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Enciclopédia Itaú Cultural
Artes visuais

Manoel Lopes Rodrigues

Por Editores da Enciclopédia Itaú Cultural
Última atualização: 31.01.2024
31.12.1860 Brasil / Bahia
22.10.1917 Brasil / Bahia / Salvador
Reprodução fotográfica autoria desconhecida

Peixes, 1890
Manoel Lopes Rodrigues
Óleo sobre tela

Manoel Lopes Rodrigues (Fonte Nova do Desterro, Bahia, 1860 – Salvador, Bahia, 1917). Pintor, desenhista, cenógrafo, professor e escritor. Filho do pintor João Francisco Lopes Rodrigues (1825-1893). Inicia seus estudos com o pai e com Miguel Navarro y Cañizares (s.d.-1913) no Liceu de Artes e Ofícios da Bahia. Em 1880, ao lado deles e de outros ...

Texto

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Manoel Lopes Rodrigues (Fonte Nova do Desterro, Bahia, 1860 – Salvador, Bahia, 1917). Pintor, desenhista, cenógrafo, professor e escritor. Filho do pintor João Francisco Lopes Rodrigues (1825-1893). Inicia seus estudos com o pai e com Miguel Navarro y Cañizares (s.d.-1913) no Liceu de Artes e Ofícios da Bahia. Em 1880, ao lado deles e de outros artistas, ajuda a fundar a Academia de Belas Artes da Bahia. Além de aluno, torna-se o secretário da instituição.

Em julho de 1882, muda-se para o Rio de Janeiro. Em 1883, apresenta-se como professor de desenho e retratista. Requer à Academia Imperial de Belas Artes (Aiba) ingresso nas aulas de pintura histórica. Não há, contudo, registros de sua frequência, oficial ou livre. Em 1884, participa da Exposição Geral de Belas Artes (EGBA) e da Exposição Científica Brasileira (nessa, com ilustrações para o tratado de anatomia de José Pereira Guimarães). Em ambas, obtém menção honrosa.

Em 1886, muda-se por conta própria para Paris, onde estuda com Rafael Collin (1850-1916) e Jules Lefèbvre (1836-1911). Envia trabalhos para a Exposição Universal de Paris de 1889. Em 1890, entra com pedido e torna-se pensionista do governo brasileiro, ao lado de Oscar Pereira da Silva (1867-1939) e João Ludovico Berna (1862-1938). Participa do Salon des Artistes Français em 1890, 1892, 1894 e 1895. Muda sua bolsa da França para Itália ao final de 1894. Apresenta trabalhos na EGBA de 1894 e de 1896. Na última, recebe medalha de ouro de terceira classe. Em 1895, realiza exposição retrospectiva na Escola de Belas Artes da Bahia. Em 1896, retorna definitivamente a Salvador. Além de pintar encomendas, trabalha como diretor de arte no periódico O Álbum. Em 1917, ajuda a organizar a Sociedade Propagadora de Belas Artes de Salvador.

A carreira de Manoel Lopes Rodrigues representa um sensível desvio da tradição pictórica que se convenciona chamar de escola baiana de pintura. Ele próprio filho de um artista dessa tradição – cuja atuação se resume, sobretudo à produção de pinturas religiosas, e cujo aprendizado se deu na prática do ofício –, Lopes Rodrigues conduz sua produção e formação a círculos bastante contrastantes.

Se é verdade que, junto com seu pai, João Francisco, esteve envolvido na primeira tentativa de criação de uma instituição oficial para o ensino artístico na Bahia, não é menos importante que logo tenha se mudado para o Rio de Janeiro, onde deseja estudar na Aiba e participar de um circuito mais amplo e heterogêneo. O traslado para a corte foi o primeiro de outro ainda maior, efetuado quando passou a viver por quase dez anos entre França e Itália, em parte como bolsista da República recém-instaurada.

São poucas as obras religiosas que se conhece de Lopes Rodrigues (a maior parte feita antes de sua ida ao Rio de Janeiro). Em contraste, são muitas as pinturas de gênero, naturezas-mortas, retratos, paisagens e alegorias que colocam sua produção em estreita afinidade com outros artistas brasileiros atuantes no mesmo período, como seus colegas Oscar Pereira da Silva, Rosalvo Ribeiro (1865-1915) e Baptista da Costa (1865-1926).  

Obras 1

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Reprodução fotográfica autoria desconhecida

