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Enciclopédia Itaú Cultural
Artes visuais

Museu da Casa Brasileira (MCB)

Por Editores da Enciclopédia Itaú Cultural
Última atualização: 22.05.2024
1970 Brasil / São Paulo / São Paulo
O Museu da Casa Brasileira é idealizado em 1970, pelo secretário da Fazenda do Estado de São Paulo, Luis Arrobas Martins, como Museu do Mobiliário Artístico e Histórico Brasileiro, com o objetivo de catalogar, conservar e expor móveis e objetos de decoração. Parte integrante de uma rede de museus estaduais vinculados à Secretaria de Estado da Cu...

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O Museu da Casa Brasileira é idealizado em 1970, pelo secretário da Fazenda do Estado de São Paulo, Luis Arrobas Martins, como Museu do Mobiliário Artístico e Histórico Brasileiro, com o objetivo de catalogar, conservar e expor móveis e objetos de decoração. Parte integrante de uma rede de museus estaduais vinculados à Secretaria de Estado da Cultura, situa-se, desde 1972, na avenida Brigadeiro Faria Lima, 2.705, no antigo casarão construído na década de 1940, que pertencera ao ex-prefeito de São Paulo Fabio Prado (1887 - 1963) e sua esposa, Renata Crespi Prado (1897 - 1981). O casarão de projeto eclético com influências do neoclassicismo, possui mais de 1.200m2 de área construída, é concebido pelo arquiteto paraense Wladimir Alves de Souza (1908 - s.d.), formado pela Escola Nacional de Belas Artes - Enba, no Rio de Janeiro. Segundo o depoimento do arquiteto o projeto segue o traçado do Palácio Imperial de Petrópolis e é influenciado pela obra do arquiteto italiano Andréa Palladio (1508 - 1580).

As atividades do museu compreendem tanto a exposição permanente de seu acervo, formado por peças de mobiliário do século XVII ao século XX, nacionais e estrangeiros, distribuídas em salas com ordenação cronológica, quanto as exposições temporárias ligadas ao design e à arquitetura.

Inicialmente seu acervo é formado por objetos que representam o mobiliário artístico do Brasil, incluindo os utilizados em conventos ou igrejas. Posteriormente seus fundadores pretendem restringi-lo à reconstituição das residências brasileiras. Em 1971 o então diretor, o historiador Ernani da Silva Bruno, e um conselho, formado por Sérgio Buarque de Hollanda (1902 - 1982), Antonio Candido (1918) e Carlos Lemos (1925), alteram seu nome para Museu da Casa Brasileira, e investem na formação de um centro de pesquisa sobre os equipamentos e os usos e costumes da casa brasileira. Por meio do estudo do mobiliário, que engloba tanto as peças produzidas no Brasil, de caráter mais popular, quanto às importadas da Europa e dos Estados Unidos, é possível o acesso a uma parte da história do cotidiano do brasileiro: sua maneira de viver, de se relacionar com o meio, e de seu desenvolvimento técnico e artístico.

Com base em leituras de romances brasileiros, crônicas de viajantes e testamentos de famílias, uma equipe de pesquisadores coordenados por Silva Bruno, monta um fichário de 28 mil notas com dados sobre equipamentos, usos e costumes da casa brasileira, evidenciando, em quatro séculos de história, seus hábitos alimentares, formas de construir, o comportamento no âmbito doméstico, além de utensílios e equipamentos domésticos. Recentemente atualizado pela historiadora Maria de Lourdes Julião, esse conjunto de informações acha-se disponível no site do museu, publicado numa coleção de cinco volumes e em CD-ROM.

Arquitetura e design são abordados também por meio de seminários e debates, pela criação em 1986 do Prêmio Design MCB e em 1993 do Prêmio Jovens Arquitetos, em parceria com o Instituto dos Arquitetos do Brasil - IAB. O Prêmio Design MCB, criado por Roberto Duailibi, na época diretor do museu, busca mapear o que de mais importante vem sendo elaborado nas categorias: de mobiliário, utensílios, iluminação, têxteis e revestimentos, equipamentos eletro-eletrônicos, equipamentos de construção, trabalhos escritos e novas idéias/conceitos. O objetivo da premiação é sensibilizar o setor industrial para a capacidade criativa dos designers brasileiros.

Na década de 1990 o Museu passa a expor o acervo do casal Fábio Prado e Renata Crespi. Administrado pela Fundação Crespi Prado, constitui-se de pratarias, mobiliário, tapeçaria, ourivesaria, quadros e esculturas. Há entre as peças um busto, de mármore, de Renata Crespi, feito por Victor Brecheret (1894 - 1955), o quadro Floresta e Veados pintado por Candido Portinari (1903 - 1962), os óleos Favela, de Di Cavalcanti (1897 - 1976), e Negrinho, de Almeida Júnior (1850 - 1899).

Desde 1974 o Museu da Casa Brasileira dedica-se à publicação de livros e catálogos com o registro de exposições, debates e seminários realizados pela instituição e os resultados do Prêmio Design MCB.

Exposições 71

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Fontes de pesquisa 3

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  • MUSEU DA CASA BRASILEIRA (SÃO PAULO, SP). O Móvel da casa brasileira. Coordenação Mariah Villas Boas. texto Glória Bayeux. São Paulo: Museu da Casa Brasileira, 1997. 163 p., il. p&b.
  • O Museu da Casa Brasileira. São Paulo: Banco Safra, 2002.
  • PRÊMIO Design. Texto Adélia Borges. São Paulo: Museu da Casa Brasileira, 1996. 1996, il. color.

Como citar

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