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Enciclopédia Itaú Cultural
Artes visuais

Artur Lescher

Por Editores da Enciclopédia Itaú Cultural
Última atualização: 26.09.2018
1962 Brasil / São Paulo / São Paulo
Registro fotográfico Cia de Foto/Itaú Cultural

Máquina, 2007
Artur Lescher
Aço inox e cabos de aço

Artur Lescher (São Paulo, São Paulo, 1962). Escultor. Em 1983, inicia curso de filosofia na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP), e não conclui. Entre 1982 e 1986, realiza cursos livres no ateliê de Carlos Fajardo (1941), Flávia Ribeiro (1954) e Boi (1944). Leciona escultura na Faculdade Santa Marcelina, em São Paulo, de 1991 a...

Texto

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Biografia
Artur Lescher (São Paulo, São Paulo, 1962). Escultor. Em 1983, inicia curso de filosofia na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP), e não conclui. Entre 1982 e 1986, realiza cursos livres no ateliê de Carlos Fajardo (1941), Flávia Ribeiro (1954) e Boi (1944). Leciona escultura na Faculdade Santa Marcelina, em São Paulo, de 1991 a 1999. Em sua produção escultórica, utiliza materiais diversos, como metal, pedra ou madeira, e cria obras que evocam o design e lembram objetos conhecidos, mas destituídos de sua função, como em "O x O" - A Roda, apresentada em 2001, no Memorial da América Latina, em São Paulo. Nas instalações o artista mantém diálogo com o espaço arquitetônico como em Aeroestação, criada para a 19ª Bienal Internacional de São Paulo, em 1987; Semovente, para o Paço das Artes, em 1989; e Indoor Landscape - Paisagem para Espaço Protegido da Natureza, para a 25ª Bienal Internacional de São Paulo, em 2002. Nesse mesmo ano é publicado o livro Artur Lescher, com textos de Aracy Amaral (1930), Rafael Vogt (1974) e Arthur Nestrovski (1959), pela editora Cosac & Naify.

Análise
Na opinião da historiadora da arte Aracy Amaral, a trajetória artística de Artur Lescher relaciona-se a uma poética do espaço, aproximando-se do design e da arquitetura. Além disso, os materiais com que trabalha ajudam a determinar os rumos de suas obras.

Em sua proposta para a 19ª Bienal Internacional de São Paulo, em 1987, instala paralelamente dois polígonos - ou aerólitos - separados pelos caixilhos e vidros do edifício, revelando o espaço pretensamente neutro da construção. Como nota o historiador da arte Tadeu Chiarelli (1956), Lescher enfatiza a dimensão poética do espaço interno do edifício da Bienal, transformando-o, por meio do polígono de alumínio, em um local de reverberações oníricas, que parece refletido no exterior, onde se situa o polígono plástico, visto através dos vidros transparentes, quase transformados em espelhos.

Nota-se a preocupação do artista em permitir ao espectador a percepção afetiva do espaço em que são instalados objetos de grande leveza estrutural, como em Semovente, instalação criada para o Paço da Artes, em São Paulo (1989).  Já em sua produção escultórica, cria objetos em pedra, madeira ou metal, de grande estranheza, porque afastados de seu caráter funcional, ou porque, com uma dose de ironia, parecem desafiar o equilíbrio e à gravidade.

Obras 24

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Reprodução fotográfica autoria desconhecida

Aerólito

Alumínio, ferro , lona vinílica e hélio
Reprodução fotográfica autoria desconhecida

Apropriações

Madeira, ferro, vapor e fotografias
Reprodução fotográfica autoria desconhecida

Elipse

Madeira
Reprodução fotográfica autoria desconhecida

Elipses

Bronze

Exposições 138

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Mídias (1)

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Artur Lescher - Enciclopédia Itaú Cultural
Artur Lescher começa a estudar desenho de observação com o artista multimídia Carlos Fajardo na década de 1980, interessado no desenho do espaço. Ele desenvolve gravuras e pinturas para, posteriormente, dedicar-se a esculturas, objetos, instalações e construções tridimensionais, que desafiam a gravidade. Para a construção do significado da obra, tudo tem início na escolha de materiais e na análise da relação do que muda entre eles quando se articulam entre si. “A potência não está na matéria, mas na possibilidade de aquilo evocar algumas imagens, alguns significados nas pessoas, ressonâncias que podem estar no âmbito das artes ou não, que estão alheias ao meu controle”, explica o artista. Seu trabalho, primordialmente em metal, pedra e madeira, ocupa importantes espaços públicos dentro e fora do país, em museus na Argentina, na Colômbia e nos Estados Unidos.

Produção: Documenta Vídeo Brasil
Captação, edição e legendagem: Sacisamba
Intérprete: Carolina Fomin (terceirizada)
Locução: Júlio de Paula (terceirizado)

Fontes de pesquisa 12

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  • ANA Maria Tavares, Artur Lescher e Iran do Espírito Santo. Texto Tadeu Chiarelli; fotografia Romulo Fialdini. São Paulo: Paço das Artes, 1990.
  • BIENAL BRASIL SÉCULO XX, 1994, São Paulo, SP. Bienal Brasil Século XX: catálogo. Curadoria Nelson Aguilar, José Roberto Teixeira Leite, Annateresa Fabris, Tadeu Chiarelli, Maria Alice Milliet, Walter Zanini, Cacilda Teixeira da Costa, Agnaldo Farias. São Paulo: Fundação Bienal de São Paulo, 1994. Disponível em: https://issuu.com/bienal/docs/name049464.
  • CENTRO Cultural São Paulo: programa de exposições 91. São Paulo: Pavilhão da Bienal, 1992.
  • CITY canibal. Curadoria Vitória Daniela Bousso. São Paulo: Paço das Artes, 1998.
  • DIÁLOGO arte contemporânea Brasil/Equador. São Paulo: Memorial da América Latina/Galeria Marta Traba, 2000.
  • LESCHER, Artur. Artur Lescher. Apresentação Tadeu Chiarelli. São Paulo: Fundação Bienal de São Paulo, 1987.
  • LESCHER, Artur. Artur Lescher. São Paulo: Galeria Nara Roesler, 1998.
  • LESCHER, Artur. Artur Lescher. Texto Aracy Amaral, Rafael Vogt, Arthur Nestrovski; fotografia Romulo Fialdini, Fausto Chermont, Vitor Facciolla, Domingues, Mark James Timoner. São Paulo: Cosac & Naify, 2002.
  • LESCHER, Artur. Artur Lescher: programa de exposições 98. Texto Rafael Maia Rosa. São Paulo: Centro Cultural São Paulo, 1998.
  • O LÁPIS e o papel: sobre a liberdade, o despojamento e o sentido. Curadoria Katia Canton; tradução Brian Honeyball. São Paulo: Galeria Nara Roesler, 2000.
  • SEIS artistas na 25ª Bienal de São Paulo. São Paulo: Galeria Nara Roesler, 2002.
  • SESC (SÃO PAULO, SP). Metal e suas liga-ações. Apresentação Lídia Tolaba, Devanilson Furlan. São Paulo, 1996.

Como citar

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