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Enciclopédia Itaú Cultural
Artes visuais

Rubem Grilo

Por Editores da Enciclopédia Itaú Cultural
Última atualização: 31.01.2024
28.08.1946 Brasil / Minas Gerais / Pouso Alegre

Sem Título
Rubem Grilo
Xilogravura

Rubem Campos Grilo (Pouso Alegre, Minas Gerais, 1946). Gravador, ilustrador, professor, curador. Em 1963, transfere-se para Itaguaí, Rio de Janeiro, e, aos 23 anos, conclui o curso de agronomia pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). Em 1970, estuda xilogravura com José Altino (1946), na Escolinha de Arte do Brasil, no Rio de ...

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Biografia

Rubem Campos Grilo (Pouso Alegre, Minas Gerais, 1946). Gravador, ilustrador, professor, curador. Em 1963, transfere-se para Itaguaí, Rio de Janeiro, e, aos 23 anos, conclui o curso de agronomia pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). Em 1970, estuda xilogravura com José Altino (1946), na Escolinha de Arte do Brasil, no Rio de Janeiro. No ano seguinte, passa a freqüentar a Seção de Iconografia da Biblioteca Nacional e entra em contato com as gravuras de Oswaldo Goeldi (1895-1961), Lívio Abramo (1903-1992), Marcelo Grassmann (1925). Nesse período, inicia curso de xilogravura na Escola de Belas Artes da UFRJ e é orientado por Adir Botelho (1932). Em visitas ao ateliê de Iberê Camargo (1914-1994), recebe lições de gravura em metal e, na Escola de Artes Visuais do Parque Lage (EAV/Parque Lage), estuda litografia com Antonio Grosso (1935). No início da década de 1970, ilustra jornais como Opinião, Movimento, Versus, Pasquim, Jornal do Brasil. Na Folha de S. Paulo, cria ilustrações para os fascículos da coleção Retrato do Brasil. Em 1985, publica o livro Grilo: Xilogravuras, pela Circo Editorial. Em 1990, é premiado pela Xylon Internacional, na Suíça. Em 1998, participa, com sala especial, da 24ª Bienal Internacional de São Paulo e, no ano seguinte, é curador geral da Mostra Rio Gravura. Tem trabalhos publicados em revistas especializadas como Graphis e Who's Who in Art Graphic (Suíça), Idea (Japão), Print (Estados Unidos).

Análise

Nas décadas de 1970 e 1980, a xilogravura surge para Rubem Grilo não como uma escolha meramente estética, formal, mas como uma técnica de alcance popular que lhe permite uma atuação política. Em sintonia com esse ideal está a opção em ilustrar periódicos e trabalhar com temas do cotidiano brasileiro como a ditadura militar, a burocracia, a previdência social, a Constituinte, o sistema político etc. Nessa escolha temática, Grilo busca elaborar uma comunicação direta, em que a crítica política é acentuada pela aproximação entre texto e imagem, como em Burocracia, 1979, Relações de Trabalho, 1980, Sociedade Civil, 1983, Golpe Militar, 1984. O traço tênue e contrastado transfigura e recria formas vigorosas a ocupar todos os espaços do plano, sem permitir nenhum ponto de fuga que desvie o olhar do leitor da imagem.

Nos anos 1990, passados os tempos de repressão militar, Rubem Grilo deixa de ilustrar periódicos. Na nova produção autoral, a crítica social permanece, porém a atenção volta-se para a simplicidade gráfica. A ambigüidade irônica da série Obra Menor traduz a preocupação com os detalhes, presentes em objetos representados em escala reduzida, medindo poucos centímetros. Nessa série, Grilo provoca questionamentos ao deslocar a funcionalidade de objetos. Em Relógio, 7 x 5,5 cm, 1994, por exemplo, substitui a ordem circular dos números por uma espiralar. Nessa operação, altera a lógica do objeto e passa a atuar como um suposto cientista a propor reflexões sobre a medição do tempo e sua importância na vida cotidiana.

