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Enciclopédia Itaú Cultural
Artes visuais

Maria do Carmo Secco

Por Editores da Enciclopédia Itaú Cultural
Última atualização: 05.10.2022
05.11.1933 Brasil / São Paulo / Ribeirão Preto
2013 Brasil / Rio de Janeiro / Rio de Janeiro
Reprodução fotográfica autoria desconhecida

Sem Título, 1987
Maria do Carmo Secco
Acrílica sobre tela, c.i.e.
140,00 cm x 90,00 cm

Maria do Carmo Fortes Secco (Ribeirão Preto, São Paulo, 1933 - Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2013). Pintora, desenhista, professora. Muda-se para o Rio de Janeiro em 1954, e estuda pintura na Escola Nacional de Belas Artes (Enba). Em 1963, freqüenta os cursos de técnica de pintura e crítica de arte no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (M...

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Biografia

Maria do Carmo Fortes Secco (Ribeirão Preto, São Paulo, 1933 - Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2013). Pintora, desenhista, professora. Muda-se para o Rio de Janeiro em 1954, e estuda pintura na Escola Nacional de Belas Artes (Enba). Em 1963, freqüenta os cursos de técnica de pintura e crítica de arte no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM/RJ), onde é orientada por Ivan Serpa (1923-1973). Um ano depois, realiza sua primeira exposição individual na Galeria Vila Rica, no Rio de Janeiro. Na década de 1960, dedica-se ao ensino de arte para crianças na Escolinha de Arte do Brasil (EAB) e em colégios particulares e funda o Curso de Arte Amarelinha. Participa das Bienais Internacionais de São Paulo em 1965 e 1967, e conquista, nesta última, o prêmio aquisição do Itamaraty. Na década de 1970, passa a trabalhar com super-8, por influência de seu marido, Dileny Campos (1942). Nos anos 1980, após um período sem pintar, retoma as atividades, e seus trabalhos passam a explorar a relação entre desenho e pintura. Em 1982 muda-se para Belo Horizonte, onde leciona desenho e pintura na Escola Guignard. Faz a curadoria das exposições itinerantes Brasil Pinturas, em 1983, e Brasil Desenhos, em 1984, promovidas pela Fundação Nacional de Arte. Em 1993, de volta ao Rio de Janeiro, passa a lecionar desenho na Escola de Artes Visuais do Parque Lage (EAV/Parque Lage).

Análise

Maria do Carmo Secco dedica-se inicialmente à pintura. Realiza trabalhos figurativos, cujas temáticas mais freqüentes são o corpo e a casa. Em suas obras, faz uso freqüente de elementos da linguagem cinematográfica, como primeiros planos ou cortes. Utiliza ainda a fotografia como registro ou suporte para seus trabalhos, como na instalação A Casa do Homem, 1976, em que parte de fotografias que realiza anteriormente, enfocando interiores de casas. O trabalho reúne poemas, projeção de filmes e desenhos.

Seu interesse pelo desenho intensifica-se no final da década de 1960. Nesse período, sua produção revela um caráter construtivo. Em alguns trabalhos, a artista realiza incisões na superfície do papel, como em Corte, da série Desenhos Efêmeros, 1995. Cria também os primeiros objetos, que mantêm estreita relação com o rigor que apresenta nos desenhos: são monocromáticos, geométricos e despojados de referências figurativas.

Como nota o crítico de arte Fernando Cocchiarale, nos anos 1980, ao retomar a pintura, combina de várias maneiras elementos gráficos e pictóricos, embora mantendo, em suas telas, uma certa tensão entre o desenho e a pintura.

A artista utiliza a palavra como recurso poético em diversas obras, como na série Cidades, 1972 ou em A Palavra Visível, 1999. Na década de 1990, inicia também a projeção de palavras em espaços públicos, como o Arco da Lapa, no Rio de Janeiro e o Estádio do Pacaembu, em São Paulo.

