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Enciclopédia Itaú Cultural
Artes visuais

Mário Zanini

Por Editores da Enciclopédia Itaú Cultural
Última atualização: 30.01.2024
10.09.1907 Brasil / São Paulo / São Paulo
16.08.1971 Brasil / São Paulo / São Paulo
Reprodução fotográfica João L. Musa/Itaú Cultural

Vila, 1963
Mário Zanini
Óleo sobre tela, c.i.e.
65,00 cm x 53,50 cm

Mário Zanini (São Paulo, São Paulo, 1907 – idem, 1971). Pintor, decorador, ceramista, professor. Filho de imigrantes italianos, desenvolve sua trajetória artística em São Paulo, onde reside no bairro operário do Cambuci – fato que deixa marcas em sua produção, com predomínio de cenas de uma cidade em transformação.

Texto

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Mário Zanini (São Paulo, São Paulo, 1907 – idem, 1971). Pintor, decorador, ceramista, professor. Filho de imigrantes italianos, desenvolve sua trajetória artística em São Paulo, onde reside no bairro operário do Cambuci – fato que deixa marcas em sua produção, com predomínio de cenas de uma cidade em transformação.

Aos 13 anos, inicia o curso de pintura da Escola Profissional Masculina do Brás, em São Paulo. Entre 1922 e 1924, trabalha como letrista na Companhia Antarctica Paulista. Em 1924, matricula-se no curso noturno de desenho e artes do Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo (Laosp), que conclui em 1926. 

Conhece Alfredo Volpi (1896-1988) em 1927 e, no ano seguinte, estuda com o pintor Georg Elpons (1865-1939). Entre 1933 e 1938, trabalha no escritório de decoração do artista Francisco Rebolo (1902-1980). Em 1935, instala-se no palacete Santa Helena, na praça da Sé, onde divide, a partir de 1936, uma sala com Manoel Martins (1911-1979) e Clóvis Graciano (1907-1988). Da reunião desses e de outros artistas, surge o Grupo Santa Helena

Dessa convivência, resulta a produção de composições mais livres, com o uso de pinceladas largas, marcadas pela tensão entre uma pintura emocional e a vontade de formalização, como ressalta a crítica de arte Alice Brill (1920-2013). A afinidade com Volpi, segundo Brill, pode ser observada no modo de aplicar as pinceladas e no tratamento das figuras. Já a influência da obra do pintor francês Paul Cézanne (1839-1906), que marca a produção dos artistas santelenistas, está presente, por exemplo, em Trecho de Linha, de 1939.

Em 1940, recebe medalha de prata no 46º Salão Nacional de Belas Artes (SNBA) e é convidado por Rossi Osir (1890-1959) a trabalhar em seu ateliê de azulejos artísticos, o Osirarte. Sua primeira exposição individual acontece em 1944, na galeria da Livraria Brasiliense, em São Paulo. Em 1950, viaja por seis meses pela Itália, em companhia de Volpi e Osir. Em 1958, ensina gravura na Associação Paulista de Belas Artes e na Escola Carlos de Campos. A partir de 1968, leciona na Faculdade de Belas Artes de São Paulo. 

Tanto na gravura como na pintura, o artista apresenta diversas cenas da cidade de São Paulo, em que, por vezes, aparecem as chaminés das fábricas vistas da janela de seu ateliê. A temática da vida urbana é constante em sua produção, na qual aparecem retratados, por exemplo, músicos populares, operários e grupos de crianças ou ciclistas.

Mario Zanini pinta também muitas paisagens, em que retrata os subúrbios paulistanos que começavam a ser tomados pela metrópole. Representa, em várias obras, grupos de pessoas às margens do rio Tietê, como lavadeiras, e as regatas que ali se realizavam. Acompanhado por outros artistas do Grupo Santa Helena, realiza frequentes viagens ao litoral e interior do estado de São Paulo, que lhe servem de inspiração.

Compartilhando com o Grupo Santa Helena características como a representação de figuras anônimas e da realidade urbana, a preocupação com o apuro formal e o acompanhamento das tendências europeias, Mario Zanini dedica sua obra sobretudo à vida no subúrbio de São Paulo.