Obras 58

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Reprodução fotográfica Vicente Mello/Itaú Cultural

Aldeia Global

Xilogravura

Exposições 168

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Fontes de pesquisa 20

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  • 2ª Trienal Internacional de Arte Gráfica Inter-Kontakt-Grafik Praga'98. O Labirinto: Visões e Interpretações do Mito Eterno na Gravura Contemporânea: de 10set a 15 out. 1998. Praga, República Tcheca. 1 Folder.
  • ARTE em movimento: oficinas interativas. São Paulo: SESC SP, 1997. [8] p. SPsesc 1997/ar
  • BRASIL Reflexão 97: a arte contemporânea da gravura. Curadoria Uiara Bartira. Curitiba: Fundação Cultural de Curitiba, 1997.
  • CADERNO didático-informativo. Brasília: Fundação Athos Bulcão, 1993. 30 p. DFfab 1993
  • GRAVURA brasileira: quatro temas. Curadoria e texto Nelson Augusto. Rio de Janeiro: Escola de Artes Visuais do Parque Lage, 1989.
  • GRAVURA de arte no Brasil: proposta para um mapeamento. Tradução Edison Schroder. Rio de Janeiro: Centro Cultural Banco do Brasil, 1992. RJccbb 1992
  • GRAVURA: arte brasileira do século XX. São Paulo: Itaú Cultural: Cosac & Naify, 2000. IC 769 G777
  • GRILO, Rubem. Arte menor: xilogravuras. Tradução Christopher Peterson; texto Paulo Herkenhoff. Rio de Janeiro: Centro Cultural Banco do Brasil, 1996. 44 p., il. p&b.
  • GRILO, Rubem. Grilo:xilogravuras. Apresentação George Kornis. São Paulo: Circo Editorial, 1985. 47 p., il p&b. (Traço e riso, 6).
  • IMAGEM derivada:um olhar acerca do desdobramento da gravura hoje. Curadoria Mabe Bethônico, Marconi Drummond; texto Luiz Henrique Horta. Belo Horizonte: Museu de Arte da Prefeitura, 1995. [47] p., il. color.
  • IMAGEM gráfica. Rio de Janeiro: Escola de Artes Visuais do Parque Lage, 1995. 160 p., il. p&b.
  • KLEIN, Cristian. Rubem Grilo, ano 26. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 21 set. 1997. Caderno B, p. 11.
  • MISSÕES 300 anos: a visão do artista. Curadoria Frederico Morais; texto Lucio Costa, Arno Alvarez Kern, Luiz Carlos Barbosa. Porto Alegre: Iochpe, 1987. 35 p., il. color.
  • MOSTRA DE GRAVURA CIDADE DE CURITIBA, 6., 1984. VI Mostra de Gravura Cidade de Curitiba: 1984 - Pan-Americana. Curitiba: Fundação Cultural de Curitiba, 1984. PRmgcc 6/1984
  • MOSTRA DE GRAVURA CIDADE DE CURITIBA, 8., 1988. VIII Mostra de Gravura Cidade de Curitiba: 10 anos. Curitiba: Fundação Cultural de Curitiba, 1988. PRmgcc 8/1988
  • MOSTRA RIO GRAVURA, 1999, Rio de Janeiro. Mostra Rio Gravura: catálogo geral dos eventos. Tradução Stephen Berg. Rio de Janeiro: Prefeitura Municipal, 1999.
  • OS COLECIONADORES - Guita e José Mindlin: matrizes e gravuras. Curadoria Jacob Klintowitz. São Paulo: Centro Cultural FIESP, 1998.
  • RUBEM GRILO: xilogravuras. Vitória: Galeria de Arte e Pesquisa da UFES.1984. Não catalogado
  • TEORIA dos valores. Curadoria Márcio Doctors; texto Márcio Doctors, Paulo Herkenhoff. São Paulo: MAM, 1998. 56 p., il. color.
  • XILOGRAVURA: do cordel à galeria. São Paulo: Metrô, 1994. SPmetrô 1994

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