Ordenação

Tipo de Verbete

Filtros

Áreas de Expressão
Artes Visuais
Cinema
Dança
Literatura
Música
Teatro

Período

A Enciclopédia é o projeto mais antigo do Itaú Cultural. Ela nasce como um banco de dados sobre pintura brasileira, em 1987, e vem sendo construída por muitas mãos.

Se você deseja contribuir com sugestões ou tem dúvidas sobre a Enciclopédia, escreva para nós.

Caso tenha alguma dúvida, sugerimos que você dê uma olhada nas nossas Perguntas Frequentes, onde esclarecemos alguns questionamentos sobre nossa plataforma.

Enciclopédia Itaú Cultural
Artes visuais

Rosalvo Ribeiro

Por Editores da Enciclopédia Itaú Cultural
Última atualização: 02.07.2024
26.11.1865 Brasil / Alagoas / Marechal Deodoro
29.03.1915 Brasil / Alagoas / Maceió

Praia, 1909
Rosalvo Ribeiro
Óleo sobre cartão, c.i.d.

Rosalvo Alexandrino de Caldas Ribeiro (Marechal Deodoro, Alagoas, 1865 - Maceió, Alagoas, 1915). Pintor, professor e naturalista. Em 1872, fixa-se em Maceió. Entre esse ano e 1881, frequenta o curso de humanidades do Colégio Bom Jesus. Expõe pela primeira vez o retrato do presidente provincial, Dr. Henrique M. Salles. Em 1884, leciona desenho no...

Texto

Abrir módulo

Rosalvo Alexandrino de Caldas Ribeiro (Marechal Deodoro, Alagoas, 1865 - Maceió, Alagoas, 1915). Pintor, professor e naturalista. Em 1872, fixa-se em Maceió. Entre esse ano e 1881, frequenta o curso de humanidades do Colégio Bom Jesus. Expõe pela primeira vez o retrato do presidente provincial, Dr. Henrique M. Salles. Em 1884, leciona desenho no Liceu de Artes e Ofícios de Maceió como auxiliar.

Recebe bolsa do governo para estudar pintura em qualquer Academia do país. Ingressa, em 1886, na Academia Imperial de Belas Artes (Aiba). É colega de Eliseu Visconti (1866-1944), Fiúza Guimarães (1868-1949), Lopes Rodrigues (1861-1917), Oscar Pereira da Silva (1867-1939) e João Baptista da Costa (1865-1926). Em 1889, também subvencionado pelo governo de Maceió, viaja para Paris para continuar seus estudos. Inscreve-se na Escola de Belas Artes e na Acádemie Julian. Estuda com Jules Lefèvbre, León Bonnat e Edouard Detaille.

A partir de 1893, envia trabalhos ao seu estado. Expõe no Salon Officiel des Artistes Français, entre 1896 e 1898 . Retorna ao Brasil em 1901. Torna-se Diretor da Biblioteca Pública Estadual de Alagoas em 1902. Em 1906, recebe menção honrosa no Salão de Belas Artes, no Rio de Janeiro. É premiado no Salão Nacional (Rio de Janeiro), em 1908. Em 1910, assume o projeto da estátua equestre do Marechal Deodoro da Fonseca e da praça que leva o nome do militar, em Maceió. Em 1913, obtém a cadeira de desenho na Escola Normal de Maceió. Leciona também na Escola de Aprendizes Artífices. Dois anos depois, aos 48 anos, morre de tuberculose.

Análise

Rosalvo Ribeiro é um artista de sólida formação, que percorre as mesmas etapas dos artistas brasileiros mais destacados da segunda metade do século XIX. Estuda na Academia Imperial de Belas Artes do Rio de Janeiro, e dirige-se em seguida para a França, onde prossegue seus estudos em pintura de história.

Apesar da alta qualidade do seu trabalho, Ribeiro tem sua carreira em certa medida malograda; seja por sua instalação em Alagoas, após seu retorno ao Brasil, em 1901 (estado com poucas oportunidades de trabalho artístico), seja por sua morte precoce, aos 48 anos.

Para além dos retratos que realiza de importantes personalidades locais de Maceió, é no período francês, anterior, que se concentra grande parte da sua produção. Dela, pode-se destacar a sua predileção por temas militares, embora não tenha produzido muitas obras, e pelas pinturas de gênero, cujas temáticas, como de praxe, voltam-se para um discurso moralizante, que envolve a representação de tarefas domésticas diárias, a família, a educação etc.

Nesse último tipo de pintura, chama atenção a afinidade que as obras de Ribeiro têm, no contexto brasileiro, com as dos seus colegas Lopes Rodrigues, Oscar Pereira da Silva, João Baptista da Costa e José Ferraz de Almeida Júnior (1850 - 1899) . A partir da década de 1880, artistas de sua geração passam a voltar seus olhos não mais para um tipo de pintura que privilegia os feitos notáveis heróis nacionais, mas para as cenas que, mesmo carecendo de qualquer caráter épico, despertam interesse por revelar um cotidiano que pode ter grandeza.

