Revista Klaxon

Klaxon. Mensário de Arte Moderna nº1, 1922
Guilherme de Almeida
Brasiliana Itaú/Acervo Banco Itaú
Texto
Histórico
A revista Klaxon: mensário de arte moderna é o primeiro veículo dedicado à propagação das idéias lançadas pelos modernistas paulistas durante a Semana de Arte Moderna em 1922. Sem a tradicional hierarquia dos jornais e revistas da época, a Klaxon tem sua pauta definida em reuniões com seus idealizadores, funcionando como um órgão coletivo. Assim, Guilherme de Almeida (1890 - 1969), Sérgio Milliet (1898 - 1966), Oswald de Andrade (1890 - 1954), Mário de Andrade (1893 - 1945), Luis Aranha (1901-1987) e Rubens Borba de Moraes (1899 - 1986) participam das diversas etapas de produção da publicação, desde a redação dos textos até a concepção do avançado projeto gráfico, coerente com o contestador projeto editorial, o que lhe custa seu único assinante após o primeiro número e os dois patrocinadores após a segunda publicação.
A primeira de suas nove edições surge em 15 de maio de 1922, aberta por um editorial-manifesto, que define as tendências da revista, marcada pela contradição da necessidade de se abrir para as idéias estrangeiras, porém sem perder de vista o nacional. Os dois últimos números aparecem em uma edição dupla, em janeiro de 1923. A revista publica poemas de escritores brasileiros como Manuel Bandeira (1886 - 1968), artigos do correspondente no Rio de Janeiro, o então jovem poeta e crítico literário Sérgio Buarque de Holanda (1902 - 1982), além de definir-se como internacionalista, contando com os correspondentes Albert Ciana, na Suíça, L. Charles Baudouin (1893 - 1963), na França e Roger Avermaete (1893 - 1988), na Bélgica.
Klaxon é pioneira na publicação de crítica cinematográfica no país, em artigos assinados por Mário de Andrade comentando filmes como O Garoto de Charles Chaplin, por exemplo. Além disso, publica artigos sobre cultura, crítica literária, poemas, piadas, anúncios satíricos e gravuras. Além de ter logo na primeira hora acalorado o debate sobre as idéias da Semana de Arte Moderna, a revista ainda é a primeira de muitas publicações importantes que surgem ao longo da década de 1920 em diversos pontos do país como Estética, A Revista, Terra Roxa e Outras Terras, Festa, Verde e Revista de Antropofagia. Ela acaba quando deixa de divertir seus editores.
Obras 4
Fontes de pesquisa 3
- BARRO, Máximo. Mamãe, esqueceram de mim. Revista da FACOM. São Paulo, no. 10, p. 25, 2º. Semestre de 2002.
- LARA, Cecília. Klaxon e Terra Roxa e outras terras: dois periódicos do Modernismo. São Paulo: Instituto de Estudos Brasileiros, 1972.
- TELES, Gilberto Mendonça. Vanguarda européia e modernismo brasileiro. 18.ed. Petrópolis: Vozes, 2005.
Como citar
Para citar a Enciclopédia Itaú Cultural como fonte de sua pesquisa utilize o modelo abaixo:
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REVISTA Klaxon.
In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira. São Paulo: Itaú Cultural, 2025.
Disponível em: https://front.master.enciclopedia-ic.org/termo5116/revista-klaxon. Acesso em: 04 de maio de 2025.
Verbete da Enciclopédia.
ISBN: 978-85-7979-060-7