega-se de atrair ainda mais a atenção sobre o espetáculo: certa tarde o teatro é invadido pela polícia, que vem prender o autor por incitação contra o regime, cumprindo ordens dos militares. O ridículo do episódio complica-se semanas após, quando Isolda Cresta, uma das atrizes, é detida pela polícia após uma apresentação.

A última produção do grupo, ocorre em 1966: Tartufo, de Molière, com Jardel Filho no papel central e novamente Glauce Rocha em contagiante criação. As pressões da Censura, a crise econômica e as múltiplas atividades de seus integrantes levam à dispersão da iniciativa.

Espetáculos 9

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Fontes de pesquisa 4

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  • MARSCHNER, João. Introdução a Pinter. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 18 jan. 1964.
  • MICHALSKI, Yan. Tartufo. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 23 jan. 1966.
  • O INOPORTUNO. Direção Antônio Abujamra. São Paulo, 1964. 1 folder. Programa do espetáculo, apresentado em 1964.
  • VAN JAFA. Lançamento: Tartufo. Correio da Manhã, Rio de Janeiro, 18 jan. 1966.

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