Peixes

Óleo sobre tela

Exposições 13

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Fontes de pesquisa 35

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  • 150 anos de pintura no Brasil: 1820-1970. Rio de Janeiro: Colorama, 1989.
  • ALVES, Marieta. Dicionário de artistas e artífices na Bahia. Salvador: Universidade Federal da Bahia: Conselho Estadual de Cultura, 1976.
  • BRAGA, Theodoro. Artistas pintores no Brasil. São Paulo: São Paulo Editora, 1942.
  • BRASIL: arte do Nordeste. Rio de Janeiro: Spala, 1986.
  • CAMPOFIORITO, Quirino. História da pintura brasileira no século XIX. Rio de Janeiro: Pinakotheke, 1983.
  • DICIONÁRIO brasileiro de artistas plásticos. Organização Carlos Cavalcanti e Walmir Ayala. Brasília: Instituto Nacional do Livro, 1973-1980. 4v. (Dicionários especializados, 5).
  • DICIONÁRIO brasileiro de artistas plásticos. Organização Carlos Cavalcanti e Walmir Ayala. Brasília: Instituto Nacional do Livro, 1973-1980. 4v. (Dicionários especializados, 5).
  • DICIONÁRIO brasileiro de artistas plásticos. Organização Carlos Cavalcanti e Walmir Ayala. Brasília: Instituto Nacional do Livro, 1973-1980. 4v. (Dicionários especializados, 5).
  • DICIONÁRIO brasileiro de artistas plásticos. Organização Carlos Cavalcanti e Walmir Ayala. Brasília: Instituto Nacional do Livro, 1973-1980. 4v. (Dicionários especializados, 5). R703.0981 C376d v.4 pt. 1
  • FERREIRA, Félix. Belas Artes: estudos e apreciações. Introdução e notas de Tadeu Chiarelli. 2. ed. Porto Alegre: Zouk, 2012. p. 217.
  • FREIRE, Laudelino. Um século de pintura: apontamentos para a história da pintura no Brasil de 1816-1916. Rio de Janeiro: Fontana, 1983.
  • GAZETA DA BAHIA. Salvador, 27 jun. 1880. Disponível em: < hemerotecadigital.bn.br >. Acesso em: 11 mar. 2015.
  • GAZETA DA NOTÍCIAS. Rio de Janeiro, 15 dez. 1882, p. 1. Disponível em: < hemerotecadigital.bn.br >. Acesso em: 11 mar. 2015.
  • GAZETA DA NOTÍCIAS. Rio de Janeiro, 30 mar. 1885, p. 1. Disponível em: < hemerotecadigital.bn.br >. Acesso em: 11 mar. 2015.
  • GAZETA DA TARDE. Rio de Janeiro, 13 jun. 1896, p. 2. Disponível em: < hemerotecadigital.bn.br >. Acesso em: 11 mar. 2015.
  • GAZETA DA TARDE. Rio de Janeiro, 17 de jul. 1896, p. 2. Disponível em: < hemerotecadigital.bn.br >. Acesso em: 11 mar. 2015.
  • GAZETA LITERÁRIA. Rio de Janeiro, 11 out. 1884, p. 6. Disponível em: < hemerotecadigital.bn.br >. Acesso em: 11 mar. 2015.
  • LEITE, José Roberto Teixeira. Dicionário crítico da pintura no Brasil. Rio de Janeiro: Artlivre, 1988.
  • LEVY, Carlos Roberto Maciel. Exposições gerais da Academia Imperial e da Escola Nacional de Belas Artes: período monárquico, catálogo de artistas e obras entre 1840 e 1884. Rio de Janeiro: Pinakotheke, 1990. v.1. R709.81 L668e v.1
  • MORAIS, Frederico. Panorama das artes plásticas: séculos XIX e XX. 2. ed. rev. São Paulo: Instituto Cultural Itaú, 1991. 164 p. IC 703.0981 M827p 1991 2.ed.
  • O MONITOR. S/A Academia de Bellas Artes. Salvador, 15 jan. 1881, p. 2. Disponível em: < hemerotecadigital.bn.br >. Acesso em: 11 mar. 2015.
  • O MONITOR. Salvador, 12 jun. 1880, p. 1. Disponível em: < hemerotecadigital.bn.br >. Acesso em: 11 mar. 2015.
  • O MONITOR. Salvador, 12 jun. 1880, p. 1. Disponível em: < hemerotecadigital.bn.br >. Acesso em: 11 mar. 2015.
  • O PAIZ. Rio de Janeiro, 23 out. 1884, p. 1. Disponível em: < hemerotecadigital.bn.br >. Acesso em: 11 mar. 2015.
  • O PAIZ. Rio de Janeiro, 29 abr. 1885, p. 1. Disponível em: < hemerotecadigital.bn.br >. Acesso em: 11 mar. 2015.
  • OTT, Carlos. A escola bahiana de pintura. Salvador: Raízes, 1982.
  • OTT, Carlos. História das artes plásticas na Bahia (1550-1900). Salvador: Alpha Gráfica, s/d.
  • PINTO JUNIOR, Rafael Alves. Manoel Lopes Rodrigues e a alegoria da República (1896): do cotidiano da política à imortalidade do Panteão. DezenoveVinte. Rio de Janeiro, v. v, n. 4, out.-dez. 2010. Disponível em: http://www.dezenovevinte.net/obras/mlr_rapj.htm. Acesso em: 11 mar. 2015.
  • QUERINO, Manoel Raymundo. As artes na Bahia (escorço de uma contribuição histórica). Bahia: Typ. e Encadernação do Lycey de Artes e Offícios, 1909.
  • REIS JÚNIOR, José Maria dos. História da pintura no Brasil. Prefácio Oswaldo Teixeira. São Paulo: Leia, 1944.
  • SILVA, Maria da Conceição Barbosa da Costa e. O Montepio dos artistas: elo dos trabalhadores em Salvador. Salvador: Secretaria de Cultura e Turismo do Estado da Bahia: Fundação Cultural: EGBA, 1998.
  • SILVA, Viviane Rummler da. A fundação da Academia de Belas Artes da Bahia. Disponível em: < http://www.eba130.ufba.br/textos.html >. Acesso em: 11 mar. 2015.
  • SILVA, Viviane Rummler da. Pintores fundadores da Academia de Belas Artes da Bahia: João Francisco Lopes Rodrigues (1825-1893) e Miguel Navarro y Cañizares (1834-1913). 2008. 446 f. Dissertação (Mestrado) - Programa de Pós- Graduação em Artes Visuais - Universidade Federal da Bahia, 2008. Disponível em: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/9855.
  • VALADARES, José. A galeria Abbot: primeira pinacoteca da Bahia. Salvador: Secretaria de Educação, 1951.
  • VALLADARES, Clarival do Prado. Presciliano Silva: um estudo biográfico e crítico. Tradução France Knox, Richard Spock; prefácio dom Clemente Maria da Silva-Nigra. Rio de Janeiro: Fundação Conquista, 1973. (Fundaçao Conquista, 1).

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