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Enciclopédia Itaú Cultural

Ceumar

Por Editores da Enciclopédia Itaú Cultural
Última atualização: 14.06.2016
19.04.1969 Brasil / Minas Gerais / Itanhandu
Ceumar Coelho (Itanhandu, MG, 1969). Cantora e compositora. Seu pai, Clélio, é violonista e cantor profissional. Durante a infância e adolescência aprende a cantar e tocar violão com seu pai e sua mãe. Aos 16 anos concorre em um festival na sua cidade natal e ganha o prêmio de melhor intérprete. Dois anos depois vai para Belo Horizonte estudar v...

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Biografia
Ceumar Coelho (Itanhandu, MG, 1969). Cantora e compositora. Seu pai, Clélio, é violonista e cantor profissional. Durante a infância e adolescência aprende a cantar e tocar violão com seu pai e sua mãe. Aos 16 anos concorre em um festival na sua cidade natal e ganha o prêmio de melhor intérprete. Dois anos depois vai para Belo Horizonte estudar violão clássico e canto. Muda-se para Itajubá e cria o show 30 Músicas que Você Não Ouve no Rádio. Em 1995, transfere-se para São Paulo, onde permanece por 14 anos e canta e toca em casas noturnas.

Vence o Festival de Avaré em 1996 e é incluída no CD dos finalistas com a música Dindinha. Seu primeiro CD, Dindinha (1999), é produzido por Tatá Fernandes e pelo compositor Zeca Baleiro (1966), que também é autor da canção que dá nome ao disco e mais três outras do repertório. No segundo,Sempre Viva (2003), busca uma voz autoral, assina produção e arranjos, além de estrear como compositora. Em 2005, se classifica em segundo lugar, nas categorias de júri e público, no Prêmio Visa Festival Cultura - A Nova Música do Brasil, com a canção Achou! [Dante Ozzetti (1956) e Luiz Tatit(1951)]. Neste mesmo ano, participa do Projeto Pixinguinha, de difusão de novos artistas, realizando shows pelo país. Em 2006, grava um disco de composições de Dante Ozzetti, chamado Achou!.

Com a produção do músico holandês Ben Mendes lança Meu Nome (2009), que traz 20 canções gravadas ao vivo com composições suas e de parceiros, como Kléber Albuquerque e Alice Ruiz.

Ceumar vai morar na Holanda e grava Live in Amsterdam (2010) com um trio de jazz holandês. O CD traz versões de músicas dos seus discos anteriores. Como compositora, escreve para a peça teatral Canções de Invento, do ator Gero Camilo (1970), que apresenta referências de violeiros do Nordeste, como Xangai e Vital Farias. Tem canções gravadas pelos cantores Rubi e Gonzaga Leal, Oração do Anjo (2009) e Avesso (2003), respectivamente.

Monta, em 2005, o grupo Canto de Cozinha com Gero Camilo, Kleber Albuquerque, Rubi e Tata Fernandes, mesclando o repertório de todos os integrantes. Durante sua carreira faz turnês em países como Holanda, Espanha, Israel, China, Portugal, Bélgica, França e Inglaterra. Participa dos shows de Zeca Baleiro, em 2008, e do CD do grupo de raízes africanas Kokoura (2008) com uma canção em parceria com o grupo, A Cor do Amor, e a interpretação da música de André Abujamra (1965), Alma Não tem Cor.

Análise da Trajetória
Ceumar interliga músicas tradicionais brasileiras, especialmente as do folclore nordestino, com sonoridades contemporâneas. Seu interesse por referências brejeiras e canções brasileiras se mescla à pesquisa de músicas étnicas.

Seu repertório de início de carreira, apresentado no disco Dindinha, já demonstra seu ecletismo. Traz um samba dos anos 1930 [Maldito Costume, de Sinhô (1888-1930)], uma canção típica das festas de São João (Olha pro Céu, de Luiz Gonzaga e José Fernandes), músicas conhecidas de compositores nordestinos (Gírias do Norte, de Xangai; Galope Rasante, de Zé Ramalho; e Geofrey, de Chico César) e músicas inéditas, como Banzo, de Itamar Assumpção, e Dindinha, de Zeca Baleiro.

Em Sempre Viva (2003), seu segundo disco, e nos subsequentes, Ceumar mantém a busca por timbres de instrumentos acústicos, investe na pesquisa de repertório e foca em autores contemporâneos independentes, como Kléber Albuquerque, Gero Camilo, Suely Mesquita, Tata Fernandes e Sérgio Pererê. Outra novidade é a inclusão de composições próprias, como Avesso, parceria com Alice Ruiz, e Boca da Noite, parceria com Tata Fernandes e Chico César.

No seu terceiro disco, Achou (2006), a cantora interpreta canções de Dante Ozzetti, algumas feitas em parceria com Luiz Tatit, como a música que dá nome ao disco, e também com Chico César, Zeca Baleiro, Zélia Duncan, Alzira Espíndola e Kléber Albuquerque. Meu Nome (2009), seu quarto disco, é gravado ao vivo no teatro Fecap, em São Paulo. O trabalho apresenta 19 faixas autorais, algumas em parceria com autores com quem já trabalhou (Chico César, Gero Camilo, Kléber Albuquerque) e outros poetas e letristas como Etel Frota e Estrela Leminski.

Suas composições ironizam de maneira bem humorada os impasses da vida cotidiana e urbana, como Feliz e Triste (2009): “Eu acho que estou feliz e triste/ tudo o que eu tenho cabe na minha mão/ e eu te dou de coração); e Parque da Paz (2009): “Amigo aqui tá tão corrido/ mas fazer o quê?/ Parece que a gente gosta de correr/ correr atrás do prejuízo/ correr perigo (...) no Villa Lobos/ na passeata pela paz/ correr demais”.

A sofisticação ao reler sua própria obra em uma faceta jazzística no mais recente trabalho, Live in Amsterdam (2010) é evidenciada em sua precisão técnica como cantora, que traz uma interpretação suave e emotiva sem excessos de voz.

Como compositora, sofre influências de Ednardo, da Vanguarda Paulista e do Clube da Esquina. Como cantora, a limpidez e a doçura de seu timbre vocal remetem a Joyce. Possui grande extensão de voz, chegando a agudíssimos, como em Rãzinha Blues (2003).

Fontes de pesquisa 4

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