 

Obras 24

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Reprodução fotográfica autoria desconhecida

Ávores e Casas

Óleo sobre tela
Reprodução fotográfica Fábio Praça

Camponeses

Óleo sobre tela
Reprodução fotográfica autoria desconhecida

Casario

Guache sobre papel
Reprodução fotográfica autoria desconhecida

Casas

Óleo sobre papel kraft

Exposições 170

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Exposições virtuais 1

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Fontes de pesquisa 29

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  • 3 PREMISSAS. São Paulo: MAB: FAAP, 1966.
  • 40 anos: Grupo Sta. Helena. São Paulo: MIS : Paço das Artes, 1975. [32] p., il. color.
  • ALMEIDA, Paulo Mendes de. De Anita ao museu. São Paulo: Perspectiva : Diâmetros Empreendimentos, 1976. (Debates, 133).
  • AMARAL, Aracy. Artes plásticas na Semana de 22: subsídios para uma história da renovação das artes no Brasil. 4. ed. São Paulo, SP: Perspectiva, 1979. 335 p. (Debates, 27).
  • ARTE brasileira: 50 anos de história no acervo MAC/USP 1920-1970. São Paulo: MAC, 1996. 44 p. il. color.
  • ARTE moderna brasileira: acervo do MAC/USP. Poços de Caldas: Casa da Cultura de Poços de Caldas, 1992. 50 p. il., color.
  • ARTE no Brasil. São Paulo: Abril Cultural, 1979.
  • AZEVEDO, Valéria Silva Vicente de (org.). Iconografia paulistana em coleções particulares. São Paulo: Sociarte, 1999.
  • BIENAL BRASIL SÉCULO XX, 1994, São Paulo, SP. Bienal Brasil Século XX: catálogo. Curadoria Nelson Aguilar, José Roberto Teixeira Leite, Annateresa Fabris, Tadeu Chiarelli, Maria Alice Milliet, Walter Zanini, Cacilda Teixeira da Costa, Agnaldo Farias. São Paulo: Fundação Bienal de São Paulo, 1994. Disponível em: https://issuu.com/bienal/docs/name049464.
  • BIENAL DO MUSEU DE ARTE MODERNA DE SÃO PAULO, 1., 1951, São Paulo, SP. I Bienal do Museu de Arte Moderna de São Paulo: catálogo. São Paulo: MAM, 1951. Disponível em: http://www.bienal.org.br/publicacoes/4389.
  • BRILL, Alice. Mário Zanini e seu tempo: do Grupo Santa Helena às bienais. São Paulo: Perspectiva, 1984. (Debates, 187).
  • DICIONÁRIO brasileiro de artistas plásticos. Organização Carlos Cavalcanti e Walmir Ayala. Brasília: Instituto Nacional do Livro, 1973-1980. 4v. (Dicionários especializados, 5).
  • FUNDAÇÃO INSTITUTO DE ENSINO PARA OSASCO. II Mostra de Arte. Curadoria Angelo Iacocca. Osasco: FIEO, 1995.
  • GRANDES nomes da pintura brasileira. São Paulo: Jo Slaviero Galeria de Arte, 1997. 1 folha avulsa dobr.
  • GRUPO Santa Helena. Curadoria Josilane Slaviero, Olívio Guedes Almeida. São Paulo: Jo Slaviero Galeria de Arte, 2000.
  • LEITE, José Roberto Teixeira. Dicionário crítico da pintura no Brasil. Rio de Janeiro: Artlivre, 1988.
  • MUSEU de Arte Brasileira: 40 anos. São Paulo: MAB, 2001.
  • O GRUPO Santa Helena. Curadoria Walter Zanini, Marília Saboya de Albuquerque. São Paulo : MAM, 1995.
  • O GRUPO Santa Helena. São Paulo: Uirapuru Galeria de Arte, 1979.
  • O MUSEU de Arte Moderna de São Paulo. São Paulo: Banco Safra, 1998.
  • O OLHAR de Sérgio sobre a arte brasileira: desenhos e pinturas. São Paulo: Biblioteca Mário de Andrade, 1992. 96 p. il. color.
  • O PAPEL da arte. São Paulo: MAC, 2000.
  • OSIRARTE: Pinturas sobre azulejo de Volpi, Zanini, Hilde Weber e Gerda Brentani. São Paulo: Pinacoteca do Estado, 1985. , il. p&b.
  • PANORAMA DE ARTE ATUAL BRASILEIRA, 1969, São Paulo, SP. Panorama de Arte Atual Brasileira 1969. São Paulo: MAM, 1969.
  • PERFIL da Coleção Itaú. Curadoria Stella Teixeira de Barros. São Paulo: Itaú Cultural, 1998.
  • PINACOTECA DO ESTADO (SÃO PAULO, SP). Catálogo geral de obras. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado, 1988. 447 p., il. p&b. color.
  • ZANINI, Mario. Mário Zanini. São Paulo: Grifo Galeria de Arte, 1977. 241 p. il. p&b.
  • ZANINI, Mario. Mário Zanini. São Paulo: MAC/USP, 1976. 94 p., il. p&b color.
  • ZANINI, Walter (org.). História geral da arte no Brasil. São Paulo: Fundação Djalma Guimarães: Instituto Walther Moreira Salles, 1983. v. 1.

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