Ordenação

Tipo de Verbete

Filtros

Áreas de Expressão
Artes Visuais
Cinema
Dança
Literatura
Música
Teatro

Período

A Enciclopédia é o projeto mais antigo do Itaú Cultural. Ela nasce como um banco de dados sobre pintura brasileira, em 1987, e vem sendo construída por muitas mãos.

Se você deseja contribuir com sugestões ou tem dúvidas sobre a Enciclopédia, escreva para nós.

Caso tenha alguma dúvida, sugerimos que você dê uma olhada nas nossas Perguntas Frequentes, onde esclarecemos alguns questionamentos sobre nossa plataforma.

Enciclopédia Itaú Cultural
Artes visuais

Francisco Amêndola

Por Editores da Enciclopédia Itaú Cultural
Última atualização: 19.04.2024
1924 Brasil / São Paulo / Ibitinga
05.12.2007 Brasil / São Paulo / Ribeirão Preto
Reprodução fotográfica autoria desconhecida

Buracão, 1963
Francisco Amêndola
Óleo sobre tela, c.i.e.
100,00 cm x 80,00 cm

Francisco Amêndola da Silva (Ibitinga, São Paulo, 1924 – Ribeirão Preto, São Paulo, 2007). Pintor, ilustrador, publicitário, artista gráfico e fotógrafo. Seu pai, líder político, funda o banco Melhoramentos de Ibitinga e o vilarejo de Cambaratiba. Em 1938, muda-se para Campinas e estuda no colégio interno Ateneu Paulista. Nessa época, passa a in...

Texto

Abrir módulo

Francisco Amêndola da Silva (Ibitinga, São Paulo, 1924 – Ribeirão Preto, São Paulo, 2007). Pintor, ilustrador, publicitário, artista gráfico e fotógrafo. Seu pai, líder político, funda o banco Melhoramentos de Ibitinga e o vilarejo de Cambaratiba. Em 1938, muda-se para Campinas e estuda no colégio interno Ateneu Paulista. Nessa época, passa a interessar-se por arte, principalmente pelo desenho. Transfere-se, em 1941, para o Colégio Estadual, em Araraquara, onde permanece até 1944. Nesse ano, com a morte do pai, volta a Ibitinga para administrar a fazenda da família. Mais tarde, retorna à Araraquara, onde estuda na Escola de Belas Artes e tem aulas de pintura com Mario Ybarra de Almeida (1893-1952) e Domenico Lazzarini (1920-1987). Forma-se em 1950 e, em 1951, participa do Salão de Belas Artes de Araraquara, ao lado de Alfredo Volpi (1896-1988), Tarsila do Amaral (1886-1973), Flávio de Carvalho (1899-1973) e Aldemir Martins (1922-2006). A exposição repercute na mídia e atrai a atenção de críticos, como Ivo Zanini (1929) e Sérgio Milliet (1898-1966). Participa da 1ª Bienal Internacional de São Paulo, em 1951. Em 1954, torna-se diretor da Escola de Belas Artes de Araraquara, onde leciona. Faz trabalhos em publicidade e ilustrações para a imprensa. Em 1959, dá aulas na Escola de Artes Plásticas de Ribeirão Preto. Envolve-se com as atividades promovidas pela escola, como os clubes de fotografias, mostras de acervos de museus, festivais de cinema, noites de autógrafos, cursos e palestras. Em 1966, funda com outros artistas o Atelier 1104.

