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Enciclopédia Itaú Cultural
Artes visuais

Lucílio de Albuquerque

Por Editores da Enciclopédia Itaú Cultural
Última atualização: 29.08.2024
09.05.1877 Brasil / Piauí / Barras
19.04.1939 Brasil / Rio de Janeiro / Rio de Janeiro
Reprodução fotográfica autoria desconhecida

Ponte sobre o Sena, 1909
Lucílio de Albuquerque
Óleo sobre madeira, c.i.d.
24,00 cm x 19,00 cm

Lucílio de Albuquerque (Barras, Piauí, 1877 - Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1939). Pintor, desenhista, vitralista, professor. Em 1895, ingressa na Faculdade de Direito de São Paulo, mas abandona-a para estudar pintura. Muda-se para o Rio de Janeiro em 1896 e frequenta a Escola Nacional de Belas Artes (Enba) como aluno livre. De 1901 a 1906 mat...

Texto

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Lucílio de Albuquerque (Barras, Piauí, 1877 - Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1939). Pintor, desenhista, vitralista, professor. Em 1895, ingressa na Faculdade de Direito de São Paulo, mas abandona-a para estudar pintura. Muda-se para o Rio de Janeiro em 1896 e frequenta a Escola Nacional de Belas Artes (Enba) como aluno livre. De 1901 a 1906 matricula-se no curso regular da Enba, e tem aulas com Rodolfo Amoedo (1857-1941), Zeferino da Costa (1840-1915) e Henrique Bernardelli (1858-1936). Em 1906, ganha o prêmio de viagem ao exterior no Salão Nacional de Belas Artes (SNBA) com o quadro Anchieta Escrevendo o Poema à Virgem, e parte para a Europa com sua esposa, a pintora Georgina de Albuquerque (1885-1962). Em Paris, estuda na École Nationale Supérieure des Beaux-Arts (Ensba) [Escola Nacional Superior de Belas Artes] e na Académie Julian, sendo aluno de Henry Royer (1869-1938), Marcel Baschet (1862-1941) e Jean-Paul Laurens (1838-1921). Participa da Exposição Nacional de Bruxelas, e realiza vitrais para o pavilhão brasileiro na Exposição Internacional de Turim, Itália, em 1911. Nesse ano, volta ao Rio de Janeiro e torna-se professor de desenho figurado na Enba. É nomeado diretor em 1937, cargo que abandona no ano seguinte por motivos de saúde. Após sua morte, Georgina de Albuquerque cria, no início dos anos 1940, o Museu Lucílio de Albuquerque, cujo acervo atualmente pertence ao Estado do Rio de Janeiro.

Análise

O pintor Lucílio de Albuquerque frequenta a Enba em 1896, como aluno livre. Em 1901, torna-se aluno regular da instituição, estudando com Rodolfo Amoedo, Zeferino da Costa e Henrique Bernardelli. Em 1906, recebe o prêmio de viagem ao exterior e parte para a Europa com sua esposa, a pintora Georgina de Albuquerque, onde estuda na Académie Julian. Em Paris, toma contato com o impressionismo e com o simbolismo, realizando obras que dialogam com essas tendências.
 
Apresenta diversos trabalhos no Salon des Artistes Françaises, como, por exemplo, La Campagne (1908), Agnes Dei (1909) e Raparigas do Milho (1910). Exibe no Salon Internationale de Bruxelles a tela Despertar de Ícaro (1910), executada em homenagem ao aviador Alberto Santos-Dumont (1873-1932). No ano seguinte, realiza projeto para vitral destinado ao Pavilhão do Brasil na Exposição Internacional de Turim.
 
Para o historiador da arte Teixeira Leite, Lucílio de Albuquerque parte, em sua obra, das sombras para luz, ou seja, da utilização inicial de uma paleta de tons escuros, passando gradualmente aos tons claros, afastando-se também da concepção realista da forma, com o uso de sólido desenho, para alcançar posteriormente efeitos cromáticos quase expressionista. O artista destaca-se também por suas paisagens, nas quais realiza pintura en plein-air.

