Georgina de Albuquerque
![Pensativa, s.d. [Obra]](http://d3swacfcujrr1g.cloudfront.net/img/uploads/2000/01/000986006013.jpg)
Pensativa
Georgina de Albuquerque
Óleo sobre tela, c.i.d.
72,00 cm x 56,00 cm
Texto
Georgina de Moura Andrade Albuquerque (Taubaté, São Paulo, 1885 - Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1962). Pintora, professora. Aos 15 anos, inicia sua formação artística com o pintor italiano Rosalbino Santoro (1857-1942). Muda-se para o Rio de Janeiro em 1904, matricula-se na Escola Nacional de Belas Artes (Enba) e estuda com Henrique Bernardelli (1858-1936). Em 1906, casa-se com o pintor Lucílio de Albuquerque (1877-1939) e viaja para a França. Em Paris, frequenta a École Nationale Supérieure des Beaux-Arts (Ensba) [Escola Nacional Superior de Belas Artes] e ainda a Académie Julian, onde é aluna de Henri Royer. Volta ao Brasil em 1911, expõe em São Paulo e, partir dessa data, participa regularmente da Exposição Geral de Belas Artes. De 1927 a 1948, leciona desenho artístico na Enba e, em 1935, é professora do curso de artes decorativas do Instituto de Artes da Universidade do Distrito Federal. Em 1940, em sua casa no bairro de Laranjeiras, no Rio de Janeiro, funda o Museu Lucílio de Albuquerque, e institui um curso pioneiro de desenho e pintura para crianças. Entre 1952 e 1954, exerce o cargo de diretora da Enba.
Análise
Georgina de Albuquerque é uma das principais mulheres brasileiras a conseguir firmar-se como artista no começo do século XX. Em suas pinturas, a artista tem como parâmetro o impressionismo e suas derivações. Elas apresentam uma paleta de cores luminosas, empregada com sensibilidade. Os temas mais constantes de Albuquerque são o nu, o retrato e a paisagem. Em Raio de Sol, s.d. ou Dia de Verão, ca.1920, com amplas pinceladas, ela explora as incidências luminosas e a vibração cromática. A partir de 1920, passa a trabalhar com uma paleta mais sóbria e a realizar pinturas com temas da vida popular, como Duas Roceiras, s.d. ou No Cafezal, ca.1930, entre outras.
Obras 8
Canto do Rio
Dia de Verão
Guaratinguetá
O Tropeiro: Tropeiros
Exposições 94
Fontes de pesquisa 18
- 150 anos de pintura no Brasil: 1820-1970. Rio de Janeiro: Colorama, 1989.
- ARTE no Brasil. São Paulo: Abril Cultural, 1979.
- AYALA, Walmir. Dicionário de pintores brasileiros. Organização André Seffrin. 2. ed. rev. e ampl. Curitiba: Ed. UFPR, 1997.
- AYALA, Walmir. Dicionário de pintores brasileiros. Rio de Janeiro: Spala, 1992. 2v.
- AZEVEDO, Valéria Silva Vicente de (org.). Iconografia paulistana em coleções particulares. São Paulo: Sociarte, 1999.
- BIENAL BRASIL SÉCULO XX, 1994, São Paulo, SP. Bienal Brasil Século XX: catálogo. Curadoria Nelson Aguilar, José Roberto Teixeira Leite, Annateresa Fabris, Tadeu Chiarelli, Maria Alice Milliet, Walter Zanini, Cacilda Teixeira da Costa, Agnaldo Farias. São Paulo: Fundação Bienal de São Paulo, 1994. Disponível em: https://issuu.com/bienal/docs/name049464.
- CAMPOFIORITO, Quirino. História da pintura brasileira no século XIX. Rio de Janeiro: Pinakotheke, 1983.
- COSTA, Angyone. A inquietação das abelhas: o que pensam e o que dizem os nossos pintores, esculptores, architectos e gravadores, sobre as artes plásticas no Brasil. Rio de Janeiro: Pimenta de Mello, 1927.
- DICIONÁRIO brasileiro de artistas plásticos. Organização Carlos Cavalcanti e Walmir Ayala. Brasília: Instituto Nacional do Livro, 1973-1980. 4v. (Dicionários especializados, 5).
- EXPOSIÇÃO de pintura de Lucilio e Georgina de Albuquerque. Rio de Janeiro: Museu Nacional de Belas Artes, 1977.
- LEITE, José Roberto Teixeira. Dicionário crítico da pintura no Brasil. Rio de Janeiro: Artlivre, 1988.
- LEVY, Carlos Roberto Maciel (Coord.); SILVEIRA, Márcia Saad (Org.); PEIXOTO, Elizabete (Org.). Universo do carnaval: imagens e reflexões. Rio de Janeiro: Acervo Galeria de Arte, 1981.
- LOUZADA, Maria Alice do Amaral. Artes plásticas Brasil 1997: seu mercado, seus leilões. São Paulo: Júlio Louzada, 1997. v. 9.
- LUCÍLIO e Georgina de Albuquerque. Rio de Janeiro: MNBA, 1977.
- PERFIL da Coleção Itaú. Curadoria Stella Teixeira de Barros. São Paulo: Itaú Cultural, 1998.
- PINACOTECA do Estado de São Paulo. A arte e seus processos: o papel como suporte. São Paulo: Pinacoteca do Estado, 1978.
- SIMIONI, Ana Paula Cavalcanti. Entre convenções e discretas ousadias: Georgina de Albuquerque e a pintura histórica feminina no Brasil. Revista Brasileira de Ciências Sociais, out. 2002, v.17, n. 50, p.143-159.
- TARASANTCHI, Ruth Sprung. Pintores Paisagistas: São Paulo 1890 a 1920. São Paulo: Edusp: Imprensa Oficial do Estado, 2002.
Como citar
Para citar a Enciclopédia Itaú Cultural como fonte de sua pesquisa utilize o modelo abaixo:
-
GEORGINA de Albuquerque.
In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira. São Paulo: Itaú Cultural, 2025.
Disponível em: https://front.master.enciclopedia-ic.org/pessoa21325/georgina-de-albuquerque. Acesso em: 03 de maio de 2025.
Verbete da Enciclopédia.
ISBN: 978-85-7979-060-7