Análise

Francisco Amêndola é um dos artistas mais representativos da ebulição cultural vivida pelos municípios paulistas de Araraquara e Ribeirão Preto, entre as décadas de 1940 e 1960. Essas cidades tornam-se polos artísticos locais, interlocutoras culturais em relação à capital do estado e protagonistas da passagem da arte tradicional para a arte moderna no interior de São Paulo. Amêndola estuda na Escola de Belas Artes de Araraquara entre as décadas de 1940 e 1950, tendo como mestres Mario Ybarra de Almeida e Domenico Lazzarini. Em meados dos anos 1950, a pintura de Amêndola elege como referência a corrente geométrico-abstrata, presente nas Bienais de São Paulo. Não adere, porém, à pura geometria. O artista organiza de maneira mais geométrica a composição, sem renunciar às modulações das cores, elaboradas com rica gama de tons. Pode-se ver o acréscimo de outra referência à obra desse artista, a partir do fim dos anos 1960. Como seu mestre Lazzarini, Amêndola liga-se à abstração informal, então em voga no Brasil. O crítico Tadeu Chiarelli (1956) observa que “o grafismo da produção de Amêndola entre os anos 50 e 60 pode ser entendido como recriação do grafismo presente na produção pictórica de Lazzarini nos anos 50”. Seria o caso, por exemplo, da tela Buracão, de 1963.

Obras 6

Abrir módulo
Reprodução fotográfica autoria desconhecida

Buracão

Óleo sobre tela
Reprodução fotográfica autoria desconhecida

Embalos

Lápis e carvão sobre papel
Reprodução fotográfica autoria desconhecida

Lenda

Óleo sobre tela
Reprodução fotográfica autoria desconhecida

Mulher de Neon

Óleo sobre tela

Exposições 134

Abrir módulo

Fontes de pesquisa 16

Abrir módulo
  • 150 anos de pintura no Brasil: 1820-1970. Rio de Janeiro: Colorama, 1989.
  • AMÊNDOLA, Francisco. Amêndola. Araraquara/SP: Itaugaleria, 1983. 1 folha dobrada.
  • AMÊNDOLA, Francisco. Exposição retrospectiva. Texto Ignácio de Loyola Brandão. São Paulo: Galeria SESC Paulista, 1987. [16] p., il. p&b color.
  • AMÊNDOLA, Francisco. Francisco Amêndola: exposição retrospectiva. Ribeirão Preto: Casa de Cultura de Ribeirão Preto, 1980.
  • AMÊNDOLA, Francisco; CICCI, Ulieno. Dez Artistas Plásticos da Cidade. Ribeirão Preto/SP: Itaugaleria, 1979. 1 brochura.
  • ARTE no Brasil. São Paulo: Abril Cultural, 1979.
  • BIENAL INTERNACIONAL DE SÃO PAULO, 9., 1967, SÃO PAULO, SP. Catálogo geral. São Paulo: Fundação Bienal, 1967.
  • CHIARELLI, Tadeu (cur.). Mostra - modernidade/experimentalismo. Ribeirão Preto: USP, 1992.
  • EXPOSIÇÃO de artistas jovens. São Paulo: MAC/USP, 1965. 11 p.
  • EXPOSIÇÃO no Paço das Artes: Ribeirão Preto. São Paulo: Paço das Artes, 1984. 16 p., s. il.
  • EXPOSIÇÃO: DOAÇÕES RECENTES; OBRAS RESTAURADAS; ACERVO. Ribeirão Preto: Marp, 2002.
  • Franciso Amêndola foi um dos precursores da arte moderna em Ribeirão Preto. RibeirãoPretoOnline. Disponpivel em: [http://www.ribeiraopretoonline.com.br/noticia.php?id=20621]. Acesso em: 23 set. 2009.
  • LEITE, José Roberto Teixeira. Dicionário crítico da pintura no Brasil. Rio de Janeiro: Artlivre, 1988.
  • MOSTRA - modernidade/experimentalismo: artes plásticas em Ribeirão Preto. Produção Maria Alice Coelho Nunes; curadoria Tadeu Chiarelli. Ribeirão Preto: USP, 1992. 27p. s.il.
  • SARP 25 ANOS. Ribeirão Preto: Sarp, 2000.
  • ZANINI, Walter (org.). História geral da arte no Brasil. São Paulo: Fundação Djalma Guimarães: Instituto Walther Moreira Salles, 1983. v. 1.

Como citar

Abrir módulo

Para citar a Enciclopédia Itaú Cultural como fonte de sua pesquisa utilize o modelo abaixo: