Genilson Soares
![Sem Título, 1988 [Obra]](http://d3swacfcujrr1g.cloudfront.net/img/uploads/2000/01/000975004013.jpg)
Sem Título, 1988
Genilson Soares
Madeira e latão
200,00 cm x 120,00 cm
Texto
Genilson Soares (João Pessoa, Paraíba, 1940). Artista multimídia, artista gráfico, desenhista, fotógrafo. Sua produção se destaca pelo elevado grau de experimentalismo.
Entre 1953 e 1954, estuda no Ateliê Coletivo, em Recife, onde é aluno de Abelardo da Hora (1924-2014). Em 1962, integra o Salão de Pintura no Museu do Estado de Pernambuco (Mepe), na mesma cidade. Trabalha como projetista de arquitetura, entre 1963 e 1965, e programador visual, entre 1966 e 1989. No Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC/USP), participa de várias edições da mostra Jovem Arte Contemporânea (JAC), idealizada pelo diretor do museu, Walter Zanini (1925-2013), e na qual são privilegiadas as experimentações. Durante a 5a JAC (1971), os espaços do museu são sorteados entre os artistas participantes. Soares elabora, junto com o artista plástico José Francisco Arina Inarra (1947-2009), um projeto de inserção dos artistas excluídos durante o sorteio, em uma crítica aos critérios de escolha da instituição.
Os trabalhos seguintes, de natureza conceitual, são desenvolvidos em conjunto com Inarra e Lydia Okumura (1948), em sintonia com a crítica institucional. Em Encontro com a pedra event, realizado em meados da década de 1970, Soares e Inarra se apropriam de uma das pedras da instalação Event, do artista japonês Chihiro Shimotani (1934), pertencente ao acervo do MAC/USP. Fotografam o objeto em situações diversas dentro do Parque Ibirapuera e apresentam a documentação ao diretor do museu, acentuando a relatividade do valor atribuído às obras de arte.
Uma tela do pintor italiano Giorgio de Chirico (1888-1978), do mesmo acervo, é escolhida para outra ação semelhante, dando origem a Encontro com cavalos à beira mar. Desse trabalho, surge o grupo Arte/Ação, cujas propostas seguem caminho similar.
Apresenta trabalhos na Bienal Internacional de São Paulo, entre 1973 e 1989, e na Bienal Nacional de São Paulo, em 1974 e 1976. Em 1972, é premiado no 8º Salão de Arte Contemporânea de Campinas, no Museu de Arte Contemporânea de Campinas (MAC/Campinas). Expõe no Panorama de Arte Atual Brasileira, no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP), em 1980, 1985, 1988 e 1991, sendo premiado na edição de 1985. Realiza as individuais Passagem pelo Solstício (1985), no MAM/SP, e Luzes e Reflexos na Ciografia da Tarde (1989), no Paço das Artes. Integra as mostras Arte Xerox Brasil (1984), na Pinacoteca do Estado de São Paulo (Pina_), e A Mão Afro-Brasileira (1988), no MAM/SP.
Algumas das principais obras de Genilson Soares envolvem intervenções em espaços expositivos, fazendo uso de projeções de formas geométricas em perspectiva, criando, assim, efeitos de ilusão, como em Balanço. Dono de uma produção celebrada pela crítica e abrigada nos principais museus de arte contemporânea no Brasil e no exterior, Genilson Soares é conhecido como um nome de referência da arte brasileira de vanguarda.
Obras 5
Estudos para Instalação
Plano sobre Balcão
Sem Título
Sem Título
Sem Título
Exposições 69
Fontes de pesquisa 13
- 150 anos de pintura no Brasil: 1820-1970. Rio de Janeiro: Colorama, 1989.
- A ESTÉTICA do candomblé. Apresentação de Ana Mae Tavares Bastos Barbosa e Luiza Olivetto. Texto de Carlos de Airá. São Paulo: MAC/USP, 1988.
- ARAÚJO, Emanoel (org.). A Mão afro-brasileira: significado da contribuição artística e histórica. São Paulo, SP: Tenenge, 1988.
- ARTE Xerox Brasil. Curadoria de Hudinilson Jr. São Paulo: Pinacoteca do Estado, 1984.
- BIENAL INTERNACIONAL DE SÃO PAULO, 20., 1989, São Paulo, SP. Catálogo - eventos especiais. São Paulo: Fundação Bienal de São Paulo, 1989. v. 2.
- GENILSON Soares: luzes e reflexos na ciografia da tarde. Maria Teresa Louro e Arturo Condomí Alcorta: desenho e pintura. Textos de Vitória Daniela Bousso e Maria Alice Milliet de Oliveira. São Paulo: Paço das Artes, 1989.
- GENILSON Soares: recomposição da horizontal: instalação, desenhos, xeroxes. Textos de Jorge Carvajal de Sousa e M. Olimpia Vassão. São Paulo: Max Pochon S/A Comissões e Representações, 1979.
- GOUVEIA, Rosita. Genilson Soares. Arte em São Paulo, n. 19, out. 1983.
- MONACHESI, Juliana e ALVES, Cauê. Experimentos pioneiros. Trópico, São Paulo. Disponível em: http://www.revistatropico.com.br/tropico/html/textos/1997,1.shl. Acesso em: 3 jan. 2011.
- PANORAMA de Arte Atual Brasileira, 1988, São Paulo, SP. Panorama de Arte Atual Brasileira 1988: formas tridimensionais. São Paulo: MAM, 1988.
- SEHN, Magali Melleu. A Preservação de ‘instalações de arte’ com ênfase no contexto brasileiro: discussões teóricas e metodológicas. Tese (Doutorado em Poéticas Visuais) - Escola de Comunicações e Artes, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2010.
- SOARES, Genilson. Recomposição da horizontal: instalação, desenhos, xeroxes. São Paulo, SP: Max Pochon S/A Comissões e Representações, 1979.
- ZANINI, Walter (org.). História geral da arte no Brasil. São Paulo: Fundação Djalma Guimarães: Instituto Walther Moreira Salles, 1983. v. 1.
Como citar
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GENILSON Soares.
In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira. São Paulo: Itaú Cultural, 2025.
Disponível em: https://front.master.enciclopedia-ic.org/pessoa9820/genilson-soares. Acesso em: 03 de maio de 2025.
Verbete da Enciclopédia.
ISBN: 978-85-7979-060-7