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Enciclopédia Itaú Cultural
Artes visuais

Luiz Zerbini

Por Editores da Enciclopédia Itaú Cultural
Última atualização: 12.02.2024
28.04.1959 Brasil / São Paulo / São Paulo
Reprodução fotográfica autoria desconhecida

Aloha!, 1997
Luiz Zerbini
Acrílica sobre tela
202,00 cm x 200,00 cm

Luiz Pierre Zerbini (São Paulo, São Paulo, 1959). Artista multimídia. Destaca-se pela produção multifacetada e por ser um dos grandes nomes da Geração de 80 da arte brasileira.

Texto

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Luiz Pierre Zerbini (São Paulo, São Paulo, 1959). Artista multimídia. Destaca-se pela produção multifacetada e por ser um dos grandes nomes da Geração de 80 da arte brasileira.

Aos quatro anos de idade, começa a ter aulas de pintura com o pintor Van Acker (1931-2000). Posteriormente estuda fotografia com Carlos Moreira (1936-2020) e aquarela com Dudi Maia Rosa (1946). Entre 1978 e 1980, frequenta o curso de artes plásticas da Fundação Armando Álvares Penteado (Faap), em São Paulo. No início da década de 1980 muda-se para o Rio de Janeiro, passa a trabalhar como cenógrafo do grupo de teatro Asdrúbal Trouxe o Trombone e faz performances em bares cariocas em parceria com a atriz Regina Casé (1954)

Faz sua primeira exposição individual em 1982, na Casa do Brasil, em Madri, na Espanha. Ocupa parte do Salão Nacional de Artes Plásticas no Rio de Janeiro e recebe Referência Especial do Júri, em 1985. Participa da 19ª Bienal Internacional de São Paulo, em 1987.  

Na década de 1980, produz telas figurativas em que apresenta cenas de inspiração surrealista, como A tragédia é um acúmulo de mal-entendidos (1987). O artista utiliza frequentemente a fotografia em colagens, concebidas como estudos para telas de grandes dimensões. Emprega, ainda, o enquadramento fotográfico em obras como Zoo (1985), em que mantém também diálogo com a arte pop. Já em Piscina das crianças (1985), destacam-se o aspecto onírico e as cores extremamente vibrantes e luminosas. Posteriormente, realiza autorretratos nos quais se apresenta envolto em uma profusão de cores e imagens.

Integrante da chamada Geração 80, suas primeiras obras são pinturas, mas depois trabalha com escultura, vídeo, desenho e fotografia. Em 1995, recebe o grande prêmio da crítica na categoria artes visuais da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA). Nesse mesmo ano, cria, em parceria com o artista Barrão (1959), o editor de vídeo e cinema Sérgio Mekler (1963) e o produtor musical Chico Neves (1960), o grupo Chelpa Ferro (expressão arcaica que significa dinheiro), que trabalha com escultura, instalações tecnológicas e música eletrônica. O grupo explora sonoridades eletrônicas e industriais, cria novos usos e significados para antigos equipamentos eletrônicos e também utiliza ruídos decorrentes de objetos de uso cotidiano, como aqueles de impressoras, caixas registradoras, bolas de pingue-pongue ou os passos dos visitantes da exposição. 

Em trabalhos expostos em 1999, como a série Pinturas dentro d'água, utiliza uma técnica chinesa na qual o papel é tingido embaixo da água, com uma solução de tinta e algas. Com esse procedimento, o artista produz pinturas abstratas de cores luminosas que refletem a fluidez do meio aquoso. Como nota o artista Sérgio Romagnolo (1957), essas pinturas à primeira vista aparentam ser fáceis e sedutoras, mas trazem consigo questões ligadas à arte popular e conceitual.

Em paralelo ao trabalho individual, o artista expõe também com o grupo Chelpa Ferro. Uma das produções de destaque é realizada durante a 26ª Bienal Internacional de São Paulo, em 2004, quando um conjunto de galhos e troncos secos de árvores é movimentado por meio de pedais elétricos, acionados pelo público, e produz um som leve, semelhante à sonoridade do vento percorrendo o interior do edifício.

