Ordenação

Tipo de Verbete

Filtros

Áreas de Expressão
Artes Visuais
Cinema
Dança
Literatura
Música
Teatro

Período

A Enciclopédia é o projeto mais antigo do Itaú Cultural. Ela nasce como um banco de dados sobre pintura brasileira, em 1987, e vem sendo construída por muitas mãos.

Se você deseja contribuir com sugestões ou tem dúvidas sobre a Enciclopédia, escreva para nós.

Caso tenha alguma dúvida, sugerimos que você dê uma olhada nas nossas Perguntas Frequentes, onde esclarecemos alguns questionamentos sobre nossa plataforma.

Enciclopédia Itaú Cultural
Artes visuais

Auguste-Marie Taunay

Por Editores da Enciclopédia Itaú Cultural
Última atualização: 30.01.2024
26.05.1768 França / Ile de France / Paris
24.04.1824 Brasil / Rio de Janeiro / Rio de Janeiro

Ao Gênio do Brasil, 1822
Auguste-Marie Taunay
Crayon
85,00 cm x 68,00 cm
Acervo do Museu Imperial/IPHAN/MinC (Petrópolis, RJ)

Auguste-Marie Taunay (Paris, França 1768 - Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1824). Escultor, professor. É aluno do escultor Jean Guillaume Moitte (1746 - 1810), em Paris, entre 1769 e 1785. Em 1792, recebe o Prêmio de Roma, mas não viaja para a capital italiana por causa da conturbada situação política francesa. É admitido como escultor extranume...

Texto

Abrir módulo

Biografia

Auguste-Marie Taunay (Paris, França 1768 - Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1824). Escultor, professor. É aluno do escultor Jean Guillaume Moitte (1746 - 1810), em Paris, entre 1769 e 1785. Em 1792, recebe o Prêmio de Roma, mas não viaja para a capital italiana por causa da conturbada situação política francesa. É admitido como escultor extranumerário na Manufatura Nacional de Sèvres, França, entre 1802 e 1807. Participa do Salão de Paris, em várias edições entre 1808 e 1814. Em Paris, é contratado para executar a decoração da escadaria do Palácio do Louvre e do Arco do Triunfo do Carroussel, em 1807. Vem ao Brasil, em 1816, com o irmão Nicolas Antoine Taunay (1755 - 1830), integrando a Missão Artística Francesa. Nomeado professor da cadeira de escultura na Academia Imperial de Belas Artes - Aiba, no Rio de Janeiro, não chega a exercer o cargo. Em 1818, em colaboração com o pintor francês Debret (1768 - 1848) e o arquiteto Grandjean de Montigny (1776 - 1850), realiza a ornamentação do largo do Paço para as festas comemorativas da aclamação de dom João VI (1767 - 1826). Por volta de 1820, com outros integrantes da Missão Artística Francesa, abre cursos livres e tem como alunos José Jorge Duarte, Xisto Antônio Pires, Manuel Ferreira Lagos, Cândido Mateus Farias, João José da Silva Monteiro e José da Silva Santos.

Análise

Auguste-Marie Taunay é aluno de Jean Guillaume Moitte (1746 - 1810), na França, na Escola de Belas Artes de Paris. Atua na Manufatura Nacional de Sèvres, tendo vários de seus trabalhos reproduzidos em porcelana. Entre os trabalhos realizados pelo artista nesse período destaca-se a decoração da grande escadaria do Palácio do Louvre e do Arco do Triunfo do Carroussel, para o qual executa a escultura Couraceiro, 1807. Taunay realiza também uma famosa estátua de Napoleão, com os braços cruzados sobre o peito, e o busto de mármore do major de cavalaria Jean-Baptiste Muiron, obra que se encontra no Museu de Versalhes.

Em 1816, acompanhando o irmão Nicolas Antoine Taunay (1755 - 1830), como membro da Missão Artística Francesa, o escultor vem ao Brasil. Um dos primeiros trabalhos que realiza, juntamente com Debret (1768 - 1848) e Grandjean de Montigny (1776 - 1850), é a ornamentação para as festas comemorativas da aclamação de d. João VI (1767 - 1826), no Rio de Janeiro, em 1818, para as quais executa a figura de Minerva Protegendo com a Égide o Busto do Monarca.

Nomeado primeiro professor da cadeira de estatuária da Academia Imperial de Belas Artes - Aiba, o artista não chega a exercer o cargo. Entretanto, abre um curso livre de escultura, no qual orienta diversos alunos. No Brasil, realiza poucos trabalhos, com destaque para o busto em gesso de Luís de Camões, s.d., do acervo do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro - IHGB, no Rio de Janeiro.

Obras 4

Abrir módulo

Exposições 7

Abrir módulo

Fontes de pesquisa 10

Abrir módulo
  • 150 anos de pintura no Brasil: 1820-1970. Rio de Janeiro: Colorama, 1989.
  • ACQUARONE, Francisco. História das artes plásticas no Brasil. Rio de Janeiro: Ed. Americana, 1980.
  • ARTISTAS plásticos contemporâneos no Brasil. Rio de Janeiro: Inteligência Ed. R. A. Freudenfeld, s.d. (Série edições culturais).
  • BARATA, Mário. Significação da Missão Francesa de 1816. In: ZANINI, Walter (org). História geral da arte no Brasil. São Paulo: Instituto Walther Moreira Salles: Fundação Djalma Guimarães, 1983. v. 1, p. 386-387.
  • DICIONÁRIO brasileiro de artistas plásticos. Organização Carlos Cavalcanti e Walmir Ayala. Brasília: Instituto Nacional do Livro, 1973-1980. 4v. (Dicionários especializados, 5).
  • EXPOSIÇÃO Le Breton e a Missão Artística Francesa de 1816. Rio de Janeiro: Museu Nacional de Belas Artes, 1960.
  • EXPOSIÇÃO da Missão Artística Francesa de 1816. Rio de Janeiro: Museu Nacional de Belas Artes, 1940.
  • LEMOS, Carlos A. C. ; LEITE, José Roberto Teixeira. A Missão Artística Francesa. In: ARTE no Brasil. São Paulo: Abril Cultural, 1979. 2v.
  • MORALES DE LOS RIOS FILHO, Adolfo. O ensino artístico: subsídio para a sua história, 1816-1889. Rio de Janeiro: [s.n.], [1938?].
  • TAUNAY, Afonso de E. A missão artística de 1816. Brasília: Ed. da Universidade de Brasília, 1983. (Temas brasileiros, 34).

Como citar

Abrir módulo

Para citar a Enciclopédia Itaú Cultural como fonte de sua pesquisa utilize o modelo abaixo: