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Enciclopédia Itaú Cultural
Artes visuais

Manoel Santiago

Por Editores da Enciclopédia Itaú Cultural
Última atualização: 23.10.2024
25.03.1897 Brasil / Amazonas / Manaus
29.10.1987 Brasil / Rio de Janeiro / Rio de Janeiro
Reprodução fotográfica autoria desconhecida

Piscina Sloper, 1943
Manoel Santiago
Óleo sobre tela, c.i.d.
18,00 cm x 22,00 cm

Manoel Colafante Caledônio de Assumpção Santiago (Manaus, Amazonas, 1897 - Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1987). Pintor, desenhista, professor. Muda-se para Belém em 1903 e inicia estudos de pintura. Em 1919 transfere-se para o Rio de Janeiro, e cursa direito ao mesmo tempo que freqüenta a Escola Nacional de Belas Artes (Enba), onde é aluno de ...

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Biografia

Manoel Colafante Caledônio de Assumpção Santiago (Manaus, Amazonas, 1897 - Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1987). Pintor, desenhista, professor. Muda-se para Belém em 1903 e inicia estudos de pintura. Em 1919 transfere-se para o Rio de Janeiro, e cursa direito ao mesmo tempo que freqüenta a Escola Nacional de Belas Artes (Enba), onde é aluno de Rodolfo Chambelland e Baptista da Costa. Na época, assiste a aulas particulares de Eliseu Visconti. Casa-se em 1925 com a pintora Haydeá Santiago. Participa em 1927 do Salão Nacional de Belas Artes e recebe o prêmio viagem ao exterior. Vai para Paris no ano seguinte, e lá permanece por cinco anos. De volta ao Rio de Janeiro, em 1932, torna-se professor do Instituto de Belas Artes. Em 1934, passa a lecionar pintura e desenho no Núcleo Bernardelli, figurando entre seus alunos José Pancetti, Edson Motta, Bustamante Sá, Ado Malagoli, Rescála e Milton Dacosta.

Análise

No início de sua carreira, Manoel Santiago pinta nus femininos e obras de temática ligada às lendas indígenas da Amazônia, realizadas em uma paleta luminosa, inspirada nos impressionistas, com pinceladas livres. Sua obra revela afinidade com aquela de Haydeá Santiago, sua esposa, embora a produção desta possua um caráter mais intimista, com temas ligados a cenas de gênero.

Manoel Santiago representa a paisagem do Rio de Janeiro em inúmeras telas. O crítico Angyone Costa, em artigo de 1932, elogia sua obra, afirmando que a luz de certos dias enevoados da terra carioca não tivera melhor intérprete, com exceção de Eliseu Visconti.1 Em Alto Teresópolis, 1947 destaca-se o uso apurado da cor e uma luz que transfigura a paisagem, além do emprego de pinceladas espessas.

Algumas de suas telas evocam, em sua estrutura, a produção de Jean-Baptiste-Camille Corot, como em Pescador, déc.1960, na qual explora os efeitos de luz sobre a casca rugosa da árvore em primeiro plano. Já em obras posteriores o uso da cor torna-se mais livre, como nas paisagens litorâneas de Maranhão e Paraíba, déc.1980.

Notas

1. Citado em MORAIS, Frederico. Núcleo Bernardelli: arte brasileira nos anos 30 e 40. Rio de Janeiro: Pinakotheke, 1982, p. 79.

 

Obras 23

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Reprodução fotográfica autoria desconhecida

Barra de Tijuca

Óleo sobre tela
Reprodução fotográfica autoria desconhecida

Cascuda

Óleo sobre tela

Exposições 49

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Fontes de pesquisa 13

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  • 150 anos de pintura no Brasil: 1820-1970. Rio de Janeiro: Colorama, 1989. ---
  • ALVARADO, Daisy Valle Machado Peccinini de, SOARES, Dulce (coord.). Pintura no Brasil: um olhar no século XX. São Paulo: Nobel, 2000. 153 p., il. color.
  • AQUINO, Flávio de. Manoel Santiago: vida, obra e crítica. Apresentação de J. Cabicieri. Rio de Janeiro: Cabicieri, 1986.
  • AYALA, Walmir. Dicionário de pintores brasileiros. Organização André Seffrin. 2. ed. rev. e ampl. Curitiba: Ed. UFPR, 1997. ---
  • COSTA, Angyone. A inquietação das abelhas: o que pensam e o que dizem os nossos pintores, esculptores, architectos e gravadores, sobre as artes plásticas no Brasil. Rio de Janeiro: Pimenta de Mello, 1927.
  • LEITE, José Roberto Teixeira. Dicionário crítico da pintura no Brasil. Rio de Janeiro: Artlivre, 1988. ---
  • LINHARES, Mário. Nova orientação da pintura brasileira. Rio de Janeiro: Villas Boas, 1926.
  • MANOEL e Haydéa Santiago. Apresentação de Claudio Valansi. Rio de Janeiro: Hotel Rio Palace, 1987.
  • MORAIS, Frederico. Núcleo Bernardelli: arte brasileira nos anos 30 e 40. Rio de Janeiro: Pinakotheke, 1982.
  • MUSEU ANTÔNIO PARREIRAS (NITERÓI, RJ). Memória histórica do Museu Antônio Parreiras. Niterói: Museu Antonio Parreiras, [1956?]. (Cadernos de divulgaçao cultural do Museu Antônio Parreiras, 2).
  • O MUSEU Nacional de Belas Artes. São Paulo: Banco Safra, 1985.
  • PERFORMANCE-Galeria de Arte. Brasília: Performance-Galeria de Arte, 1984.
  • SALÃO de Maio, 6. , 1971, Rio de Janeiro. 6º Salão de Maio. Rio de Janeiro: Sociedade Brasileira de Belas Artes, 1971.

Como citar

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