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Enciclopédia Itaú Cultural
Artes visuais

Luisa Duarte

Por Editores da Enciclopédia Itaú Cultural
Última atualização: 07.08.2024
05.07.1979 Brasil / Rio de Janeiro / Rio de Janeiro
Luisa Magoulas de Castro Duarte (Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1979). Crítica de arte e curadora independente. Seu trabalho gira em torno do exercício teórico e prático, sendo um complementar ao outro. Faz parte de uma geração que colabora ativamente para a profissionalização do campo da curadoria no Brasil.

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Luisa Magoulas de Castro Duarte (Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1979). Crítica de arte e curadora independente. Seu trabalho gira em torno do exercício teórico e prático, sendo um complementar ao outro. Faz parte de uma geração que colabora ativamente para a profissionalização do campo da curadoria no Brasil.

Gradua-se em comunicação social com ênfase em jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ) em 2002. Filha do crítico de arte Paulo Sergio Duarte (1946), cresce rodeada por artistas como Tunga (1952-2016), Jac Leirner (1961) e Antonio Dias (1944-2018), mas é do encontro com artistas de sua geração como Matheus Rocha Pitta (1980), Laís Myrrha (1974), Marilá Dardot (1973), que elabora suas questões e passa a construir uma voz singular no campo da crítica de arte. 

De 2009 a 2018 colabora como crítica de arte para o jornal O Globo, onde publica diversos artigos sobre a produção de arte contemporânea local e internacional. Seus primeiros textos são lidos pela curadora Lisette Lagnado (1961), que lhe dá feedbacks a fim de aprimorar o ritmo, a síntese e a precisão de sua escrita. É com Lagnado e outras três curadoras, Aracy Amaral (1930), Cristiana Tejo (1976) e Marisa Mokarzel (1949), que Luisa integra o projeto Rumos Itaú Cultural Artes Visuais 2005-2006, momento em que começa a trabalhar de forma mais consistente no campo da curadoria.  

Conclui seu mestrado pela PUC-São Paulo em 2010 com a dissertação Um Copo de Mar para Navegar: Arte nos Anos 2000 sob o Ponto de Vista Pós-Utópico. Em 2011, a pesquisa é transformada na exposição Um Outro Lugar, no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM-SP). Com 21 artistas participantes, e mais de 40 obras, a exposição busca pensar e reinventar o mundo por meio da linguagem. A curadora propõe a discussão acerca da experiência restrita à percepção imediata do tempo em que vivemos, em que o futuro já não pode mais ser projetado e o passado deve ser constantemente superado. 

É responsável pela organização de seminários e programas públicos, tais como A Bienal de São Paulo e o Meio Artístico Brasileiro – Memória e Projeção, plataforma de debates da 28ª Bienal Internacional de São Paulo, em 2008; e Biblioteca Walter Benjamin, no Museu de Arte do Rio (MAR), em 2015. 

Em 2015, como curadora visitante na Escola de Artes Visuais do Parque Lage (EAV Parque Lage), realiza a exposição Quarta-feira de Cinzas, que reúne o trabalho de 27 artistas em torno de uma reflexão sobre as consequências de um mundo pós-utópico que tem como marcas a aceleração do tempo, a perda da experiência, e a ruína como símbolo de uma época inconclusa. 

Em 2019, realiza a curadoria da primeira mostra da artista Adriana Varejão (1964) no Nordeste, Adriana Varejão: por uma Retórica Canibal. Apresentada primeiro no Museu de Arte Moderna (MAM) de Salvador e depois no Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães (Mamam), em Recife, reúne 25 obras produzidas pela artista entre 1992 e 2018. O recorte curatorial proposto por Luisa enfatiza o interesse de Varejão em explorar uma revisão histórica do colonialismo no Brasil. 

Também em 2019, atua como uma das curadoras convidadas da 21ª Bienal de Arte Contemporânea Sesc Video Brasil – Comunidades Imaginadas, e é a curadora responsável pela elaboração dos seminários que acompanham a edição da mostra. Funcionando como uma plataforma discursiva da exposição então em cartaz no Sesc 24 de Maio (São Paulo), a elaboração do programa público é um exercício coletivo de delinear respostas para as urgências políticas, sociais e culturais do mundo atual, e reúne convidados das mais diversas áreas, como a teórica e ativista estadunidense Lucy Lipard (1937), a artista Rosana Paulino (1967) e a psicanalista Maria Rita Kehl (1951). Como resultado dessa programação, Luisa organiza a publicação Livro de Leituras: Comunidades Imaginadas, que conta com 14 ensaios escritos exclusivamente para o seminário.

Ao lado do curador Adriano Pedrosa (1965), organiza em 2014 o livro ABC – Arte Brasileira Contemporânea, que conta com entrevistas feitas com 86 artistas nascidos entre 1960 e 1985. Também organiza a publicação Arte Censura Liberdade – Reflexões à Luz do Presente (2018), em que 19 textos de curadores, artistas e críticos de arte discutem as formas de cerceamento como fenômeno global.  

Conclui seu Doutorado em 2020 pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), com a tese Entre Olhar a Poeira e a Sobrevivência dos Vaga-lumes – Por Outras Formas de Atenção na Contemporaneidade, em que traça uma paisagem intranquila da contemporaneidade, marcada pelo excesso de tecnologia e informação, que resulta em uma enorme dispersão, e elenca artistas que dialogam de forma crítica com esse cenário. A pergunta que ela propõe é: até que ponto a arte pode ser uma forma de resistência, ajudando a encontrar caminhos onde uma nova forma de imaginação possa significar um território fértil para se pensar outras maneiras de habitar o mundo?   

Para Luisa Duarte, a escrita de crítica de arte e o exercício teórico muitas vezes antecede uma curadoria, funcionando assim como uma tradução no espaço físico de um pensamento vertical de natureza crítica. Desta forma, a curadora busca, ao longo de sua trajetória e na troca constante com artistas e outros pensadores, responder a questões e inquietações que atravessam o cotidiano em que vivemos.

Exposições 20

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