Obras 7

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Reprodução fotográfica autoria desconhecida

Cenas de Amor

Esmalte sobre madeira
Reprodução fotográfica autoria desconhecida

Fogos

Acrílica sobre tela
Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Reprodução fotográfica autoria desconhecida

Exposições 154

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Fontes de pesquisa 23

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  • 150 anos de pintura no Brasil: 1820-1970. Rio de Janeiro: Colorama, 1989.
  • ANGELO Marzano, José Alberto Nemer, Marcos Coelho Benjamim, Maria do Carmo Secco, Mário Azevedo. Vitória: Galeria de Arte e Pesquisa da UFES, 1985.
  • AYALA, Walmir. Dicionário de pintores brasileiros. Organização André Seffrin. 2. ed. rev. e ampl. Curitiba: Ed. UFPR, 1997.
  • BIENAL BRASIL SÉCULO XX, 1994, São Paulo, SP. Bienal Brasil Século XX: catálogo. Curadoria Nelson Aguilar, José Roberto Teixeira Leite, Annateresa Fabris, Tadeu Chiarelli, Maria Alice Milliet, Walter Zanini, Cacilda Teixeira da Costa, Agnaldo Farias. São Paulo: Fundação Bienal de São Paulo, 1994. Disponível em: https://issuu.com/bienal/docs/name049464.
  • DICIONÁRIO brasileiro de artistas plásticos. Organização Carlos Cavalcanti e Walmir Ayala. Brasília: Instituto Nacional do Livro, 1973-1980. 4v. (Dicionários especializados, 5).
  • DUARTE, Paulo Sérgio. Anos 60: transformações da arte no Brasil. Rio de Janeiro: Lech, 1998.
  • IMAGEM gráfica. Rio de Janeiro: Escola de Artes Visuais do Parque Lage, 1995. 160 p., il. p&b.
  • LEITE, José Roberto Teixeira. Dicionário crítico da pintura no Brasil. Rio de Janeiro: Artlivre, 1988.
  • MARIA do Carmo Secco. Glossário de Arte. Belo Horizonte: C/Arte Projetos Culturais, 2006. Disponível em [http://www.comartevirtual.com.br/glossTOP.htm]. Acesso em: 25 abr. 2006.
  • MOSTRA DO DESENHO BRASILEIRO, 3., 1981, Curitiba, PR. 3ª Mostra do Desenho Brasileiro. Curitiba: Governo do Estado, 1981.
  • MULHERES de Laura. Curadoria Roberto Padilha, Flávio Marinho. Rio de Janeiro: Casa de Cultura Laura Alvim, [2001?]. [18] p., il. p&b.
  • MUSEU de Arte Moderna do Rio de Janeiro. São Paulo: Banco Safra, 1999.
  • O DESENHO moderno no Brasil: Coleção Gilberto Chateaubriand. São Paulo: Galeria de Arte do Sesi, 1993.
  • OBJETO na arte: Brasil anos 60. Coordenação Daisy Valle Machado Peccinini de Alvarado. São Paulo: FAAP, 1978.
  • PONTUAL, Roberto. Entre dois séculos: arte brasileira do século XX na coleção Gilberto Chateaubriand. Rio de Janeiro: Edições Jornal do Brasil, 1987.
  • PRETO no branco e/ou...: desenhos. Rio de Janeiro: Escola de Artes Visuais do Parque Lage, 1994.
  • RIBEIRO, Marília Andrés (org.); SILVA, Fernando Pedro da (org.). Um século de história das artes plásticas em Belo Horizonte. Belo Horizonte: C/Arte, 1997. (Centenário).
  • RIBEIRO, Marília Andrés. Neovanguardas: Belo Horizonte - anos 60. Belo Horizonte: Rio, 1997. 304 p., il. (História & Arte).
  • SECCO, Maria do Carmo. Duas. Curadoria e texto Frederico Morais; versão em inglês Paulo Henriques Britto. Rio de Janeiro: Centro Cultural Banco do Brasil, 2001. 44 p., il. p&b, color.
  • SECCO, Maria do Carmo. Maria do Carmo Secco. São Paulo: Galeria Arte Global, 1975. 8 lâms., il. color.
  • SECCO, Maria do Carmo. Maria do Carmo Secco: pintura, desenho, 1983.
  • SECCO, Maria do Carmo. Maria do Carmo Secco: pintura/desenho. Texto Fernando Cocchiarale. Rio de Janeiro: Galeria Saramenha, 1983. 8 p., il. p&b color.
  • ZANINI, Walter (org.). História geral da arte no Brasil. São Paulo: Fundação Djalma Guimarães: Instituto Walther Moreira Salles, 1983. v. 1.

Como citar

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