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Enciclopédia Itaú Cultural
Teatro

Francisco Cuoco

Por Editores da Enciclopédia Itaú Cultural
Última atualização: 22.03.2024
29.11.1933 Brasil / São Paulo / São Paulo
Francisco Cuoco (São Paulo, São Paulo, 1933). Ator. Reconhecido por sua longa trajetória nas telenovelas brasileiras de diversas emissoras com personagens célebre e premiados Cuoco também tem passagem por importantes companhias teatrais, como o Teatro Brasileiro de Comédia (TBC) e o Teatro dos Sete entre os anos 1950 e 1960, e atuações pontuais ...

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Francisco Cuoco (São Paulo, São Paulo, 1933). Ator. Reconhecido por sua longa trajetória nas telenovelas brasileiras de diversas emissoras com personagens célebre e premiados Cuoco também tem passagem por importantes companhias teatrais, como o Teatro Brasileiro de Comédia (TBC) e o Teatro dos Sete entre os anos 1950 e 1960, e atuações pontuais no cinema desde o final da década de 1990. Com mais de sessenta anos de atividade, Francisco Cuoco é um ator e galã que marca várias gerações do público.

Descendente de imigrantes italianos, Francisco Cuoco cresce no bairro do Brás em São Paulo em uma família simples. Aos 20 anos inicia sua carreira artística ao entrar na Escola de Artes Dramáticas (EAD), sendo dirigido em seus primeiros espetáculos teatrais por Alfredo Mesquita (1907-1988), também fundador e diretor da escola.

Estreia profissionalmente em 1957 no Teatro Brasileiro de Comédia, atuando em peças dirigidas pelo encenador italiano Alberto D’Aversa (1920-1969). Já em 1959, passa a trabalhar com a companhia Teatro dos Sete, sendo dirigido por Gianni Ratto (1916-2005) e Fernando Torres (1927-2008). Sob a direção deste último, protagoniza a primeira montagem do clássico da dramaturgia brasileira O Beijo no Asfalto (1961), de Nelson Rodrigues (1912-1980).

Alguns anos depois, em 1964, recebe o prêmio de Melhor Ator Coadjuvante pela Associação Paulista de Críticos de Teatro (APCT) por sua atuação em Boeing-Boeing (1963), dirigido por Adolfo Celi (1922-1986)

Nessa mesma época inicia suas participações na televisão, cabendo ressaltar sua atuação no célebre programa de teleteatro Grande Teatro Tupi, idealizado pelo seu colega de experiências anteriores Sergio Britto (1923-2011) para a extinta TV Tupi. O programa conta com a participação de grandes nomes do teatro brasileiro com o qual o ator já trabalha, como Fernanda Montenegro (1929) e Ítalo Rossi (1931-2011), e consiste em encenar adaptações para a TV de peças reconhecidas pelo público com transmissão ao vivo.

Sua primeira telenovela é Marcados pelo Amor (1964) da TV Record, dirigida por Walther Negrão (1941) e Roberto Freire (1927-2008), onde já garante um protagonismo de sucesso. Se consolida com Redenção (1966-1968), sucesso da TV Excelsior pelo qual recebe o Troféu Imprensa de Melhor Ator em 1967, demarcando desde então sua posição como galã que seria uma marca de sua trajetória.

Passa então a dedicar-se quase que exclusivamente à televisão e participa de sucessos da TV Globo, estreando na emissora com Assim na Terra como no Céu (1970-1971) de Dias Gomes (1922-1999). No ano seguinte, protagoniza O Cafona (1971) com seu primeiro personagem cômico, o que lhe rende mais um Troféu Imprensa de Melhor Ator.

Então, engata uma série de protagonistas em novelas de autoria de Janete Clair (1925-1983), como Selva de Pedra (1972) – pelo qual recebe seu terceiro Troféu Imprensa –, Pecado Capital (1975), O Astro (1977), Sétimo Sentido (1982) e Eu Prometo (1983). A própria autora o considera um dos seus atores favoritos, o que se evidencia pela recorrente parceria dos dois. 

É na Rede Globo que Cuoco realiza a maior parte de seus trabalhos, tendo a oportunidade de estar em produções de outros importantes autores da teledramaturgia brasileira, como Aguinaldo Silva (1943) e Silvio de Abreu (1942), além dos já mencionados anteriormente. 

A partir do final da década de 1990, volta-se para alguns trabalhos no cinema, linguagem na qual tem pouca participação até então. No entanto, sua presença no filmes tem pouco destaque e muitas vezes são personagens coadjuvantes. Desta fase destaca-se sua atuação em Traição (1998); dirigido por Arthur Fontes, José Henrique Fonseca e Cláudio Torres (1963); As Gêmeas (1999), dirigido por Andrucha Waddington (1970); e Cafundó (2005) de Clóvis Bueno (1940-2015) e Paulo Betti (1952).

Francisco Cuoco garante um legado de relevante contribuição, principalmente para a consolidação das telenovelas no imaginário nacional, onde tem atuado desde os primórdios das produções na TV. Sua carreira é atravessada por parcerias com atores, atrizes e autores relevantes no teatro, cinema e televisão.

Espetáculos 30

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Fontes de pesquisa 6

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  • BRANDÃO, Tania. A máquina de repetir e a fábrica de estrelas: Teatro dos Sete. Rio de Janeiro: 7Letras : Faperj, 2002.
  • FRANCISCO CUOCO. Memória Globo. In: Globo.com. Rio de Janeiro, RJ: Memória Globo, [s.d.]. Disponível em: https://memoriaglobo.globo.com/perfil/francisco-cuoco/noticia/francisco-cuoco.ghtml. Acesso em: 30 nov. 2022.
  • Programa do Espetáculo - Biedermann e os Incendiários - 1965.
  • Programa do Espetáculo - Meu Querido Mentiroso - 1966.
  • Programa do Espetáculo - Quem Tem Medo de Virginia Woolf? - 1965.
  • XAVIER, Nilson. Prêmios: Troféu Imprensa. Teledramaturgia. Disponível em: http://teledramaturgia.com.br/premios/trofeu-imprensa/. Acesso em 14 dez. 2022.

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