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Enciclopédia Itaú Cultural
Artes visuais

Louis Auguste Moreaux

Por Editores da Enciclopédia Itaú Cultural
Última atualização: 29.10.2023
1818 França / Champagne-Ardenne / Rocroi
1877 Brasil / Rio de Janeiro / Rio de Janeiro
Reprodução fotográfica Pedro Oswaldo Cruz

Arco da Fortaleza de São Clemente, Largo do Paço, 1842
Louis Auguste Moreaux, Louis Buvelot
Litografia
27,50 cm x 41,50 cm

Louis Auguste Moreaux (Rocroi, França 1818 - Rio de Janeiro RJ 1877). Vem para o Brasil no fim da década de 1830, juntamente com seu irmão, também pintor, François René Moreaux (1807 - 1860). Permanecem por algum tempo no nordeste e sul do país e, em 1840, fixam residência no Rio de Janeiro. Louis Auguste pinta diversas telas inspiradas em suas ...

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Louis Auguste Moreaux (Rocroi, França 1818 - Rio de Janeiro RJ 1877). Vem para o Brasil no fim da década de 1830, juntamente com seu irmão, também pintor, François René Moreaux (1807 - 1860). Permanecem por algum tempo no nordeste e sul do país e, em 1840, fixam residência no Rio de Janeiro. Louis Auguste pinta diversas telas inspiradas em suas viagens pelo Brasil, apresentadas nas Exposições Gerais de Belas Artes, e é premiado com medalha de ouro em 1841. Em 1843, é homenageado com o título de Primeiro Cavaleiro da Imperial Ordem da Rosa, pela composição Jesus Cristo e o Anjo. Colabora com Louis Buvelot (1814 - 1883), realizando desenhos em que enfoca aspectos do Rio de Janeiro, reunidos no álbum litográfico Rio de Janeiro Pitoresco, publicado em fascículos entre 1842 e 1845. Faz também retratos de importantes personalidades da época, como o de dom Pedro II (1825 - 1891) e de Alfredo d'Escragnolle Taunay, visconde de Taunay (1843 - 1899).

Análise
Nascido na França, vem para o Brasil no final da década de 1830, juntamente com seu irmão, também pintor, François René Moreaux (1807 - 1860). Percorrem o Nordeste e o Sul do país e, em 1840, fixam-se no Rio de Janeiro. O artista realiza pinturas em que representa as regiões visitadas, revelando o interesse pela paisagem e pelos costumes do país, como em Negra Lavadeira do Rio (s.d.), Quatro Assuntos da Flora Brasileira (s.d.) e Gaúcho Tomando Mate (s.d.). Como nota o historiador da arte Quirino Campofiorito (1902 - 1993), Moreaux inova o cenário artístico da época por enfocar temas tidos como não usuais para a grande pintura. Para o crítico de arte Gonzaga Duque (1863 - 1911), em Rancho de Mineiros (s.d.) apresenta figurinhas admiráveis pela naturalidade e graça com que se destacam na cena noturna, iluminadas pelo clarão de uma fogueira. Durante a década de 1840, o artista colabora com Louis Buvelot (1814 - 1883), realizando desenhos em que enfoca aspectos do Rio de Janeiro, posteriormente reunidos no álbum litográfico Rio de Janeiro Pitoresco.

Moreaux pinta retratos de importantes personalidades da época, como o de dom Pedro II (1825 - 1891), de Saldanha Marinho (1816 - 1895) e de Alfredo d'Escragnolle Taunay, visconde de Taunay (1843 - 1899). Para Gonzaga Duque, as pinturas que realiza para o imperador, representando os personagens históricos Pedro Álvares Cabral, Afonso de Albuquerque e Vasco da Gama, foram executadas com singular sutileza e habilidade. Já o retrato da atriz Lagrange, para o crítico, ultrapassa todas as suas obras do gênero, tanto do ponto de vista do colorido como do desenho. Nele, "a tonalidade é fresca e terna, a difusão da luz é doce e como que lentamente espargida, as meias tintas e os reflexos foram jogados com um requinte inimitável. O braço esquerdo, nu, estendido no espaço, em linha horizontal, é de uma carnação perfeita, de um modelado escultural. Toda a figura é imponente, majestosa ".1

Notas
1 DUQUE, Gonzaga. A Arte brasileira. Campinas: Mercado de Letras, 1995. 270 p. (Arte: ensaios e documentos). p. 106.

Obras 4

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Exposições 22

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Fontes de pesquisa 13

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  • 150 anos de pintura no Brasil: 1820-1970. Rio de Janeiro: Colorama, 1989. R703.0981 P818d
  • ARTE no Brasil. São Paulo: Abril Cultural, 1979.
  • ARTE no Brasil. São Paulo: Abril Cultural, 1979. 709.81 A163ar v.1
  • AYALA, Walmir. Dicionário de pintores brasileiros. Organização André Seffrin. 2. ed. rev. e ampl. Curitiba: Ed. UFPR, 1997. R750.81 A973d 2.ed.
  • BOGHICI, Jean (org.). Missão Artística Francesa e pintores viajantes: França-Brasil no século XIX. Rio de Janeiro: Instituto Cultural Brasil-França, 1990.
  • BRAGA, Theodoro. Artistas pintores no Brasil. São Paulo: São Paulo Editora, 1942.
  • CAMPOFIORITO, Quirino. História da pintura brasileira no século XIX. Rio de Janeiro: Pinakotheke, 1983.
  • DICIONÁRIO brasileiro de artistas plásticos. Organização Carlos Cavalcanti e Walmir Ayala. Brasília: Instituto Nacional do Livro, 1973-1980. 4v. (Dicionários especializados, 5).
  • DUQUE, Gonzaga. A arte brasileira: pintura e esculptura. Introdução Tadeu Chiarelli. Campinas: Mercado de Letras, 1995. (Arte: ensaios e documentos).
  • FREIRE, Laudelino. Um século de pintura: apontamentos para a história da pintura no Brasil de 1816-1916. Rio de Janeiro: Fontana, 1983.
  • LEITE, José Roberto Teixeira. Dicionário crítico da pintura no Brasil. Rio de Janeiro: Artlivre, 1988. R759.981 L533d
  • REIS JÚNIOR, José Maria dos. História da pintura no Brasil. Prefácio Oswaldo Teixeira. São Paulo: Leia, 1944.
  • TRADIÇÃO e ruptura: síntese de arte e cultura brasileiras. São Paulo: Fundação Bienal de São Paulo, 1984.

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