Obras 1

Abrir módulo

Exposições 4

Abrir módulo

Fontes de pesquisa 34

Abrir módulo
  • 150 anos de pintura no Brasil: 1820-1970. Rio de Janeiro: Colorama, 1989.
  • 150 anos de pintura no Brasil: 1820-1970. Rio de Janeiro: Colorama, 1989.
  • ACCIOLY, Luiz. Rosalvo Ribeiro. In Jornal de Alagoas. Maceió, 6 de julho de 1924.
  • ACQUARONE, F. Mestres da pintura no Brasil. Rio de Janeiro: Ed. Paulo de Azevedo, s.d.
  • ARAÚJO, O. Discurso em homenagem a Rosalvo Ribeiro. In Revista do Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas. Maceió, vol. XXV, 27 de abril de 1947.
  • ARTE no Brasil. São Paulo: Abril Cultural, 1979.
  • BENTO, Antonio. O drama de Rosalvo Ribeiro. In Rio Carioca. Rio de Janeiro, 8 de setembro de 1945.
  • BRANDÃO, M. Rosalvo Ribeiro. Discurso à beira do túmulo do pintor. In Revista do Instituto Archeológico e Geográfico Alagoano. Maceió, julho-setembro de 1915.
  • BRANDÃO, M. Rosalvo Ribeiro. In Diário de Pernambuco, Recife, 11 de maio de 1914.
  • CAMPOFIORITO, Quirino. História da pintura brasileira no século XIX. Rio de Janeiro: Pinakotheke, 1983.
  • CAMPOS, Celia. Uma visualidade: trajetória e crítica da pintura alagoana, 1892?1992. São Paulo: Escrituras Editora, 2000.
  • CATÁLOGO DO XLVI SALÃO NACIONAL DE BELAS ARTES. Rio de Janeiro: Museu Nacional de Belas Artes, 1940.
  • CERES, H. Rosalvo Ribeiro, vida e obra. Maceió: Sergasa, 1984.
  • DICIONÁRIO brasileiro de artistas plásticos. Organização Carlos Cavalcanti e Walmir Ayala. Brasília: Instituto Nacional do Livro, 1973-1980. 4v. (Dicionários especializados, 5).
  • DUARTE, José. In memoriam. Maceió, 1915.
  • DUQUE, Gonzaga. A Arte brasileira: pintura e esculptura. Rio de Janeiro: H. Lombaerts & C., 1888. 254 p.
  • EXPOSIÇÃO RETROSPECTIVA DE ROSALVO RIBIERO. Rio de Janeiro: Museu Nacional de Belas Artes, novembro de 1945.
  • FERNANDES, Anibal. Rosalvo Ribeiro. In Jornal de Alagoas. Maceió, 2 de setembro de 1951.
  • FLEXA, Ribeiro. Rosalvo Ribeiro. In Ilustração Brasileira, Rio de Janeiro, outubro 1939.
  • GATTO, O. C. Discurso de posse no Inst. Arch. e Geogr. Alagoano acerca de Rosalvo Ribeiro. In Revista do Instituto Archeológico e Geográfico Alagoano, Maceió, 25 de setembro 1931.
  • JÚNIOR, Lima. Musicista, compositor, poeta, poliglota, professor. In Jornal de Alagoas. Maceió, 13 de maio de 1919.
  • LAVENÉRE, Luís. A propósito.... In Gazeta de Alagoas. Maceió, 26 de novembro de 1940.
  • LEITE, José Roberto Teixeira. Dicionário crítico da pintura no Brasil. Rio de Janeiro: Artlivre, 1988.
  • LIMA, Jorge de. Sobre Rosalvo Ribieiro. Discurso proferido em sessão especial da Academia Alagoana de Letras. In: O livro da Academia Alagoana de Letras. Maceió: Livraria Villas Boas, 1913.
  • LIMA, Jorge de. Terra das Alagoas. Roma: Editori Maglione & Strini Succ, 1922.
  • LINS FILHO, R. Traços biográficos de Rosalvo Ribeiro. Typ. da Livraria Novo Mundo, Maceió, 1893.
  • MESQUITA, L. Pesando. In O Gutemberg. Maceió, 8 de agosto de 1893.
  • Notas de arte. Jornal do Commercio. Rio de Janeiro, 1º set. 1906.
  • PACHECO, J. Reminiscência de um grande artista de Alagoas. In Jornal de Alagoas. Maceió, 29 de abril de 1937.
  • RUBENS, Carlos. Um mestre da pintura brasileira. Rio de Janeiro: s.n., 1940.
  • SANT'ANA, M. M. Rosalvo Ribeiro. In Correio de Maceió. Maceió, 29 de abril de 1965.
  • SOUZA E SILVA, Dalmo de Oliveira. Rosalvo Ribeiro: testemunha da pintura acadêmica em Alagoas [Dissertação de Mestrado]. São Paulo: Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, 1987.
  • STENIO, S. A cerca de Virgílio Mauricio, Carlos Leão e Rosalvo Ribeiro. In O Gutemberg. Maceió, 24 de março de 1911.
  • TAVARES, F. Rosalvo Ribeiro. In Diário da Manhã. Recife, 16 de abril de 1933.

Como citar

Abrir módulo

Para citar a Enciclopédia Itaú Cultural como fonte de sua pesquisa utilize o modelo abaixo: