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Enciclopédia Itaú Cultural
Artes visuais

Eduardo Frota

Por Editores da Enciclopédia Itaú Cultural
Última atualização: 31.01.2024
13.02.1959 Brasil / Ceará / Fortaleza
Foto de Sergio Araújo

Intervenções Extensivas X , 2006
Eduardo Frota

Eduardo Eloísio Frota (Fortaleza, Ceará, 1959). Escultor e professor. Chega ao Rio de Janeiro em 1978. Nos dois anos seguintes, assiste ao Curso Intensivo de Arte/Educação (Ciae), na Escolinha de Arte do Brasil (EAB) , no Rio de Janeiro. Em 1986, licencia-se em educação artística pelas Faculdades Integradas Bennet, na mesma cidade. Mostra trabal...

Texto

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Biografia

Eduardo Eloísio Frota (Fortaleza, Ceará, 1959). Escultor e professor. Chega ao Rio de Janeiro em 1978. Nos dois anos seguintes, assiste ao Curso Intensivo de Arte/Educação (Ciae), na Escolinha de Arte do Brasil (EAB) , no Rio de Janeiro. Em 1986, licencia-se em educação artística pelas Faculdades Integradas Bennet, na mesma cidade. Mostra trabalhos no Salão Carioca de Arte em 1982 e 1986.

Em 1983, participa da Oficina do Corpo da Escola de Artes Visuais (EAV/Parque Lage) , Rio de Janeiro. Em 1984 e 1985, estuda no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM/RJ) com Gastão Manuel Henrique (1933) , faz o curso Volume/Espaço; com Eduardo Sued (1925) , participa do curso Diálogo; e, com Ronaldo Brito (1949), lê O Olho e o Espírito, do filósofo francês Maurice Merleau-Ponty (1908 - 1961). Sua primeira individual acontece na Fundação Nacional de Arte (Funarte), em 1988. Em 1996, recebe a bolsa do Projeto Uniarte 96, da Faperj/UFRJ. Um ano depois, ganha o grande prêmio do salão Arte Pará.

Em 2001, é curador adjunto do Programa Rumos Artes Visuais do Itaú Cultural 2001 - 2003, para o qual realiza um mapeamento das artes nas regiões Norte e Nordeste e uma curadoria da exposição com jovens artistas. Nessa época, é coordenador do Núcleo de Artes Plásticas do Alpendre, em Fortaleza. A partir dos anos 2000, começa a mostrar grandes instalações com peças em madeira, como faz na 25ª Bienal de São Paulo (2002). Desde o início de sua trajetória, trabalha com arte-educação.

Análise

Eduardo Frota faz esculturas em madeira nas quais problematiza questões da escultura e do espaço modernos. Em 1988, no 11º Salão Nacional de Artes Plásticas, Frota expõe uma fina tripa de madeira pintada com cores escuras, formando uma circunferência. Ela está no limite entre a escultura, o desenho e a pintura, pois é uma forma geométrica com relevo, mas é quase uma linha, é pintada e está na parede.

Aos poucos, seu trabalho ganha volume. Ele recebe o prêmio do Arte Pará 1997 por uma espécie de nó anguloso feito de cilindros retos de madeira unidos em ângulos bastante fechados e preso à parede. O crítico Cláudio de la Rocque Leal faz uma relação com a arte neoconcreta, pelo rompimento com o plano e a discussão do espaço, destacando a influência de Amílcar de Castro (1920 - 2002)1.

Na verdade, quando chega ao Rio, Frota impressiona-se com a obra de Willys de Castro (1926 - 1988) . Depois, é Lygia Clark (1920 - 1988) e sua ideia de arte participativa que lhe interessam mais2. Isso está ligado à sua leitura de Maurice Merleau-Ponty (1908 - 1961), e faz a expansão da sua obra para o espaço expositivo parecer natural. A partir de 2000, Frota realiza Intervenções Extensivas: são grandes carretéis, cones ou tubos sinuosos, formados com placas de compensado de madeira cortadas e coladas. Com elas, Frota recorta e desfaz o espaço, propondo ao espectador outra relação com ele, seja pela possibilidade de entrar no trabalho, pelo eco, pela obstrução da vista, ou pela dificuldade de locomoção.

