Alcântara Machado

Laranja da China, 1928
Alcântara Machado
Texto
António Castilho de Alcântara Machado d'Oliveira (São Paulo, São Paulo 1901 - idem 1935). Contista, cronista, crítico literário, romancista e jornalista. Filho do jurista, político e escritor José de Alcântara Machado d'Oliveira (1875-1941) e de Maria Emília de Castilho Machado. Seguindo os passos do pai e do avô, ingressa na Faculdade Direito do Largo de São Francisco em 1919. Ainda estudante, escreve artigos jornalísticos, crítica literária e teatral no Jornal do Commercio. Embora não participe da Semana de Arte Moderna (1922), apóia as novas idéias, aproximando-se dos escritores Oswald de Andrade (1890-1954) e Mário de Andrade (1893-1945) e do crítico Sérgio Milliet (1898-1966). Em 1924, torna-se redator-chefe do Jornal do Commercio. Vai para Europa em 1925 e reúne as impressões de viagem em seu primeiro livro, Pathé-Baby, publicado um ano depois. Seu envolvimento com as idéias modernistas e a imprensa leva-o a fundar, com o ensaísta Paulo Prado, a revista Terra Roxa e Outras Terras; com Oswald de Andrade, a Revista de Antropofagia, em 1928, e com Paulo Prado e Mário de Andrade a Revista Nova, que dura de 1931 a 1932. Estréia com o livro de conto de Brás, Bexiga e Barra Funda, em 1927, e lança Laranja da China, em 1928. Na década de 1930 intensifica suas atividades políticas - apóia o movimento constitucionalista de 1932, e se transfere para o Rio de Janeiro como secretário-geral da bancada paulista na Assembléia Constituinte. Em 1934, assume a direção do Diário da Noite e é eleito deputado federal, mas não chega a ser empossado: morre no ano seguinte por complicações de uma apendicite. Deixa inédita a peça teatral A Ceia dos Não Convidados e o romance inacabado Mana Maria, publicados postumamente. Sua obra, baseada numa prosa coloquial, aborda a rápida modernização da cidade de São Paulo, com seus automóveis, indústrias e imigrantes, principalmente os italianos.
Obras 3
Exposições 2
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26/10/2001 - 14/1/2000
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30/11/2003 - 2/3/2002
Fontes de pesquisa 4
- BARBOSA, Francisco de. Estudo Crítico. In: António de Alcântara Machado: trechos escolhidos. Rio de Janeiro: Agir, 1961. p. 7-15
- GRIECO, Agripino (ed.). Em memória de António de Alcântara Machado. São Paulo: Elvino Pocai, 1936.
- LARA, Cecília. De Pirandello a Piolim: Alcântara Machado e o teatro no modernismo. Rio de Janeiro: Instituto Nacional de Artes Cênicas, 1987.
- MACHADO, Luis Toledo. Antônio de Alcântara Machado e o Modernismo. Rio de Janeiro: Livraria José Olympio Editora, 1970. 152 p. (Coleção Documentos Brasileiros, 146).
Como citar
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ALCÂNTARA Machado.
In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira. São Paulo: Itaú Cultural, 2025.
Disponível em: https://front.master.enciclopedia-ic.org/pessoa1826/alcantara-machado. Acesso em: 04 de maio de 2025.
Verbete da Enciclopédia.
ISBN: 978-85-7979-060-7