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Enciclopédia Itaú Cultural
Cinema

Camila Márdila

Por Editores da Enciclopédia Itaú Cultural
Última atualização: 07.10.2022
1988 Brasil / Distrito Federal / Taguatinga
Registro fotográfico Marcus Leoni

Camila Márdila, 2019

Camila Márdila dos Remédios Evangelista (Taguatinga, Distrito Federal, 1988). Atriz. Com experiência no teatro, no cinema e na televisão, é reconhecida sobretudo por sua atuação premiada no filme Que Horas Ela Volta? (2015), dirigido por Anna Muylaert (1964).

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Camila Márdila dos Remédios Evangelista (Taguatinga, Distrito Federal, 1988). Atriz. Com experiência no teatro, no cinema e na televisão, é reconhecida sobretudo por sua atuação premiada no filme Que Horas Ela Volta? (2015), dirigido por Anna Muylaert (1964).

O interesse de Camila pelas artes cênicas surge por volta dos dez anos. Apoiada pela mãe, ela começa a desenvolver a carreira durante a adolescência, ao fazer cursos de teatro em Brasília. Por viver em uma cidade-satélite, distante do núcleo da capital, esforça-se para conciliar a escola regular com a formação em artes, realizada no centro da cidade.

De 2006 a 2011, Camila estuda comunicação social na Universidade de Brasília (UnB). Durante o curso, produz a pesquisa O lapso em Beckett e Cortázar como processo de pensamento do sujeito dialógico bakhtiniano, fundamentada na ideia de que os sujeitos confirmam sua existência por meio de uma incontornável relação com o outro. O princípio do dialogismo torna-se uma das principais referências na pesquisa artística da atriz.

Camila participa, em 2011, do Núcleo de Pesquisa Resta Pouco a Dizer, criado pelos diretores teatrais Adriano Guimarães e Fernando Guimarães. Nesse ano, o núcleo produz uma ocupação Funarte, com o tema Teatro Visual – o que ainda não tínhamos visto?, no qual promove diálogos, palestras, performances e oficinas. Também em 2011, Camila participa do intercâmbio Rumos Itaú Cultural de Teatro, com a Cia. Teatro Autônomo. Na ocasião, é responsável pela redação dos materiais produzidos pelo grupo.

Para a atriz, há um caráter dialógico na atuação, que inclui mas não se restringe à interação direta com o público: os diversos elementos que integram a cena, como fundo, luz, texto e vozes, devem ser tratados como interlocutores. Ela coloca em prática essa visão da produção artística ao desenvolver pesquisas no grupo Áreas Coletivo, no Rio de Janeiro, a partir de 2012. O coletivo é formado pelas atrizes Liliane Rovaris, Maria Sílvia Siqueira Camposa e Miwa Yanagizawa (1965).

A pesquisa acadêmica de Camila dá origem à oficina Estudo para o Ator, que ela produz em parceria com a atriz Miwa Yanagizawa. Fundamentando-se em exercícios de observação, improviso e conversas, a oficina propõe aos atores ampliar a compreensão do pensamento estético e ético das artes cênicas, ao conceber o trabalho em cena como uma prática fundamentalmente dialógica, caracterizada pelas relações com o outro.

Em 2015, a atriz ganha notoriedade ao interpretar a personagem Jéssica Ferreira no filme Que Horas Ela Volta?. Jéssica é filha da empregada doméstica Val [Regina Casé (1954)]. Destemida, ela questiona as estruturas de poder da casa e ultrapassa a área reservada aos empregados: ocupa o quarto de hóspedes, serve-se do sorvete de Fabinho [Michel Joelsas (1995)], filho dos patrões Bárbara [Karine Teles (1978)] e Carlos [Lourenço Mutarelli (1964)], e usa a piscina, provocando a ira da patroa. Essa nova moradora traz à tona diferenças sociais veladas existentes na casa. O filme estreia em 2015 no Festival de Sundance (Estados Unidos), e Camila Márdila ganha, com Regina Casé, o prêmio de melhor atriz.

Com o intuito de fazer das artes cênicas um lugar de encontro entre corpos e artefatos, atores e público, Camila Márdila continua a desenvolver sua carreira investindo na pesquisa e na prática do dialogismo teatral, exercitando-a em diferentes modalidades de atuação.

Espetáculos 1

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Mídias (1)

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Camila Márdila – Série Cada Voz (2020)
Camila Márdila conta sobre o início de sua carreira, o interesse genuíno pela profissão de atriz, a rotina corrida com a realização de cursos de atuação desde a infância e a surpresa dos pais – apesar do apoio incondicional – com sua dedicação e determinação.

Ela também traz uma reflexão sobre o espaço ocupado pela mulher no mundo e dentro de seu meio, recordando seu discurso durante a premiação no Festival de Sundance. Na perspectiva da atuação, ela explica seu trabalho como uma ferramenta capaz de construir pontes ao oferecer para o público histórias que pertencem ao mundo.

ITAÚ CULTURAL

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Diretor Eduardo Saron
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Gerente: Tânia Rodrigues
Coordenação: Glaucy Tudda
Produção de conteúdo: Camila Nader
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Coordenação: Kety Nassar
Produção audiovisual: Letícia Santos
Edição de conteúdo acessível: Richner Allan
Direção, edição e fotografia: Marcus Leoni
Assistência e montagem: Renata Willig
Assistência de fotografia: Martha Salomão

Fontes de pesquisa 4

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