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Enciclopédia Itaú Cultural
Artes visuais

Louis Buvelot

Por Editores da Enciclopédia Itaú Cultural
Última atualização: 18.10.2024
03.03.1814 Suíça / a definir / Morges
30.05.1888 Austrália / Victoria / Melbourne
Reprodução fotográfica Pedro Oswaldo Cruz

Largo da Misericórdia, Caminho do Saco d'Alferes, Forte de São Domingos, 1842
Louis Auguste Moreaux, Louis Buvelot
Litografia
31,50 cm x 44,50 cm

Abram Louis Buvelot (Morges, Suíça 1814 - Melbourne, Austrália, 1888). Pintor, litógrafo, fotógrafo, desenhista, gravador e professor. Vem para o Brasil em 1835, tendo realizado anteriormente estudos de arte com o pintor Marc Louis Arlaud, na Escola de Desenho de Lausanne, Suiça. Vive em Salvador, onde dá aulas de pintura. Em 1840 passa a residi...

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Biografia

Abram Louis Buvelot (Morges, Suíça 1814 - Melbourne, Austrália, 1888). Pintor, litógrafo, fotógrafo, desenhista, gravador e professor. Vem para o Brasil em 1835, tendo realizado anteriormente estudos de arte com o pintor Marc Louis Arlaud, na Escola de Desenho de Lausanne, Suiça. Vive em Salvador, onde dá aulas de pintura. Em 1840 passa a residir no Rio de Janeiro. Por encomenda da imperatriz dona Teresa Cristina, pinta uma paisagem de floresta brasileira, apresentada na Exposição Geral de Belas Artes de 1846, que agrada muito ao imperador dom Pedro II, que o agracia com o título de Cavaleiro da Imperial Ordem do Rosa. O artista dedica-se também à litografia e reproduz vistas, cenas e costumes urbanos do Rio de Janeiro, presentes no álbum Rio de Janeiro Pitoresco, de 1844, realizado com Louis Auguste Moreaux e publicado pela Heaton & Rensburg. Em 1845, Buvelot, um dos primeiros profissionais da daguerreotipia no Rio de Janeiro, funda o estabelecimento fotográfico Officina Imperial Buvelot & Prat na cidade. A empresa permanece em atividade até 1856, tendo inclusive realizado diversos serviços profissionais para a Casa Imperial. Em 1860, Buvelot retorna à Suíça. Após uma rápida passagem pelo Brasil, em 1865, viaja para Melbourne, na Austrália, onde se fixa, desenvolve grande atividade artística e notabiliza-se por suas paisagens, pela fidelidade de colorido, planos e perspectiva.

Análise

Louis Buvelot vem para o Brasil em 1835, depois de ter estudado arte com Marc Louis Arlaud, na Escola de Desenho de Lausanne, na Suíça. Vai morar em Salvador, onde dá aulas de pintura. Em 1840 passa a residir no Rio de Janeiro e participa da Exposição Geral de Belas Artes, com as pintura de paisagens Praia de Santa Luzia, s.d. e Praia da Gamboa, s.d.

Como aponta o estudioso Quirino Campofiorito, Buvelot é um dos primeiros pintores com inspiração voltada diretamente para a natureza, encanta-se com o mar e a beleza das praias e realiza sucessivas telas que enfocam a paisagem natural e urbana do Rio de Janeiro. Participa de diversas edições da Exposição Geral de Belas Artes, como, por exemplo, em 1841, com Vista da Lagoa Rodrigo de Freitas, s.d. e Saco do Botafogo e Cemitério dos Ingleses, s.d. ou em 1843, na qual apresenta, entre outras, as pinturas Vista de Nossa Senhora da Glória, s.d. e Vista do Convento de Santo Antônio, s.d., este premiado com medalha de ouro. Por encomenda da imperatriz dona Teresa Cristina, pinta uma paisagem de floresta brasileira, apresentada na Exposição Geral de 1846, agradando muito ao imperador dom Pedro II, que o agracia com o título de Cavaleiro da Imperial Ordem do Rosa.

Buvelot dedica-se também à litografia e reproduz vistas, cenas e costumes urbanos do Rio de Janeiro, a princípio em pranchas soltas, posteriormente reunidas no álbum Rio de Janeiro Pitoresco, de 1845, realizado com Louis Auguste Moreaux e publicado pela Heaton & Rensburg. O álbum é composto de 18 lâminas, em cada uma há um desenho central, rodeado por outros. Em algumas páginas são abordados de cinco a sete assuntos diferentes. As paisagens são feitas por Buvelot e o desenho de arquitetura e figuras por Moreaux.

Em 1845, Buvelot funda no Rio de Janeiro o estabelecimento fotográfico Officina Imperial Buvelot & Prat e é um dos primeiros profissionais da daguerreotipia na cidade. A empresa, realiza diversos serviços profissionais para a Casa Imperial, permanece em atividade até 1856.

O artista retorna à Suíça em 1860. E, em 1865, após uma rápida passagem pelo Brasil, viaja para Melbourne, na Austrália, onde se fixa, desenvolve grande atividade artística e se notabiliza no país por suas paisagens de grande fidelidade de colorido, planos e perspectivas.

Obras 13

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Reprodução fotográfica Pedro Oswaldo Cruz

O Catete

Litografia

Exposições 52

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Fontes de pesquisa 30

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  • 150 anos de pintura no Brasil: 1820-1970. Rio de Janeiro: Colorama, 1989.
  • 150 anos de pintura no Brasil: 1820-1970. Rio de Janeiro: Colorama, 1989.
  • 150 anos de pintura no Brasil: 1820-1970. Rio de Janeiro: Colorama, 1989. R703.0981 P818d
  • ARTE no Brasil. São Paulo: Abril Cultural, 1979.
  • ARTE no Brasil. São Paulo: Abril Cultural, 1979. 709.81 A163ar v.1
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