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Enciclopédia Itaú Cultural
Artes visuais

José Leandro de Carvalho

Por Editores da Enciclopédia Itaú Cultural
1770 Brasil / Rio de Janeiro / Itaboraí
08.11.1834 Brasil / Rio de Janeiro / Rio de Janeiro
Reprodução fotográfica Jorge Butsuem

Dom João VI, 0019
José Leandro de Carvalho
Pintura sobre tela
102,00 cm x 79,00 cm

José Leandro de Carvalho (São João de Itaboraí RJ ca.1770 - Campos dos Goytacazes RJ 1834). Pintor e desenhista. É levado para o Rio de Janeiro pelo seu padrinho, o cirurgião Muzi. Na capital fluminense, estuda com Leandro Joaquim (ca.1738-ca.1798) e Raimundo da Costa e Silva. Com a chegada da corte portuguesa ao Brasil, em 1808, torna-se o prin...

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Biografia
José Leandro de Carvalho (São João de Itaboraí RJ ca.1770 - Campos dos Goytacazes RJ 1834). Pintor e desenhista. É levado para o Rio de Janeiro pelo seu padrinho, o cirurgião Muzi. Na capital fluminense, estuda com Leandro Joaquim (ca.1738-ca.1798) e Raimundo da Costa e Silva. Com a chegada da corte portuguesa ao Brasil, em 1808, torna-se o principal retratista do período, e representa por diversas vezes dom João VI (1767-1826). Executa também retratos e pinturas para famílias da sociedade carioca. Realiza pintura religiosas, como o painel Ascensão (s.d.), para a Igreja de Bom Jesus do Calvário, no Rio de Janeiro. Pinta o retrato da família real para o altar-mor da antiga capela da Igreja de Nossa Senhora do Carmo, hoje Catedral Metropolitana, painel não mais existente. Faz cenografia para o Teatro de São Pedro e para as cerimônias de coroação de dom João VI e e do imperador dom Pedro I (1798-1834).

Comentário Crítico
O pintor José Leandro de Carvalho é o principal retratista da corte de dom João VI. Como favorito do rei, a quem representa por diversas vezes, pinta ainda retratos de outros membros da nobreza da época como dom Pedro I, a princesa Leopoldina (1797-1826) e dona Maria I, rainha de Portugal. O crítico de arte Gonzaga Duque (1863-1911) afirma que o melhor retrato de dom João VI, presente no Convento de Santo Antonio, no Rio de Janeiro, é realizado por Carvalho, que gradualmente se torna "um pequeno Velásquez"1 da elite imperial.

O historiador da arte Quirino Campofiorito (1902-1993) ressalta que a sua técnica é vigorosa, com um desenho bem acentuado e de notável personalidade. Para ele, a capacidade artística de Carvalho melhor se revela na obra A Família Real em Meio a Anjos e Santos sob a Proteção de Nossa Senhora (ca.1811), painel pintado para o altar-mor da capela da Igreja de Nossa Senhora do Carmo, considerada sua obra-prima.2 Nela, Carvalho retrata a família real, dom João VI e a rainha ajoelhados e os príncipes dom Pedro I e dom Luiz, guiados por um anjo da guarda, em adoração à Virgem do Carmelo.



Nota
1 O crítico o está comparando ao pintor da corte espanhola Diego Velázquez.
2
Com a abdicação do imperador dom Pedro I e devido à reação popular, o artista é levado a recobrir a tela com um preparado de cola que pode ser removido posteriormente. A pintura é levada para a Academia Imperial de Belas Artes (Aiba),  e posteriormente destruída, devido às más condições de armazenamento. Hoje, encontra-se no forro da capela-mor uma pintura (óleo sobre madeira) de Antônio Parreiras, representando Nossa Senhora do Carmo entregando o escapulário a Santo Elias.

Obras 1

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Reprodução fotográfica Jorge Butsuem

Dom João VI

Pintura sobre tela

Exposições 3

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Fontes de pesquisa 16

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  • 150 anos de pintura no Brasil: 1820-1970. Rio de Janeiro: Colorama, 1989. R703.0981 P818d
  • ARAÚJO, Emanoel (coord.). Reflexões iconográficas: memória. São Paulo: Pinacoteca do Estado, 1994.
  • ARAÚJO, Emanoel (coord.). Reflexões iconográficas: memória. São Paulo: Pinacoteca do Estado, 1994. 709.034 R332
  • ARTE no Brasil. São Paulo: Abril Cultural, 1979. 709.81 A163ar v.1
  • BATISTA, Nair. Pintores do Rio de Janeiro colonial: notas bibliográficas. In: Pintura e escultura II. Compilacao Carlos Ott; compilação Joaquim Cardozo, Nair Batista. São Paulo: MEC/IPHAN : FAU/USP, 1978. 157 p., il. p&b. (Textos escolhidos da Revista do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, 8). p.23-38.
  • BATISTA, Nair. Pintores do Rio de Janeiro colonial: notas bibliográficas. In: Pintura e escultura II. Compilacao Carlos Ott; compilação Joaquim Cardozo, Nair Batista. São Paulo: MEC/IPHAN : FAU/USP, 1978. 157 p., il. p&b. (Textos escolhidos da Revista do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, 8). p.23-38. 709.81033 O89p
  • CAMPOFIORITO, Quirino. História da pintura brasileira no século XIX. Rio de Janeiro: Pinakotheke, 1983.
  • CAMPOFIORITO, Quirino. História da pintura brasileira no século XIX. Rio de Janeiro: Pinakotheke, 1983. 759.981034 C198hi
  • DUQUE, Gonzaga. A arte brasileira: pintura e esculptura. Introdução Tadeu Chiarelli. Campinas: Mercado de Letras, 1995. (Arte: ensaios e documentos).
  • DUQUE, Gonzaga. A arte brasileira: pintura e esculptura. Introdução Tadeu Chiarelli. Campinas: Mercado de Letras, 1995. (Arte: ensaios e documentos). 709.81 D946ar
  • LEITE, José Roberto Teixeira. Dicionário crítico da pintura no Brasil. Rio de Janeiro: Artlivre, 1988.
  • LEITE, José Roberto Teixeira. Dicionário crítico da pintura no Brasil. Rio de Janeiro: Artlivre, 1988. R759.981 L533d
  • REIS JÚNIOR, José Maria dos. História da pintura no Brasil. Prefácio Oswaldo Teixeira. São Paulo: Leia, 1944.
  • REIS JÚNIOR, José Maria dos. História da pintura no Brasil. Prefácio Oswaldo Teixeira. São Paulo: Leia, 1944. 759.981 R375h
  • SANTOS, Francisco Marques dos. Artistas do Rio colonial . Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1948. 700.98153 S2373a
  • SANTOS, Francisco Marques dos. Artistas do Rio colonial. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1948.

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