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Enciclopédia Itaú Cultural
Artes visuais

Aurélio de Figueiredo

Por Editores da Enciclopédia Itaú Cultural
Última atualização: 16.08.2024
03.08.1854 Brasil / Paraíba / Areia
09.04.1916 Brasil / Rio de Janeiro / Rio de Janeiro
Reprodução fotográfica autoria desconhecida

Paisagem Nordestina, 1885
Aurélio de Figueiredo
Óleo sobre tela, c.i.e.
55,00 cm x 88,00 cm

Francisco Aurélio de Figueiredo e Mello (Areia, Paraíba, 1854 - Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1916). Pintor, caricaturista, desenhista, escultor, escritor. Freqüenta, ainda adolescente, a Academia Imperial de Belas Artes - Aiba, no Rio de Janeiro, sob a orientação de seu irmão, o pintor Pedro Américo (1843 - 1905), e de Jules Le Chevrel (ca.18...

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Francisco Aurélio de Figueiredo e Mello (Areia, Paraíba, 1854 - Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1916). Pintor, caricaturista, desenhista, escultor, escritor. Freqüenta, ainda adolescente, a Academia Imperial de Belas Artes - Aiba, no Rio de Janeiro, sob a orientação de seu irmão, o pintor Pedro Américo (1843 - 1905), e de Jules Le Chevrel (ca.1810 - 1872). Em 1871, publica suas primeiras caricaturas em A Comédia Social. Colabora também como caricaturista na Semana Ilustrada, de 1873 a 1875, com séries temáticas, como Os Mistérios de Todos os Dias na Côrte, de 1874. Viaja para a Europa e reside em Florença, entre 1876 e 1878. Nessa época, trabalha no ateliê do irmão e estuda com Antonio Ciseri (1821 - 1891), Nicolò Barabino (1832 - 1891) e Stefano Ussi (1822 - 1901), todos pintores de história, gênero e retrato. Retornando ao Brasil, colabora, entre 1878 e 1879, com o periódico Diabo Coxo, no Recife. Nos anos 1880, visita outros países europeus e participa de várias edições da Exposição Geral de Belas Artes. Torna-se conhecido pelos quadros Francesca da Rimini, de 1893, e Último Baile da Ilha Fiscal, 1905. Produz também retratos, naturezas-mortas, cenas de gênero e paisagens. Sua produção é apresentada em duas exposições individuais: a primeira em 1912, no Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo, e a segunda, póstuma, em 1956, no Museu Nacional de Belas Artes - MNBA, no Rio de Janeiro.

Análise

Aurélio de Figueiredo estuda pintura na Academia Imperial de Belas Artes - Aiba com Jules le Chevrel e com Pedro Américo, seu irmão.  A partir da década de 1870, trabalha para publicações como A Comédia Social e Semana Ilustrada. Para o historiador Herman Lima, essas caricaturas se destacam pelo traço vigoroso e elegante, pelo desenho correto e limpo e pela composição harmônica.

Concluído o curso da Academia, viaja para Florença, na Itália, onde permanece entre 1876 e 1878. De volta ao Rio de Janeiro, realiza ainda freqüentes viagens à Europa e tem intensa atividade como pintor, expondo em sucessivos salões.

Torna-se conhecido principalmente como pintor de história, com obras como Francesca da Rimini (1883) e Último Baile da Ilha Fiscal (1905). Entretanto, como aponta o crítico Gonzaga Duque (1863-1911), em sua produção de pequeno formato, como nos quadros de gênero e nas paisagens, revela-se mais inovador: "Nos pequenos quadros de gênero, nas alegorias, nas fantasias a pincel, o talento de Aurélio tem uma feição característica. Vê-se que todo o trabalho é espontâneo e rápido. Nos traços, os mais simples, conhece-se a mão sempre ligeira e leve do artista; nos toques, os mais insignificantes, o pincel passa com a mesma facilidade".1  Como nota ainda o historiador da arte Luciano Migliaccio (1960), em obras como O Copo d´Água (1893) o artista trata a cena de gênero com uma sensibilidade simbolista, que antecede certas obras de Eliseu Visconti (1866-1944).

Notas

1. DUQUE, Gonzaga. A arte brasileira. Campinas: Mercado de Letras, 1995, p. 190.

Obras 8

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Reprodução fotográfica autoria desconhecida

Menina ao Piano

Óleo sobre tela
Reprodução fotográfica autoria desconhecida

Moça na Janela

Óleo sobre madeira

Exposições 30

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Fontes de pesquisa 14

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  • 150 anos de pintura no Brasil: 1820-1970. Rio de Janeiro: Colorama, 1989.
  • CAMARGO, Armando de Arruda; LÔBO, Hélio de Sá; AZEVEDO, João da Cruz Vicente de (Orgs.). A paisagem brasileira: 1650-1976. São Paulo: Sociarte: Paço das Artes, 1980.
  • CAMPOFIORITO, Quirino. História da pintura brasileira no século XIX. Rio de Janeiro: Pinakotheke, 1983.
  • DUQUE, Gonzaga. A arte brasileira: pintura e esculptura. Introdução Tadeu Chiarelli. Campinas: Mercado de Letras, 1995. (Arte: ensaios e documentos).
  • DUQUE, Gonzaga. Contemporâneos: pintores e esculptores. Rio de Janeiro: Tipografia Benedicto de Souza, 1929.
  • FIGUEIREDO, Aurélio de. Exposição F. Aurélio de Figueiredo. Rio de Janeiro : MNBA, 1956. il. p. b.
  • FREIRE, Laudelino. Um século de pintura: apontamentos para a história da pintura no Brasil de 1816-1916. Rio de Janeiro: Fontana, 1983.
  • LEITE, José Roberto Teixeira. Dicionário crítico da pintura no Brasil. Rio de Janeiro: Artlivre, 1988.
  • LEVY, Carlos Roberto Maciel. Iconografia e paisagem: Cultura Inglesa collection. Rio de Janeiro: Pinakotheke, 1994.
  • LIMA, Herman. Os precursores (conclusão). In: ______. História da caricatura no Brasil III. Rio de Janeiro: J. Olympio, 1963.
  • MORALES DE LOS RIOS FILHO, Adolfo. Grandjean de Montigny e a evolução da arte brasileira. Rio de Janeiro: Noite, 1941.
  • MOSTRA DO REDESCOBRIMENTO, 2000, SÃO PAULO, SP. Arte do século XIX. Curadoria Luciano Migliaccio, Pedro Martins Caldas Xexéo; tradução Roberta Barni, Christopher Ainsbury, John Norman. São Paulo: Fundação Bienal de São Paulo: Associação Brasil 500 anos Artes Visuais, 2000.
  • PINACOTECA do Estado de São Paulo. A arte e seus processos: o papel como suporte. São Paulo: Pinacoteca do Estado, 1978.
  • RUBENS, Carlos. Pequena história das artes plásticas no Brasil. São Paulo: Editora Nacional, 1941. (Brasiliana. Série 5ª: biblioteca pedagógica brasileira, 198).

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