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Enciclopédia Itaú Cultural
Artes visuais

Ubirajara Ribeiro

Por Editores da Enciclopédia Itaú Cultural
Última atualização: 26.09.2018
02.10.1930 Brasil / São Paulo / São Paulo
09.11.2002 Brasil / São Paulo / São Paulo
Reprodução fotográfica Ricardo Loebinger

Miss old tedium combinata, 1986
Ubirajara Ribeiro
Aquarela sobre papel colado
57,00 cm x 61,00 cm

Ubirajara Motta Lima Ribeiro (São Paulo, São Paulo, 1930 - São Paulo, São Paulo, 2002). Aquarelista, gravador, pintor, professor, arquiteto. Em 1948 cursa pintura com Vicente Mecozzi (1909-1964) e, entre 1952 e 1954 estuda com Pedro Corona, João Rossi (1923-2000) e Waldemar da Costa (1904-1982). Forma-se em arquitetura pela Universidade Mackenzi...

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Biografia

Ubirajara Motta Lima Ribeiro (São Paulo, São Paulo, 1930 - São Paulo, São Paulo, 2002). Aquarelista, gravador, pintor, professor, arquiteto. Em 1948 cursa pintura com Vicente Mecozzi (1909-1964) e, entre 1952 e 1954 estuda com Pedro Corona, João Rossi (1923-2000) e Waldemar da Costa (1904-1982). Forma-se em arquitetura pela Universidade Mackenzie, em 1954. Em 1956 vai para Salvador e freqüenta curso livre de gravura com Mario Cravo Júnior (1923), na Escola de Belas Artes da Universidade da Bahia. Obtém bolsa de estudo do governo francês em 1960, e faz estágio no escritório dos arquitetos Guillaume Gillet (1912-1987) e Paul Chemetov (1928) em Paris. Na década de 1960 integra o grupo dos cinco arquitetos-pintores com Maurício Nogueira Lima (1930-1999), Flávio Império (1935-1985), Sérgio Ferro (1938) e Samuel Szpigel (1936). Inicia carreira como professor na Faculdade de Arquitetura da Universidade Mackenzie e na Fundação Armando Álvares Penteado (Faap). Até meados da década de 1970 desenvolve intensa atividade na área de arquitetura, como os projetos da catedral presbiteriana em Brasília e da Refinaria de Mataripe, em Salvador; e o plano-diretor de Campos do Jordão, São Paulo, entre outros. Elabora, com Walter Maffei, o projeto de montagem da 11ª Bienal Internacional de São Paulo, em 1971. No ano seguinte tem aulas de gravura em metal com Evandro Carlos Jardim (1935) na Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP). Em 1976 deixa definitivamente a arquitetura para se dedicar às artes plásticas. Organiza, em 1980, a exposição Papéis e Cia., no Paço das Artes, da qual resulta a Cooperativa de Artistas Plásticos de São Paulo, extinta no mesmo ano.

Análise

A obra de Ubirajara Ribeiro, no início da década de 1960, apresenta afinidades com a arte pop, pois explora sugestões eróticas relacionadas à propaganda. O artista passa a usar como "molduras", em suas obras, pedaços de móveis e outros materiais precários, como ocorre em A Luta, 1965, na qual alia materiais antigos a uma refinada técnica de pintura. É freqüente também em sua obra a inserção de letras ou palavras.

Sua produção é organizada em séries de trabalhos ligados pela preocupação temática. Em obras expostas em 1987, trabalha a partir de cartões postais de 1903-1904, sobre os quais realiza interferências ou cria colagens. Suas obras apresentam grande leveza e também um caráter lúdico.

Como nota a crítica Angélica de Morais, o artista, um dos principais aquarelistas do país, desloca o eixo principal de suas indagações da questão pictórica para o universo do desenho. Apesar da utilização dos materiais tradicionais da aquarela, a principal preocupação não é a mancha de cor, mas o traço, o gesto do pincel.

O artista transita com muita liberdade entre figuração e abstração, realizando trabalhos com uma grande variedade de técnicas: desenho, aquarela, pintura, gravura e objeto.

Obras 22

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Reprodução fotográfica Horst Merkel

...e uma Curva

Pintura e montagem sobre madeira
Reprodução fotográfica Horst Merkel

Casa das Rosas

Lithografia pintada com aquarela

Exposições 195

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Mídias (1)

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Ubirajara Ribeiro - Enciclopédia Itaú Cultural
Um dos principais aquarelistas do país, Ubirajara Ribeiro afirma que é necessário ter domínio técnico, experiência, sensibilidade e traquejo para realizar esse tipo de expressão artística. “Para se dizer aquarelista é preciso pelo menos de dez anos”, acredita ele. O artista demonstra impressionante habilidade com as aquarelas ao trocar o papel, suporte mais comum para essa vertente, por telas. “Para isso, tenho de saber fazer o preparo. Há uma receita exata para que ocorra a mesma absorção e o mesmo resultado que no papel”, diz. “Isso é técnico. Só eu sei fazer.” A carreira de Ribeiro é constituída por obras únicas ou por séries, de 20 objetos pequenos, por exemplo, cujas temáticas se encerram em si. Algumas delas são realizadas em períodos de internação, com o artista sob o efeito de remédios, como “Vaginália” em que pinta uma série de desenhos de flores.

Produção: Documenta Vídeo Brasil
Captação, edição e legendagem: Sacisamba
Intérprete: Carolina Fomin (terceirizada)
Locução: Júlio de Paula (terceirizado)

Fontes de pesquisa 11

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  • 150 anos de pintura no Brasil: 1820-1970. Rio de Janeiro: Colorama, 1989.
  • AQUARELA: tinta, pincel, água, papel. São Paulo: Paço das Artes, 1988.
  • BARROS, Darcy (Org.). A arte do imaginário. Curadoria Sérgio Lima. São Paulo: Galeria Encontro das Artes, 1985.
  • LEITE, José Roberto Teixeira. Dicionário crítico da pintura no Brasil. Rio de Janeiro: Artlivre, 1988.
  • PONTUAL, Roberto. Entre dois séculos: arte brasileira do século XX na coleção Gilberto Chateaubriand. Rio de Janeiro: Edições Jornal do Brasil, 1987.
  • RIBEIRO, Ubirajara. Contracapa. São Paulo : Paulo Figueiredo Galeria de Arte, 1986.
  • RIBEIRO, Ubirajara. Retralhos 77: Ubirajara. São Paulo: Galeria Graphus, 1977. 1 folder.
  • RIBEIRO, Ubirajara. Segmentos. São Paulo: Múltipla de Arte, 2001.
  • RIBEIRO, Ubirajara. Ubirajara Ribeiro: um aquarelista essencial. Curadoria Olívio Tavares de Araújo. São Paulo: Múltipla de Arte, 2008.
  • SPANUDIS, Théon. O pop-art de Ubirajara. Habitat, nº 79, 1964, apud PECCININI, Daisy. (Cood.). O objeto na arte: Brasil anos 60. São Paulo : FAAP, 1978, p.206-207.
  • ZANINI, Walter (org.). História geral da arte no Brasil. São Paulo: Fundação Djalma Guimarães: Instituto Walther Moreira Salles, 1983. v. 1.

Como citar

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