Obras 7

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Reprodução Fotográfica Romulo Fialdini

Cabeça

Óleo sobre tela
Reprodução fotográfica autoria desconhecida

Mãe Preta

Óleo sobre tela
Reprodução fotográfica Romulo Fialdini

Marinha

Óleo sobre tela

Exposições 91

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Fontes de pesquisa 24

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  • 100 obras Itaú. São Paulo: Itaugaleria, 1985.
  • 150 anos de pintura no Brasil: 1820-1970. Rio de Janeiro: Colorama, 1989.
  • A Arte nos Estudos de Lucílio de Albuquerque. Rio de Janeiro: Galeria Augusto Malta, 1991.
  • A PINACOTECA do Estado. Texto Carlos Alberto Cerqueira Lemos, Paulo Mendes da Rocha, Maria Cecília França Lourenço; apresentação Ricardo Ohtake, Emanoel Araújo; pesquisa Malú Grima, Sandra Regina Gonçalves, Lucila de Sá Carneiro, Carlos Dal Rovere Júnior, Carmem Correa, José de Oliveira Júnior, Paulo de Tarso. São Paulo: Banco Safra, 1994. 319 p., il. color.
  • ALVARADO, Daisy Valle Machado Peccinini de; SOARES, Dulce (coord.). Pintura no Brasil: um olhar no século XX. São Paulo: Nobel, 2000. 153 p., il. color.
  • ARTE no Brasil. São Paulo: Abril Cultural, 1979.
  • AYALA, Walmir. Dicionário de pintores brasileiros. Organização André Seffrin. 2. ed. rev. e ampl. Curitiba: Ed. UFPR, 1997.
  • AYALA, Walmir. Dicionário de pintores brasileiros. Rio de Janeiro: Spala, 1992. 2v.
  • BIENAL BRASIL SÉCULO XX, 1994, São Paulo, SP. Bienal Brasil Século XX: catálogo. Curadoria Nelson Aguilar, José Roberto Teixeira Leite, Annateresa Fabris, Tadeu Chiarelli, Maria Alice Milliet, Walter Zanini, Cacilda Teixeira da Costa, Agnaldo Farias. São Paulo: Fundação Bienal de São Paulo, 1994. Disponível em: https://issuu.com/bienal/docs/name049464.
  • BRAGA, Theodoro. Artistas pintores no Brasil. São Paulo: São Paulo Editora, 1942.
  • CAMPOFIORITO, Quirino. A República e a decadência da disciplina neoclássica: 1890-1918. Rio de Janeiro: Pinakotheke, 1983. (História da pintura brasileira no século XIX, 5).
  • CAMPOFIORITO, Quirino. História da pintura brasileira no século XIX. Rio de Janeiro: Pinakotheke, 1983.
  • DEZENOVEVINTE: uma virada no século. São Paulo: Pinacoteca do Estado, 1986.
  • DICIONÁRIO brasileiro de artistas plásticos. Organização Carlos Cavalcanti e Walmir Ayala. Brasília: Instituto Nacional do Livro, 1973-1980. 4v. (Dicionários especializados, 5).
  • EXPOSIÇÃO de pintura de Lucilio e Georgina de Albuquerque. Apresentação Maria Helena Grossi Sampaio, Sidérea Sousa Nunes, Yara Mattos. Rio de Janeiro: Museu Nacional de Belas Artes, 1977. [40 p.], il. p&b. color.
  • FREIRE, Laudelino. Um século de pintura: apontamentos para a história da pintura no Brasil de 1816-1916. Rio de Janeiro: Fontana, 1983.
  • LEITE, José Roberto Teixeira. Dicionário crítico da pintura no Brasil. Rio de Janeiro: Artlivre, 1988.
  • LOUZADA, Maria Alice do Amaral. Artes Plásticas Brasil 2002. São Paulo: Júlio Louzada, 2002. v. 13.
  • LOUZADA, Maria Alice do Amaral. Artes plásticas Brasil 1997: seu mercado, seus leilões. São Paulo: Júlio Louzada, 1997. v. 9.
  • O MUSEU Nacional de Belas Artes. São Paulo: Banco Safra, 1985.
  • O OLHAR de Sérgio sobre a arte brasileira: desenhos e pinturas. São Paulo: Biblioteca Mário de Andrade, 1992. 96 p., il. color.
  • PERFIL da Coleção Itaú. Curadoria Stella Teixeira de Barros. São Paulo: Itaú Cultural, 1998.
  • PINACOTECA do Estado de São Paulo. A arte e seus processos: o papel como suporte. São Paulo: Pinacoteca do Estado, 1978.
  • REIS JÚNIOR, José Maria dos. História da pintura no Brasil. Prefácio Oswaldo Teixeira. São Paulo: Leia, 1944.

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