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Enciclopédia Itaú Cultural
Artes visuais

Izabela Pucú

Por Editores da Enciclopédia Itaú Cultural
Última atualização: 06.05.2024
1979 Brasil / Rio de Janeiro / Niterói
Izabela Vasconcellos Pucu (Niterói, Rio de Janeiro, 1979). Artista, curadora, pesquisadora, professora, gestora cultural. Dedica-se aos temas que envolvem as relações entre o fazer artístico e o cotidiano, o universo do trabalho dos artistas e as práticas institucionais, bem como uma atuação mais ampla da arte, que vai além do objeto em si e mar...

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Izabela Vasconcellos Pucu (Niterói, Rio de Janeiro, 1979). Artista, curadora, pesquisadora, professora, gestora cultural. Dedica-se aos temas que envolvem as relações entre o fazer artístico e o cotidiano, o universo do trabalho dos artistas e as práticas institucionais, bem como uma atuação mais ampla da arte, que vai além do objeto em si e marca proposição, troca, relação e proximidade com o outro.

É graduada em pintura pela Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em 2003, com mestrado, em 2007, e doutorado, em 2017, pela mesma universidade. Sua tese Arte como trabalho (e vice-versa) (2017) elabora as aproximações entre mundo das artes e mundo do trabalho, pensando em como um está reverberando e influenciando o outro a partir de diferentes parâmetros que não seja apenas o trabalho moderno com vistas à produção material e industrial. Nesse sentido, propõe o fazer artístico e a arte não como um fim em si mesmos, mas como caminho e aproximação. Na análise da pesquisadora, os artistas hoje não criam apenas suas obras, eles estão imersos em uma lógica de trabalho e produção que lhes dá autonomia.

Coordena a Plataforma Mario Pedrosa Atual, uma iniciativa que pesquisa e difunde o legado do crítico de arte e ativista político brasileiro Mario Pedrosa (1900-1981). O grupo participa de cursos e eventos e propõe publicações que resgatam e lançam luz à atuação de Pedrosa, cujo pensamento contribui não somente para o campo das artes, mas também para um projeto político-cultural para a sociedade brasileira. O e-book Mario Pedrosa Atual (2019), realizado a partir de curso homônimo, reúne artigos que contribuem para o conhecimento do pensamento de Pedrosa, aliando arte e política como ferramentas para lidar com a contemporaneidade.

É co-coordenadora do projeto Arte_cuidado, que pensa a relação entre esses dois saberes, reunindo pesquisadores, artistas, curadores, gestores e terapeutas dos campos das artes, meio ambiente, saúde e cidadania, baseando-se na ideia do cuidado como método. A interação da arte com os demais campos por meio das estratégias de cuidado promove ações engajadoras para pensar, atuar e compartilhar saberes. 

Entre 2018 e 2020, coordena a área de educação do Museu de Arte do Rio (MAR), atuando na Escola do Olhar da instituição. Os dispositivos artístico-pedagógicos, aos quais chama de intervenções e propostas da área educativa do museu, são pensados para embaralhar o que se entende sobre arte, artista, fazer artístico, curadoria e museu, propondo diferentes olhares sobre realidades, subjetividades e experiências artísticas. Pucu propõe, nas ações formativas e artísticas engendradas dentro do MAR, formas de pensar a arte como sociabilidade e troca, reivindicando o espaço do museu como o local fecundo para tais práticas.

Ainda na área de gestão e educação, atua como diretora e curadora do Centro Municipal de Arte Hélio Oiticica, de 2014 a 2016, no Rio de Janeiro, e é coordenadora de projetos da Escola de Artes Visuais do Parque Lage, de 2008 a 2011. No campo da curadoria, promove exposições como A Pequena África e o MAR de Tia Lúcia, no MAR, em 2018; Osmar Dillon: Não Objetos Poéticos e A Lágrima É Só o Suor do Cérebro de Gustavo Speridião, no Centro Municipal de Arte Hélio Oiticica, em 2015 e 2016, respectivamente, entre outras. Ensaios para o Museu das Origens, do Itaú Cultural e do Instituto Tomie Ohtake, em 2023, é uma exposição da qual Pucu assina a curadoria ao lado do curador e pesquisador brasileiro Paulo Miyada (1985), com curadoria adjunta de Ana Roman (1990). A mostra parte da posição de Mario Pedrosa quando da reconstrução do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (Mam Rio), após o incêndio em 1978, defendendo que o museu deveria rever seu papel. A ideia de reunir uma variedade de instituições participantes ecoa o desejo de Pedrosa de colocar em relação alteridades artísticas para repensar os espaços museológicos.

Organiza o livro Roberto Pontual: obra crítica (2013) o qual reúne artigos, entrevistas e debates protagonizados pelo jornalista, poeta e crítico de arte Roberto Pontual (1939-1994). Escreve artigo para o livro Mario Pedrosa: primary documents (2015), organizado pela pesquisadora e historiadora da arte Glória Ferreira (1947-2022) e pelo pesquisador e crítico de arte Paulo Herkenhoff (1949). Colabora com o catálogo da exposição AI-5 50 Anos: Ainda Não Terminou de Acabar (2018), pelo qual é vencedora do Prêmio Jabuti na categoria ensaio no campo das artes. 

A atuação de Izabela Pucu como curadora, pesquisadora e gestora cultural é marcada pela proposição de ações e projetos que engajam artistas, curadores e outros agentes que podem se relacionar com o universo artístico. Tais ações têm por objetivo questionar as práticas do que se considera arte, repensar o fazer institucional e entender outros paradigmas do sistema das artes. Seus trabalhos em diferentes instituições, tanto como curadora quanto como gestora, mostram que a prática artística tem a potência de aliar e envolver diferentes agentes do campo cultural. Pucu desempenha diferentes papéis no campo das artes e da cultura, propondo uma formação múltipla para entender as camadas da arte contemporânea em seus diferentes contextos.

Exposições 8

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Fontes de pesquisa 8

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