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Enciclopédia Itaú Cultural
Teatro

Companhia Teatro Autônomo

Por Editores da Enciclopédia Itaú Cultural
O nome do conjunto nasce do conceito de teatro autônomo, atribuído por Jefferson Miranda, diretor que assina o roteiro dos espetáculos do grupo, dedicando-se a uma pesquisa das formas que delimitam a relação entre narrativa e encenação.

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Histórico

O nome do conjunto nasce do conceito de teatro autônomo, atribuído por Jefferson Miranda, diretor que assina o roteiro dos espetáculos do grupo, dedicando-se a uma pesquisa das formas que delimitam a relação entre narrativa e encenação.

Depois da primeira experiência, com Sísifo, 1989, inspirado em O Mito de Sísifo, de Albert Camus, o diretor encena Mann na Praia, 1992, em que o cenógrafo Fernando Mello da Costa cria um espaço retangular, parcialmente inundado de água e povoado de máquinas e fragmentos arquitetônicos. Em 1994, estréia A Pequena Tereza, baseado em elementos recorrentes nos contos infantis, e Minha Alma É Imortal, em que os espectadores, divididos em dois grupos, são acomodados em lados opostos do palco do teatro, separados por uma rotunda, de modo que cada grupo assista a cenas diferentes. No ano seguinte, apresenta 7x2=y - Uma Parábola que Passa pela Origem, e depois Scrooge, adaptação de Jorge Caetano para a obra original de Charles Dickens.

Em 1996, A Noite de Todas as Ceias merece da crítica Barbara Heliodora a observação de que a companhia "reafirma uma exemplar fidelidade à pesquisa de linguagens cênicas de intensa teatralidade, levada avante com grande e disciplinada execução".1

Em 1997, através do projeto Buscas, Rupturas e Transgressões - Processos Cênicos de Cias. de Repertório, o Teatro Autônomo leva para São Paulo dois de seus espetáculos e estréia o infantil Cadê o Bilu?, direção de Ricardo Santos. O crítico Alberto Guzik escreve: "Minha Alma É Imortal busca a inovação também no formato cênico. (...)  A história não tem um fio narrativo claro. Mas tanto no aspecto visual quanto no desenho de personagens supostamente 'normais', mas acossados por impulsos amedrontadores, Minha Alma É Imortal tem muito em comum com A Noite de Todas as Ceias. Há uma ninfomaníaca presa na armadura de uma saia do século 16, um paraplégico, um filho edipiano e sua mãe que tem horror ao corte do cordão umbilical, uma pregadora escatológica do fim dos tempos". E continua: "Jefferson Miranda faz dessas montagens um momento de exuberante teatralidade. A armadilha da condição humana é posta a nu com habilidade e muita ironia, seus espetáculos mostram um diretor capaz de ótimas sínteses e de uma identidade visual própria. Ele dirige com precisão e criatividade excelente elenco. Seu teatro devolve ao espectador o prazer da descoberta de propostas estimulantes e provocadoras".2

Em 2002, estréiam Uma Coisa que Não Tem Nome (e que se Perdeu) e Um Bando Chamado Desejo. Em 2004, Deve Haver Algum Sentido em Mim que Basta, que recebe três indicações para o Prêmio Shell, acompanha a trajetória de cinco personagens que buscam um sentido para a existência. O espaço que envolve atores e um máximo de 40 espectadores é delimitado por paredes que imitam pergaminho; o teto desce em alguns momentos para  aumentar a sensação de confinamento. A peça se passa em três épocas - anos 1920, 1970 e nos dias de hoje - marcadas pelo encontro e desencontro dos casais.

Em 2005, o diretor apresenta E Agora Nada É mais uma Coisa Só, dando prosseguimento a pesquisa em torno do espaço cênico e da recepção do espetáculo pelo público.

Notas

1. HELIODORA, Barbara. A Noite de todas as ceias, O Globo, Rio de Janeiro, 22 jan. 1997.

2. GUZIK, Alberto. Provocação a Serviço da Inteligência.  São Paulo: Jornal da Tarde, 27 set. 1997.

Espetáculos 24

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Fontes de pesquisa 4

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  • ALBUQUERQUE, Johana. Jefferson Miranda. (ficha curricular) In: _________. ENCICLOPÉDIA do Teatro Brasileiro Contemporâneo. Material elaborado em projeto de pesquisa para a Fundação Vitae. São Paulo, 2000.
  • CIA. TEATRO Autônomo. (Dossiê Personalidade Artes Cênicas) Rio de Janeiro: CEDOC/Funarte.
  • COMPANHIA Teatro Autônomo. Disponível em: [http://www.ciateatroautonomo.com.br/]. Acesso em: 02/05/2007.
  • GRAFF, Flávio Graff. A noite de todas as ceias, Jornal do Comércio, Rio de Janeiro, 1 dez. 1996.

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