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Enciclopédia Itaú Cultural
Artes visuais

Paulo Miyada

Por Editores da Enciclopédia Itaú Cultural
Última atualização: 24.04.2024
23.07.1985 Brasil / São Paulo / São Paulo
Paulo Kiyoshi Abreu Miyada (São Paulo, São Paulo, 1985). Curador, pesquisador. Atua na arte contemporânea brasileira latino-americana. Com reflexão crítica sobre o contexto e a sociedade, suas exposições e pesquisas espelham discussões latentes em sua produção e promovem o debate entre arte e política.

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Paulo Kiyoshi Abreu Miyada (São Paulo, São Paulo, 1985). Curador, pesquisador. Atua na arte contemporânea brasileira latino-americana. Com reflexão crítica sobre o contexto e a sociedade, suas exposições e pesquisas espelham discussões latentes em sua produção e promovem o debate entre arte e política.

Gradua-se em arquitetura e urbanismo pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP), em 2008, com mestrado em história da arquitetura e urbanismo pela mesma instituição, em 2013. Sua dissertação explora a arquitetura radical e utópica no contexto do pós-guerra europeu, estudando os projetos New Babylon (Constant Nieuwenhuis e Internacional Situacionista, 1958-74)1 e Gli Atti Fondamentali (Superstudio, 1972-73), sob orientação do curador e professor Agnaldo Farias (1955)2.

Desempenha a função de assistente de curadoria da 29ª Bienal Internacional de São Paulo (2010), com curadoria de Agnaldo Farias e Moacir dos Anjos (1963), e atua como curador da 34ª Bienal Internacional de São Paulo (2020-2021), ao lado da artista e curadora brasileira Carla Zaccagnini (1973), do curador italiano Francesco Stocchi (1975), do crítico de arte e curador italiano Jacopo Crivelli Visconti (1973) e da curadora, escritora e designer Ruth Estévez (1977). 

Integra equipe curatorial do Programa Rumos Artes Visuais do Itaú Cultural, entre 2013 e 2016, e faz parte da comissão de seleção de diferentes edições do edital. É membro de indicação do Prêmio Pipa (2016 e 2019) e atua como curador adjunto do 34º Panorama da Arte Brasileira, exposição coletiva com curadoria da crítica e curadora paulistana Aracy Amaral (1930), no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM-SP), em 2015.

É curador-chefe do Instituto Tomie Ohtake desde 2016, coordenando o Núcleo de Pesquisa e Curadoria e a Escola Entrópica da instituição, num espaço de formação, com exercícios e grupo de discussão e pesquisa para que os artistas aprofundem seus processos criativos. Neste museu, desenvolve diversas exposições atravessadas por questões políticas, como é o caso de OSSO Exposição-Apelo ao Amplo Direito de Defesa de Rafael Braga, em 2017, com discussões sobre questões humanitárias urgentes, entrelaçando arte e justiça social para debater a igualdade de direitos constitucionais básicos. AI-5 50 Anos – Ainda não Terminou de Acabar (2018) é outro exemplo de aproximações entre arte e política, que usa o marco dos 50 anos do Ato Institucional n. 5, que agrava a ditadura militar brasileira (1964-1985)3, para trazer à tona questionamentos sobre autoritarismo e direitos democráticos. Com o catálogo dessa exposição, ganha o Prêmio Jabuti na categoria ensaio em artes. 

Desenvolve também a exposição Ensaios para o Museu das Origens (2023-2024), em parceria com o Itaú Cultural, partindo da proposta do crítico Mário Pedrosa (1900-1981) para a reconstrução do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (Mam Rio) após um incêndio, em 1978, repensando o espaço do museu e unindo diferentes instituições. A curadoria de Paulo Miyada e Izabela Pucu (1979) se baseia nesse pressuposto e coloca em contato diferentes artistas, coletivos e instituições para pensar a cultura material e imaterial do Brasil. 

Atua na equipe de curadoria do Centre Pompidou, uma das mais importantes instituições francesas de arte contemporânea. Nesse contexto, é responsável por pesquisar e propor aquisições e doações para a construção de uma coleção de arte latino-americana na instituição, com a intenção de preservar, pesquisar e difundir este acervo.

Faz a curadoria de mostras coletivas, como Em Direto (Oficina Cultural Oswald de Andrade, 2011), Boletim (Galeria Millan, 2013), A Parte Que Não Te Pertence, em Wiesbaden (Kunsthaus Wiesbaden (Alemanha, 2014), A Parte Que Não Te Pertence, em Madri (Galeria Maisterravalbuena, Espanha, 2014), entre outras. Coordena o projeto Estou Cá, no Sesc Belenzinho (2016-2017), ciclo que busca problematizar a arte contemporânea.

Organiza livros sobre artistas, tal como a trajetória do artista carioca Arjan Martins (1960), e edita, junto com a artista visual brasileira Graziela Kunsch (1979), o volume quatro da revista Urbânia (2015), que reúne projetos de cidades e aborda o pensamento utópico sobre a arquitetura e o urbanismo, encorajando propostas coletivas para imaginar outros espaços urbanos.

Paulo Miyada pensa a curadoria como uma prática em relação com o outro, como algo público e organizador de pensamentos coletivos e contextos diferentes, envolvendo diversas mediações entre público, curador, artista, teoria, entre outras instâncias. Arte e política estão ligadas em seus conceitos curatoriais e trabalha frequentemente com as relações e aproximações entre arte contemporânea, arquitetura e política, tanto no Brasil quanto em instituições internacionais.

Notas

1. New Babylon [Nova Babilônia] é nome dado ao projeto ficcional e utópico, criado por Victor Nieuwenhuys, de criação de uma cidade em que as relações sociais e urbanas estariam moldadas pelos avanços tecnológicos e a abolição do trabalho produtivo.

2. Gli Atti Fondamentalli [Atos Fundamentais], originalmente concebido como uma série de filmes, reúne uma coletânea de storyboards de filmes e documentos que tratam da relação entre arquitetura e os atos da vida humana.

Exposições 44

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Fontes de pesquisa 17

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