Luiz Zerbini passeia por formatos e estilos diferentes em suas criações e acaba por se consagrar como um dos nomes de destaque não só da Geração de 80, mas também da arte contemporânea brasileira em sentido mais amplo.

Obras 36

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Reprodução fotográfica autoria desconhecida

A Cama

Acrílica sobre papelão
Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Reprodução fotográfica autoria desconhecida

Aloha!

Acrílica sobre tela

Espetáculos 2

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Exposições 196

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Mídias (1)

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Luiz Zerbini - Enciclopédia Itaú Cultural
“Desde que a pintura morreu, eu não parei de pensar nela um segundo”, assim Luiz Zerbini se refere a uma exposição de que participou no Rio em homenagem a Domenico Vandelli, naturalista responsável pelas expedições filosóficas portuguesas no fim do século XVIII. “Eles vinham para cá para representar o que tinha na natureza, com uma intenção puramente científica”, conta o artista. Zerbini afirma que sua participação na exposição foi muito influenciada pelo trabalho dos participantes daquela expedição, cujo lema era “Eu observo e represento”. “Não me sinto à vontade de observar e representar só, mas me sinto muito próximo dessa ideia e da ideia de você refletir sobre isso”, diz. Hoje, seu trabalho procura discutir a relação das cores e da matéria na obra de arte.

Produção: Documenta Vídeo Brasil
Captação, edição e legendagem: Sacisamba
Intérprete: Carolina Fomin (terceirizada)
Locução: Júlio de Paula (terceirizado)

Fontes de pesquisa 15

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  • AYALA, Walmir. Dicionário de pintores brasileiros. Organização André Seffrin. 2. ed. rev. e ampl. Curitiba: Ed. UFPR, 1997. R750.81 A973d 2.ed.
  • BIENAL INTERNACIONAL DE SÃO PAULO, 26., 2004, São Paulo, SP. 26ª Bienal Internacional de São Paulo - artistas convidados. São Paulo: Fundação Bienal de São Paulo, 2004.
  • MATTOS, Armando (coord. ). Anos 80: o palco da diversidade. Curadoria Armando Mattos, Marcus de Lontra Costa. Rio de Janeiro: MAM, 1995.
  • ZERBINI, Luiz. Luiz Zerbini. Apresentação Marco César Meira Naslasuky. La Paz: Museo Tambo Quirquincho, 1997. 16 p., il. color.
  • ZERBINI, Luiz. Luiz Zerbini. La Paz: Museo Tambo Quirquincho, 1997. Z58L 1997
  • ZERBINI, Luiz. Luiz Zerbini. Rio de Janeiro: Parque Lage, 1988. Z58 1988
  • ZERBINI, Luiz. Luiz Zerbini. São Paulo : Galeria Camargo Vilaça, 1995. Z58 1995
  • ZERBINI, Luiz. Luiz Zerbini. São Paulo: Subdistrito Comercial de Arte, 1985. Z58 1985
  • ZERBINI, Luiz. Luiz Zerbini. São Paulo: Subdistrito Comercial de Arte, 1985. il. color., fotos p.
  • ZERBINI, Luiz. Luiz Zerbini. São Paulo: Subdistrito Comercial de Arte, 1988.
  • ZERBINI, Luiz. Luiz Zerbini: coletiva. São Paulo: Subdistrito Comercial de Arte, 1988. Z58c 1988
  • ZERBINI, Luiz. Luiz Zerbini: pinturas e aquarelas. Recife: Passárgada Arte Contemporânea, 1991.
  • ZERBINI, Luiz. Luiz Zerbini: pinturas e aquarelas. Recife: Passárgada Arte Contemporânea, 1991. Z58 1991
  • ZERBINI, Luiz. Pedra não é gente ainda. São Paulo: Galeria Camargo Vilaça, 1999. Z58 1999
  • ZERBINI, Luiz. Rasura: Luiz Zerbini. São Paulo : Cosac & Naify, 2006.

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