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Enciclopédia Itaú Cultural
Artes visuais

Rizzotti

Por Editores da Enciclopédia Itaú Cultural
Última atualização: 05.10.2022
15.08.1909 Brasil / São Paulo / Serrana
12.05.1972 Brasil / São Paulo / São Paulo
Reprodução fotográfica autoria desconhecida

Vaso de Flores, 1943
Rizzotti
Óleo sobre tela, c.i.d.
55,00 cm x 43,00 cm

Alfredo Rullo Rizzotti (Serrana, São Paulo, 1909 - São Paulo, Sâo Paulo, 1972). Pintor, decorador, desenhista e gravador. Entre 1924 e 1935, frequenta a Academia Albertina de Turim e a Escola Profissional de Novaresa, na Itália. De volta ao Brasil, trabalha como torneiro mecânico e mecânico de automóveis. Em São Paulo, por volta de 1937, integra...

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Biografia

Alfredo Rullo Rizzotti (Serrana, São Paulo, 1909 - São Paulo, Sâo Paulo, 1972). Pintor, decorador, desenhista e gravador. Entre 1924 e 1935, frequenta a Academia Albertina de Turim e a Escola Profissional de Novaresa, na Itália. De volta ao Brasil, trabalha como torneiro mecânico e mecânico de automóveis. Em São Paulo, por volta de 1937, integra o Grupo Santa Helena, formado por Aldo Bonadei (1906 - 1974), Francisco Rebolo (1902 - 1980), Mário Zanini (1907 - 1971) e Alfredo Volpi(1896 - 1988), entre outros, e participa das exposições da Família Artística Paulista em 1939 e 1940. Em 1942, é premiado no Salão Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro, e apresenta trabalhos no 8º Salão Paulista de Belas Artes, em São Paulo. Apesar de sofrer intoxicações causadas pela alergia à tinta, continua a pintar até o fim da vida. Após sua morte, suas obras integram várias mostras do Grupo Santa Helena: em São Paulo, no Museu da Imagem e do Som (MIS/SP), em 1975, e no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP), em 1995; no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB/RJ), em 1996, no Rio de Janeiro, entre outras.

Análise

Alfredo Rizzotti provavelmente toma contato com o Novecento Italiano durante o longo período em que permanece na Itália, cerca de 10 anos, exatamente no momento em que esse grupo do europeu retorno à ordem se forma e promove exposições. Se os raros comentadores da obra de Rizzotti não costumam mencionar sua aproximação com o movimento italiano - provavelmente porque são poucos os dados biográficos sobre o artista -, Fulvio Pennachi, também membro do grupo Santa Helena, é mais comumente associado ao referido movimento.

A preocupação com o domínio técnico, o diálogo com a tradição e as referências tanto à pintura de Cézanne quanto à tradição de pintura italiana são aspectos do retorno à ordem italiano que podem ser observados na pintura de Rizzotti. Composição, 1945, lembra a pincelada e a paleta do pintor francês; entretanto a figura humana parece destoar do restante da composição em termos de solução plástica.

Se na tela citada anteriormente, Rizzotti parece não conseguir um todo coerente plasticamente, em Paisagem, 1941, o caso é mais bem sucedido. Nesta paisagem rural os primeiros planos são resolvidos de maneira não descritiva e neles se alternam uma pincelada fluida que cria um chão de lama, pastoso, disforme, que se contrapõe às formas retangulares densas e compactas que barrancos. Essa oposição que Rizzotti produz entre elementos de naturezas diversas demonstra seu conhecimento das lições cézannianas, embora descreva em excesso aspectos das casas nos planos posteriores - ao contrário, árvores e fundo são resolvidos por manchas rápidas.

É comum encontrarmos entre as pinturas os membros do Santa Helena, além das paisagens e de naturezas-mortas, os auto-retratos e o de Rizzotti demonstra sua habilidade no gênero.

Obras 8

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Reprodução fotográfica autoria desconhecida

Auto-retrato

Óleo sobre tela
Reprodução fotográfica Fábio Cabral

Composição

Óleo sobre tela
Reprodução fotográfica Pierre Leblond

Fazenda

Óleo sobre tela
Reprodução fotográfica Marinez Maravalhas Gomes

Guerreiro

Óleo sobre tela
Reprodução fotográfica autoria desconhecida

Paisagem

Óleo sobre tela

Exposições 27

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Fontes de pesquisa 14

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  • 150 anos de pintura no Brasil: 1820-1970. Rio de Janeiro: Colorama, 1989.
  • 40 ANOS: Grupo Santa Helena. Texto de Lisbeth R. Gonçalves. São Paulo: Paço das Artes/MIS, 1975.
  • AJZENBERG, Elza Maria (Org.). Operários na Paulista: MAC USP e artistas artesãos. Curadoria Daisy Valle Machado Peccinini de Alvarado. São Paulo: MAC, 2002.
  • ALMEIDA, Paulo Mendes de. De Anita ao museu. São Paulo: Perspectiva : Diâmetros Empreendimentos, 1976. (Debates, 133).
  • BRAGA, Theodoro. Artistas pintores no Brasil. São Paulo: São Paulo Editora, 1942.
  • CHIARELLI, Tadeu. Arte internacional brasileira. São Paulo: Lemos, 1999.
  • GRUPO Santa Helena. Curadoria Josilane Slaviero, Olívio Guedes Almeida. São Paulo: Jo Slaviero Galeria de Arte, 2000.
  • LEITE, José Roberto Teixeira. Dicionário crítico da pintura no Brasil. Rio de Janeiro: Artlivre, 1988.
  • O GRUPO Santa Helena. Curadoria Walter Zanini, Marília Saboya de Albuquerque. Rio de Janeiro: Centro Cultural Banco do Brasil, 1996.
  • O GRUPO Santa Helena. Curadoria Walter Zanini, Marília Saboya de Albuquerque. São Paulo : MAM, 1995.
  • O GRUPO Santa Helena. São Paulo: Uirapuru Galeria de Arte, 1979.
  • O OLHAR de Sérgio sobre a arte brasileira: desenhos e pinturas. São Paulo: Biblioteca Mário de Andrade, 1992.
  • ZANINI, Walter (org.). História geral da arte no Brasil. São Paulo: Fundação Djalma Guimarães: Instituto Walther Moreira Salles, 1983. v. 1.
  • ZANINI, Walter. A arte no Brasil nas décadas de 1930-40: o Grupo Santa Helena. São Paulo: Nobel : Edusp, 1991.

Como citar

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