Nota

1 LEAL, Cláudio de la Roque. In: Arte Pará 1997, Fronteiras. Belém: Museu do Estado/Fundação Rômulo Maiorana, 1997, p. 12. 2 HERKENHOFF, Paulo. In: FROTA, Eduardo. Eduardo Frota. Vila Velha: Museu Vale do Rio Doce, 2005, p. 13.

 

Obras 1

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Exposições 61

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Fontes de pesquisa 20

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  • 3 DIMENSÕES: Ascânio MMM, Eduardo Frota e Walter Guerra. comentário Fernando Cocchiarale, Eduardo Passos, Vitória Daniela Bousso. Rio de Janeiro, RJ: Funarte, 1996. 1 folha dobrada.
  • Arte construtiva no Ceará. Fortaleza: Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, 1999. Exposição realizada no periodo de 08 jan. a 04 abr.1999.
  • CEARÁ e Pernambuco: dragões e leões. Fortaleza: Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, 1998.
  • FROTA, Eduardo. Eduardo Frota. Texto Adolfo Montejo Navas. São Paulo: Galeria Virgilio, 2007. Fol. dobr., color.
  • FROTA, Eduardo. Eduardo Frota. Texto Paulo Herkenhoff. Vila Velha: Museu Vale do Rio Doce, 2005. [Intervenções extensivas X] 38 p., il. color.
  • FROTA, Eduardo. Paisagens no espaço. Texto Denise Mattar e Agnaldo Farias. São Paulo: Centro Cultural Banco do Brasil, 2003.
  • FROTA, Eduardo; Bento, José. Eduardo Frota, José Bento. Niterói: Galeria de arte UFF, 1997. Não paginado, il. p&b.
  • FROTA, Eduardo; Santiago, Daniel. Eduardo Frota, Daniel Santiago. Texto Sílvia Paes Barreto, Monika Jun Honma, José Jacinto dos Santos Filho. Recife: Museu de Arte Moderna Aluísio Magalhães, [2007]. Não paginado, il. color.
  • IV Salão MAM-Bahia, 1997-1998. Salvador: Museu de Arte Moderna da Bahia. Não paginado, il. color.
  • LIMA, Manoel Ricardo de. 55 começos. Florianópolis: Editora da casa, 2008.232 p.
  • MAPEAMENTO nacional da produção emergente [2001/2003]: Rumos Itaú Cultural Artes Visuais. Coordenação curatorial Fernando Cocchiarale et al. São Paulo, SP: Itaú Cultural, 2002. (Rumos Itaú Cultural Artes Visuais).
  • MUSEU Oscar Niemeyer: 2003 a 2007. Texto Paulo Herkenhoff, Lauro Cavalcanti, Maria José Justino. Curitiba: Museu Oscar Niemeyer, 2008. 372 p., il. color.
  • NOVOS Novos. Rio de Janeiro: Galeria de Arte Centro Empresarial Rio, 1988.
  • O LUAR do sertão. São Paulo: Galeria Nara Roesler, 1999. [16 p.]. Exposição realizada no periodo de 5 a 21 maio 1999.
  • PROGRAMA de exposições 91 Centro Cultural São Paulo. São Paulo: Centro Cultural São Paulo CCSP, 1992.
  • RUMOS ITAÚ CULTURAL ARTES VISUAIS. O desconforto da forma. Curadoria Eduardo Frota, Cristina Freire,Jailton Moreira e Moacir dos Anjos. São Paulo, SP: Itaú Cultural, 2002. (Rumos Itaú Cultural Artes Visuais).
  • SALÃO ARTE PARÁ, 16., 1997, Belém. Arte Pará: Fronteiras. Curadoria Cláudio de La Rocque Leal, Paulo Herkenhoff. Belém: Fundação Romulo Maiorana, 1997.
  • SALÃO NACIONAL DE ARTES PLÁSTICAS, 11. , 1989, Rio de Janeiro, RJ. 11º Salão Nacional de Artes Plásticas. Rio de Janeiro: Funarte, 1989.
  • SEIS artistas na 25ª Bienal de São Paulo. São Paulo: Galeria Nara Roesler, 2002.
  • TRAÇOS e transições da arte contemporânea brasileira. Belém: Secult, 2006.

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