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Enciclopédia Itaú Cultural
Artes visuais

Haydéa Santiago

Por Editores da Enciclopédia Itaú Cultural
Última atualização: 16.10.2019
1896 Brasil / Rio de Janeiro / Rio de Janeiro
1980 Brasil / Rio de Janeiro / Rio de Janeiro
Reprodução fotográfica autoria desconhecida

Retrato de Manoel Santiago, 1922
Haydéa Santiago, Manoel Santiago
Óleo sobre papelão, c.i.d.
50,00 cm x 37,00 cm

Haydéa Santiago (Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1896 – Idem, 1980). Pintora. Frequenta cursos livres na Escola Nacional de Belas Artes (Enba), com Modesto Brocos (1852-1936) e Rodolfo Amoedo (1857-1941). Aperfeiçoa-se com Eliseu Visconti (1866-1944). Entre 1928 e 1932, vive em Paris, onde estuda sob a orientação de Louis-François Biloul (1874-1...

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Haydéa Santiago (Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1896 – Idem, 1980). Pintora. Frequenta cursos livres na Escola Nacional de Belas Artes (Enba), com Modesto Brocos (1852-1936) e Rodolfo Amoedo (1857-1941). Aperfeiçoa-se com Eliseu Visconti (1866-1944). Entre 1928 e 1932, vive em Paris, onde estuda sob a orientação de Louis-François Biloul (1874-1947) e R. Primet. Participa, na mesma cidade, do Salão dos Artistas Franceses. Desde 1921, integra a Exposição Geral de Belas Artes (Egba), no Rio de Janeiro, recebendo prêmios entre 1923 e 1927. Em 1934, é premiada no Salão Nacional de Belas Artes, evento que substitui a Exposição Geral. Expõe nos Salões do Núcleo Bernardelli em 1932 e 1935. Em 1936, é oremiada no 4º Salão Paulista de Belas Artes, em São Paulo. 

Em 1939, ganha prêmio no 1º Salão de Belas Artes do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre, e, no ano seguinte, é premiada no 7º Salão Paulista de Belas Artes. Em 1947, participa do Salão de Outono, em Paris. Integra a mostra Um Século da Pintura Brasileira: 1850-1950, no Museu Nacional de Belas Artes, em 1950, no Rio de Janeiro, e a 1ª Bienal Internacional de São Paulo, em 1951. Em 1971, é convidada especial do 6º Salão de Maio, realizado na Sociedade Brasileira de Belas Artes, na mesma cidade.

Análise

Segundo depoimento de Haydéa Santiago ao pesquisador Angyone Costa (1888-1954), a artista pinta ao ar livre em oposição à pintura de ateliê e às convenções acadêmicas1. Para ela, como para outros artistas do início do século XX, esse tipo de pintura permite uma arte mais pessoal, devido ao contato direto com o tema. Sob esse aspecto, a obra de Haydéa e de seu esposo Manoel Santiago (1897-1987) pode ser vista como alternativa aos cânones acadêmicos.

Haydéa e o marido consideram-se discípulos de Eliseu Visconti, de quem foram alunos. Em sintonia com essa filiação, está o interesse por soluções impressionistas, como a ausência de contornos nítidos em composições de pinceladas justapostas. As pinturas de Haydéa, em particular, transitam entre gêneros variados, do retrato às naturezas-mortas e cenas urbanas. Essas últimas apresentam comentários sobre o cotidiano brasileiro – como feiras, festas e atividades de lazer –, tema constante em sua produção.

Em Largo do Boticário (s.d.) vê-se uma cena de convívio entre crianças, realizada por meio de pinceladas leves, com uma paleta de tons rebaixados. As figuras são apenas sugeridas, e a luz incide no ambiente da esquerda para a direita da composição, efeito criado pelo emprego de lilás e verde em proporções distintas.

Nota

1. COSTA, Angyone. A inquietação das abelhas. Rio de Janeiro: Pimenta de Mello e Cia, 1927, p.186.

 

Obras 2

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Exposições 32

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Fontes de pesquisa 11

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  • 150 anos de pintura no Brasil: 1820-1970. Rio de Janeiro: Colorama, 1989.
  • ACQUARONE, Francisco; VIEIRA, Adão de Queiroz. Primores da pintura no Brasil. 2.ed. [Rio de Janeiro]: [s.n.], 1942. v. 1.
  • ARTE BRASILEIRA século XX: Galeria Eliseu Visconti: pinturas e esculturas. Rio de Janeiro: MNBA, 1984.
  • AYALA, Walmir. O Brasil por seus artistas. Tradução John Stephen Morris, Ida Cecília Raiche de Araújo, Zuleika Santos Andrade. Rio de Janeiro, Círculo do Livro, s.d.
  • BRAGA, Theodoro. Artistas pintores no Brasil. São Paulo: São Paulo Editora, 1942.
  • COLEÇÃO particular de Oswaldo Dantes: Manoel Santiago e Haydéa Santiago. Apresentação de Claudio Vlanasi. Rio de Janeiro: Hotel Rio Palace, 1987. , il. p&b.
  • COSTA, Angyone. A inquietação das abelhas: o que pensam e o que dizem os nossos pintores, esculptores, architectos e gravadores, sobre as artes plásticas no Brasil. Rio de Janeiro: Pimenta de Mello, 1927.
  • LEITE, José Roberto Teixeira. Dicionário crítico da pintura no Brasil. Rio de Janeiro: Artlivre, 1988.
  • PINACOTECA do Estado de São Paulo. A arte e seus processos: o papel como suporte. São Paulo: Pinacoteca do Estado, 1978.
  • RUBENS, Carlos. Pequena história das artes plásticas no Brasil. São Paulo: Editora Nacional, 1941. (Brasiliana. Série 5ª: biblioteca pedagógica brasileira, 198).
  • SALÃO de Maio, 6. , 1971, Rio de Janeiro. 6º Salão de Maio. Rio de Janeiro: Sociedade Brasileira de Belas Artes, 1971.

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