Ordenação

Tipo de Verbete

Filtros

Áreas de Expressão
Artes Visuais
Cinema
Dança
Literatura
Música
Teatro

Período

A Enciclopédia é o projeto mais antigo do Itaú Cultural. Ela nasce como um banco de dados sobre pintura brasileira, em 1987, e vem sendo construída por muitas mãos.

Se você deseja contribuir com sugestões ou tem dúvidas sobre a Enciclopédia, escreva para nós.

Caso tenha alguma dúvida, sugerimos que você dê uma olhada nas nossas Perguntas Frequentes, onde esclarecemos alguns questionamentos sobre nossa plataforma.

Enciclopédia Itaú Cultural
Artes visuais

Martinho de Haro

Por Editores da Enciclopédia Itaú Cultural
Última atualização: 25.10.2024
11.11.1907 Brasil / Santa Catarina / São Joaquim
23.05.1985 Brasil / Santa Catarina / Florianópolis
Reprodução fotográfica autoria desconhecida

Casarão
Martinho de Haro
Óleo sobre tela, c.i.e.
43,50 cm x 61,00 cm

Martinho de Haro (São Joaquim, Santa Catarina, 1907 – Florianópolis, Santa Catarina, 1985). Pintor, desenhista e muralista. Inicia-se na pintura em Lages, Santa Catarina, em 1920. Em 1926, expõe individualmente pela primeira vez no Conselho Municipal de Florianópolis. Entre 1927 a 1937, estuda como bolsista do governo catarinense na Escola Nacio...

Texto

Abrir módulo

Martinho de Haro (São Joaquim, Santa Catarina, 1907 – Florianópolis, Santa Catarina, 1985). Pintor, desenhista e muralista. Inicia-se na pintura em Lages, Santa Catarina, em 1920. Em 1926, expõe individualmente pela primeira vez no Conselho Municipal de Florianópolis. Entre 1927 a 1937, estuda como bolsista do governo catarinense na Escola Nacional de Belas Artes (Enba), no Rio de Janeiro. Na instituição, tem aulas com os pintores Henrique Cavalleiro (1892-1975) e Rodolfo Chambelland (1879-1967). Em 1930, trabalha como auxiliar do pintor João Timótheo da Costa (1879-1932), na decoração da Igreja de Nossa Senhora da Pompéia. Entre 1930 e 1935, trabalha com o artista Eliseu Visconti (1866-1944) na execução do panô do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Em 1931, participa do Salão Nacional de Belas Artes, organizado pelo arquiteto Lucio Costa (1902-1998). Em 1938, embarca para França, onde estuda com Othon Friesz (1879-1949) na Académie de La Grande Chaumière, em Paris. Em 1939, com o início da Segunda Guerra Mundial, Martinho de Haro retorna à São Joaquim. Permanece na cidade natal até 1944, ano em que se muda para Florianópolis, cidade onde mora até o falecimento, em 1985. 

 

Análise

Martinho de Haro dedica-se à pintura. Na década de 1930, vive no Rio de Janeiro e participa de exposições na capital carioca. Do ponto de vista temático, sua obra na época registra cenas cotidianas de cidades do interior, com sanfoneiros, peões e camponeses. Em 1937, recebe o prêmio de viagem ao exterior pela tela Rodeio. Sobre esse período, o crítico de arte Walmir Ayala (1933-1991) observa que, se tematicamente Martinho de Haro ainda se prende às lembranças da comunidade natal, na forma e na concepção do desenho coloca-se em sintonia com os cânones do modernismo. Haro busca liberdade formal equilibrada com conhecimento técnico aproximando-se da linguagem ingênua, em confronto com intenções academizantes.

O artista também trabalha com outros gêneros: paisagem, natureza-morta, retrato, autorretrato e motivos religiosos, preservando linguagem plástica própria e reconhecível. Nos anos de 1940, a produção de retratos ganha força: Retrato de Rodrigo (1944), Menina (1944) e Retrato de Maria (1948) são alguns exemplos do período. Na década de 1950, começam a se impor as paisagens, parte mais rica da produção de Martinho de Haro. Inspirando-se em vistas de Santa Catarina, produz telas como Paisagem de São José (1954) e Panorama de Florianópolis (1975). Segundo Ayala, nas naturezas-mortas executadas pelo artista, como Vaso com Flores (1976), há um sentimento de aceitação do rito doméstico, cujo repertório registra a fragilidade e a origem primitiva do núcleo familiar.

Obras 17

Abrir módulo
Reprodução fotográfica autoria desconhecida

Boi de Mamão

Óleo sobre hardboard
Reprodução fotográfica autoria desconhecida

Casarão

Óleo sobre tela
Reprodução fotográfica autoria desconhecida

Casario

Óleo sobre hardboard

Exposições 22

Abrir módulo

Fontes de pesquisa 1

Abrir módulo
  • AYALA, Walmir. Martinho de Haro. Rio de Janeiro: L. Christiano, 1986.

Como citar

Abrir módulo

Para citar a Enciclopédia Itaú Cultural como fonte de sua pesquisa utilize o modelo abaixo: