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Enciclopédia Itaú Cultural
Artes visuais

August Zamoyski

Por Editores da Enciclopédia Itaú Cultural
Última atualização: 23.06.2024
27.08.1893 Europa / Polônia / a definir / Jablon
19.05.1970 França / Occitânia / Saint-Clar-de-Rivière
Reprodução fotográfica Romulo Fialdini

Retrato de Assis Chateaubriand, 1953
August Zamoyski, Assis Chateaubriand
Bronze
Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand

August Zamoyski (Jablon, Polônia 1893 - Saint-Clar-de-Rivière, Occitânia, França, 1970). Escultor e professor. No fim da década de 1910, estuda na França, Suíça e Alemanha, onde também trabalha como assistente do pintor Lovis Corinth (1858-1925) e do escultor Joseph Wackerle (1880-1959), em Munique. Em 1919, integra o grupo dos Formistas, na Pol...

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August Zamoyski (Jablon, Polônia 1893 - Saint-Clar-de-Rivière, Occitânia, França, 1970). Escultor e professor. No fim da década de 1910, estuda na França, Suíça e Alemanha, onde também trabalha como assistente do pintor Lovis Corinth (1858-1925) e do escultor Joseph Wackerle (1880-1959), em Munique. Em 1919, integra o grupo dos Formistas, na Polônia. Transfere-se para Nova York em 1920 e, em 1923, para Paris, onde é premiado na categoria Escultura durante a Exposição Internacional de Paris em 1937. Em 1933, é nomeado Comissário Geral de Arte Polonesa no Salão de Outono, em Paris, e em 1936 participa da Bienal de Veneza. Em 1938, recebe prêmio de escultura de Varsóvia. Durante a Segunda Guerra Mundial, vem ao Brasil onde permanece até 1955, quando retorna à França. Na década de 1950, oferece cursos de escultura no Rio de Janeiro e no Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp), tendo entre seus alunos Franz Weissmann (1911-2005), Bellá Paes Leme (1910), Vera Mindlin (1920-1985) e José Pedrosa (1915-2002). Em 1951, participa da 1ª Bienal Internacional de São Paulo e realiza individual no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP) em 1954. Em 1993, seu trabalho é apresentado na retrospectiva póstuma August Zamoyski 1893-1970, no Museu Nacional de Varsóvia. Além disso, é mostrado em diversas exposições coletivas no país, como Um Século de Escultura no Brasil, no Masp, em 1982, e Pampulha, Obra Colecionada: 1943-2003, no Museu de Arte da Pampulha (MAP), em Belo Horizonte, em 2004.

Análise
Antes de vir para o Brasil, August Zamoyski havia participado, durante a década de 1910, da experiência do grupo de vanguarda dos Formistas, também conhecidos como expressionistas poloneses, que propunham uma arte moderna nacional.

Na produção de 1920, após o estágio na Alemanha e já em Paris, o artista trabalha a figura humana com volumes geométricos aproximando-se do cubismo. Após esse período, abandona a pesquisa experimental para voltar-se à tradição.

De fato, nas esculturas de Zamoyski que se encontram no Brasil, a partir da década de 1940, transparece sua habilidade técnica, principalmente no modelado, mas tanto os temas como o tratamento plástico e o material não demonstram vínculo com a experimentação de vanguarda. No trabalho como professor, Zamoyski orienta um futuro expoente da escultura moderna brasileira, Franz Weissmann (1911-2005), e teria sido ele quem, segundo o historiador da arte Walter Zanini, teria ensinado o escultor conterrâneo os "princípios de simplificação formal1".

A obra Nu, 1943, pertencente ao Museu de Arte da Pampulha (MAP), em Belo Horizonte, dialoga com a obra do escultor francês Aristide Maillol (1861-1944), nome que também é fundamental para entender a produção de 1920 de Victor Brecheret (1894-1955), entre outros escultores brasileiros do período, como Bruno Giorgi (1905-1993) e Celso Antônio (1896-1984). Em Nu, a jovem figura reclinada contempla o vazio, seu olhar desvia-se do espectador. No entanto, é preciso salientar que esse olhar classicizante de Zamoyski é um olhar moderno que, sobretudo no Brasil, encontra as manifestações do retorno à ordem bastante significativas no campo da escultura local, exemplar no caso da produção de Galileo Emendabili (1898-1974).

Notas

1. ZANINI, Walter (org.). História geral da arte no Brasil. São Paulo: Instituto Walther Moreira Salles: Fundação Djalma Guimarães, 1983. v. 2, p. 676.

Obras 1

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Exposições 17

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Fontes de pesquisa 17

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  • August Zamoyski. Fundacja Rodziny Staraków. Disponível em: https://starakfoundation.org/en/kolekcja/f/40. Acesso em: 23 jun. 2024.
  • BEDNORZ, Małgorzata. 5 ciekawostek o… Auguście Zamoyskim. Sztvki Piekne, 13 jul. 2022. Disponível em: https://sztukipiekne.pl/5-ciekawostek-o-auguscie-zamoyskim/. Acesso em: 23 jun. 2024.
  • CHIARELLI, Tadeu. Arte internacional brasileira. São Paulo: Lemos, 1999.
  • DICIONÁRIO brasileiro de artistas plásticos. Organização Carlos Cavalcanti e Walmir Ayala. Brasília: Instituto Nacional do Livro, 1973-1980. 4v. (Dicionários especializados, 5).
  • Disponível em: [http://genealog.home.pl/g.pl?kd=4&oa=003071]. Acesso em 14/01/2005. Dynastic Genealogy
  • KALICKA, Marlena. August Zamoyski – arystokrata, buntownik, rzeźbiarz. Niezłą Sztuka, 01 abr. 2020. Disponível em: https://niezlasztuka.net/o-sztuce/august-zamoyski-arystokrata-buntownik-rzezbiarz/. Acesso em: 23 jun. 2024.
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  • TEMPOS de guerra: Hotel Internacional / Pensão Mauá. Curadoria Frederico Morais. Rio de Janeiro: Galeria de Arte Banerj, 1986. (Ciclo de exposições sobre arte no Rio de Janeiro).
  • Tuszyńska, Kamila. „AUGUST ZAMOYSKI. MYŚLEĆ W KAMIENIU”. Wernisazeria, 26 jul. 2020. Disponível em: https://wernisazeria.com/august-zamoyski/. Acesso em: 23 jun. 2024.
  • ZAMOYSKI, August. August Zamoyski: esculturas. São Paulo: MAM, 1954.
  • ZANINI, Walter (org.). História geral da arte no Brasil. São Paulo: Fundação Djalma Guimarães: Instituto Walther Moreira Salles, 1983. v. 1.

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