Daniel Acosta
![Marat, 1995 [Obra]](http://d3swacfcujrr1g.cloudfront.net/img/uploads/2000/01/000593001013.jpg)
Marat, 1995
Daniel Acosta
Compensado laminado e fórmica
Coleção Museu de Arte Moderna de São Paulo (SP)
Texto
Daniel Albernaz Acosta (Rio Grande, Rio Grande do Sul, 1965). Escultor, desenhista, gravador, professor. Faz curso de fundição em bronze com Elvo Benito Damo (1948), em Curitiba, em 1986. No ano seguinte, forma-se em desenho e artes plásticas, com habilitação em escultura, pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), no Rio Grande do Sul. Freqüenta workshops com José Resende (1945), Mílton Machado (1947), Artur Lescher (1962) e Ricardo Basbaum (1961), entre outros.
É professor de escultura do Instituto de Letras e Artes da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), a partir de 1989. Reside em São Paulo desde 1994. Em 1997, é publicado pela Edusp o livro Daniel Albernaz Acosta, com texto de Tadeu Chiarelli. Conclui mestrado em poéticas visuais pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP) em 1999, com orientação de Carmela Gross (1946) em tese intitulada Transfigurações: O Mesmo Como Outro.
Em 2002, participa da 25ª Bienal Internacional de São Paulo, com a série de trabalhos Paisagens Portáteis, tema de sua tese de doutourado, concluído em 2005. Em 2009, participa da 7ª Bienal do Mercosul, com a obra Kosmodrom. Além de suas atividades como artista, é professor de escultura na UFPel.
Análise
Em trabalhos realizados até o início da década de 1990, o artista parte de motivos visuais relacionados à arquitetura tradicional de Pelotas, interior do Rio Grande do Sul, onde vive. Inspira-se principalmente nos ornamentos arquitetônicos de construções em estilo eclético ou art nouveau, e também nos tapumes que ocultavam a demolição de muitos desses edifícios. Como nota o historiador da arte Tadeu Chiarelli, os trabalhos de Acosta, realizados principalmente em lâminas compensadas de cor púrpura, representam a intersecção poética entre o tapume e o ornamento. O artista reside em São Paulo a partir de 1994 e, o impacto da metrópole, produz grande mudança em sua produção. Passa a empregar a fórmica e o gesso, materiais de caráter mais frio e impessoal. Posteriormente, utiliza também a fotografia e o vídeo em suas obras.
Sua produção mantém constante diálogo com a história da arte, como em Marat (1995) que remete ao quadro de Jacques-Louis David (1748 - 1825), ou em Observatório (1995) que faz referência a Marcel Duchamp (1887 - 1968). A obra de Acosta não se limita às regras da escultura contemporânea, mas as ultrapassa, tratando de outras questõe relacionadas ao corpo e à sexualidade.
Obras 5
A Indiferença de Pedro Perante a Pedra
Estimado Selvagem [Leopardo]
Marat
Riorotor
Sem Título
Exposições 117
Fontes de pesquisa 15
- ACOSTA, Daniel. Daniel Acosta. Apresentação Tadeu Chiarelli; fotografia David Guillaume. São Paulo: Casa Triângulo, 1995. f. dobrada, il. p.b.
- ACOSTA, Daniel. Daniel Albernaz Acosta. Texto crítico Tadeu Chiarelli; fotografia Carmem Salazar, David Guillaume, Eduardo Giannini Ortega, Elaine Tedesco, Giovana Ronna, Romulo Fialdini, Sérgio Brenner. São Paulo: Edusp, 1997. 122 p. il. color. (Artistas da USP, 8). ISBN 85-314-0376-6.
- ACOSTA, Daniel. Transfigurações. Curadoria Maria Amélia Bulhões Garcia. Porto Alegre, RS: Instituto de Artes da UFRGS, 1999.
- AO CUBO. Curadoria Luciana Brito, Martin Grossmann; fotografia João Luiz Musa. São Paulo: Paço das Artes, 1997. s.p. il.
- ARTE brasileira contemporânea: doações recentes/ 96. São Paulo: MAM, 1996.
- BIENAL DO MERCOSUL, 8., Porto Alegre, 2011. 8ª Bienal do Mercosul: ensaios de geopoética. Porto Alegre: Fundação Bienal do Mercosul, 2011. [576 p.]. Exposição realizada no período de 10 set. a 15 nov. 2011. Disponível em: https://www.bienalmercosul.art.br/_files/ugd/2468f7_cf77ef2282a6480582742df469de63a7.pdf.
- Bienal de Artes Visuais do Mercosul, 2., 1999, Porto Alegre, RS. II Bienal de Artes Visuais do Mercosul: catálogo Geral. Curadoria Fábio Magalhães. Porto Alegre: Fundação Bienal de Artes Visuais do Mercosul, 1999. 264 p.
- CASSIANO, L. Daniel Acosta. In: Arte gaúcha contemporânea. Porto Alegre: Casa de Cultura Mário Quintana, 1991.
- CENNI, Roberto (Coord.). Território expandido. Prêmio Multicultural Estadão 1999 . Fotografia Eduardo Giannini Ortega; curadoria Angélica de Moraes; apresentação Danilo Santos de Miranda, Roberto C. Mesquita; texto Angélica de Moraes. São Paulo: SESC SP, 1999. paginação irregular, il. color.
- CHIARELLI, Tadeu. Arte internacional brasileira. São Paulo: Lemos, 1999.
- CHIARELLI, Tadeu. Daniel Acosta: o encarnado e o estranho. Revista de Artes da ILA/UFPEL, Pelotas, v. 1, n. 1, p. 71-79, set. 1995.
- CHIARELLI, Tadeu. Os relevos não relevos de Daniel Acosta. Zero Hora, Porto Alegre, 29 ago. 1992. p. 5-6.
- EX- CULTURAS. Texto John Cage. Pelotas: Fundapel, 1991. s.p.
- SALÃO NACIONAL VICTOR MEIRELLES, 6. , 1998, Florianópolis, SC. 6º Salão Nacional Victor Meirelles. Curadoria Charles Narloch. Florianópolis: MASC, 1998. Sala Especial Luiz Henrique Schwanke.
- TREVISAN, Ricardo (Coord.). Amanhã, hoje: a Casa Triângulo de 1988 a 1995. Curadoria Maria Izabel Branco Ribeiro; texto Tadeu Chiarelli. São Paulo: Casa Triângulo, 1995. 63 p., il. p&b color.
Como citar
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DANIEL Acosta.
In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira. São Paulo: Itaú Cultural, 2025.
Disponível em: https://front.master.enciclopedia-ic.org/pessoa19358/daniel-acosta. Acesso em: 03 de maio de 2025.
Verbete da Enciclopédia.
ISBN: 978-85-7979-060-7