Maria do Carmo Secco
![Sem Título, 1987 [Obra]](http://d3swacfcujrr1g.cloudfront.net/img/uploads/2000/01/001748007013.jpg)
Sem Título, 1987
Maria do Carmo Secco
Acrílica sobre tela, c.i.e.
140,00 cm x 90,00 cm
Texto
Biografia
Maria do Carmo Fortes Secco (Ribeirão Preto, São Paulo, 1933 - Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2013). Pintora, desenhista, professora. Muda-se para o Rio de Janeiro em 1954, e estuda pintura na Escola Nacional de Belas Artes (Enba). Em 1963, freqüenta os cursos de técnica de pintura e crítica de arte no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM/RJ), onde é orientada por Ivan Serpa (1923-1973). Um ano depois, realiza sua primeira exposição individual na Galeria Vila Rica, no Rio de Janeiro. Na década de 1960, dedica-se ao ensino de arte para crianças na Escolinha de Arte do Brasil (EAB) e em colégios particulares e funda o Curso de Arte Amarelinha. Participa das Bienais Internacionais de São Paulo em 1965 e 1967, e conquista, nesta última, o prêmio aquisição do Itamaraty. Na década de 1970, passa a trabalhar com super-8, por influência de seu marido, Dileny Campos (1942). Nos anos 1980, após um período sem pintar, retoma as atividades, e seus trabalhos passam a explorar a relação entre desenho e pintura. Em 1982 muda-se para Belo Horizonte, onde leciona desenho e pintura na Escola Guignard. Faz a curadoria das exposições itinerantes Brasil Pinturas, em 1983, e Brasil Desenhos, em 1984, promovidas pela Fundação Nacional de Arte. Em 1993, de volta ao Rio de Janeiro, passa a lecionar desenho na Escola de Artes Visuais do Parque Lage (EAV/Parque Lage).
Análise
Maria do Carmo Secco dedica-se inicialmente à pintura. Realiza trabalhos figurativos, cujas temáticas mais freqüentes são o corpo e a casa. Em suas obras, faz uso freqüente de elementos da linguagem cinematográfica, como primeiros planos ou cortes. Utiliza ainda a fotografia como registro ou suporte para seus trabalhos, como na instalação A Casa do Homem, 1976, em que parte de fotografias que realiza anteriormente, enfocando interiores de casas. O trabalho reúne poemas, projeção de filmes e desenhos.
Seu interesse pelo desenho intensifica-se no final da década de 1960. Nesse período, sua produção revela um caráter construtivo. Em alguns trabalhos, a artista realiza incisões na superfície do papel, como em Corte, da série Desenhos Efêmeros, 1995. Cria também os primeiros objetos, que mantêm estreita relação com o rigor que apresenta nos desenhos: são monocromáticos, geométricos e despojados de referências figurativas.
Como nota o crítico de arte Fernando Cocchiarale, nos anos 1980, ao retomar a pintura, combina de várias maneiras elementos gráficos e pictóricos, embora mantendo, em suas telas, uma certa tensão entre o desenho e a pintura.
A artista utiliza a palavra como recurso poético em diversas obras, como na série Cidades, 1972 ou em A Palavra Visível, 1999. Na década de 1990, inicia também a projeção de palavras em espaços públicos, como o Arco da Lapa, no Rio de Janeiro e o Estádio do Pacaembu, em São Paulo.
Obras 7
A Casa da Rua Funchal
Cenas de Amor
Fogos
Exposições 154
Links relacionados 5
Fontes de pesquisa 23
- 150 anos de pintura no Brasil: 1820-1970. Rio de Janeiro: Colorama, 1989.
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- BIENAL BRASIL SÉCULO XX, 1994, São Paulo, SP. Bienal Brasil Século XX: catálogo. Curadoria Nelson Aguilar, José Roberto Teixeira Leite, Annateresa Fabris, Tadeu Chiarelli, Maria Alice Milliet, Walter Zanini, Cacilda Teixeira da Costa, Agnaldo Farias. São Paulo: Fundação Bienal de São Paulo, 1994. Disponível em: https://issuu.com/bienal/docs/name049464.
- DICIONÁRIO brasileiro de artistas plásticos. Organização Carlos Cavalcanti e Walmir Ayala. Brasília: Instituto Nacional do Livro, 1973-1980. 4v. (Dicionários especializados, 5).
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- O DESENHO moderno no Brasil: Coleção Gilberto Chateaubriand. São Paulo: Galeria de Arte do Sesi, 1993.
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- PONTUAL, Roberto. Entre dois séculos: arte brasileira do século XX na coleção Gilberto Chateaubriand. Rio de Janeiro: Edições Jornal do Brasil, 1987.
- PRETO no branco e/ou...: desenhos. Rio de Janeiro: Escola de Artes Visuais do Parque Lage, 1994.
- RIBEIRO, Marília Andrés (org.); SILVA, Fernando Pedro da (org.). Um século de história das artes plásticas em Belo Horizonte. Belo Horizonte: C/Arte, 1997. (Centenário).
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- SECCO, Maria do Carmo. Maria do Carmo Secco: pintura, desenho, 1983.
- SECCO, Maria do Carmo. Maria do Carmo Secco: pintura/desenho. Texto Fernando Cocchiarale. Rio de Janeiro: Galeria Saramenha, 1983. 8 p., il. p&b color.
- ZANINI, Walter (org.). História geral da arte no Brasil. São Paulo: Fundação Djalma Guimarães: Instituto Walther Moreira Salles, 1983. v. 1.
Como citar
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MARIA do Carmo Secco.
In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira. São Paulo: Itaú Cultural, 2025.
Disponível em: https://front.master.enciclopedia-ic.org/pessoa1523/maria-do-carmo-secco. Acesso em: 03 de maio de 2025.
Verbete da Enciclopédia.
ISBN: 978-85-7979-060-7