Marina Caram
![A Espera, 1969 [Obra]](http://d3swacfcujrr1g.cloudfront.net/img/uploads/2000/01/001780014013.jpg)
A Espera, 1969
Marina Caram
Aquarela e sépia, c.i.d.
50,00 cm x 34,50 cm
Texto
Biografia
Marina Caram (Sorocaba, São Paulo, 1925 - São Paulo, São Paulo, 2008) Pintora, escultora, desenhista, gravadora e ilustradora. Inicia sua produção artística em Sorocaba, em 1945. Muda-se para São Paulo e é apresentada ao modernista Oswald de Andrade (1890-1954) que, impressionado com o trabalho da jovem artista, apresenta-lhe a Pietro Maria Bardi (1900-1999). Em meados de 1950, conhece Di Cavalcanti (1897-1976), que lhe empresta seu ateliê. Sua primeira exposição é uma individual no Museu de Arte de São Paulo (Masp), em 1951. Recebe do governo francês uma bolsa de estudos em Paris, onde frequenta a Escola Superior de Belas Artes, entre 1951 e 1953.
Regressando ao Brasil, expõe novamente no Masp. Realiza diversas viagens de estudo, conhecendo Inglaterra, Argentina, Uruguai, Bolívia e várias partes do Brasil. Em 1983, recebe convite do Museu Saint-Vic, em Saint-Armand Montrond, França, para expor suas obras. Como ilustradora, Caram colabora com o Suplemento Literário do jornal O Estado de S. Paulo e realiza as ilustrações dos livros Ibéria Crucificada, de Miguel Melgarejo (1961); Grito de Augusto, de Aldenora de Sá Porto (1967); Joatão e a Ilha, de José Fonseca Fernandes (1986); e Vocação Hipócrita, de Paulo Fratelli (1986).
A Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) concede à artista prêmio na categoria de Retrospectiva, pelos 40 anos de sua produção em pintura, em 1985. Obras de Marina Caram fazem parte do acervo do Masp, do Museu de Arte Contemporânea de São Paulo (MAC/SP) e da Pinacoteca do Estado de São Paulo.
Análise
Marina Caram constrói uma figuração de características expressionistas dentro de uma temática eminentemente social, apresentando em seus trabalhos personagens anônimos das grandes cidades e das manifestações folclóricas, como em Prostituta (1952), Enterro no Morro (1963) e Favelado Rei do Carnaval (1974). Essas figuras aparecem numa configuração dramática, acentuada pela atmosfera sombria e pelas pinceladas vigorosas que, em geral, predominam em sua obra.
Para o crítico e colecionador de arte Pietro Maria Bardi, Caram tem, no início de sua carreira, a afinidade com o sentimento expressionista e com os temas ligados ao drama humano. A artista também aborda o sincretismo religioso da Bahia, compondo pinturas da série Orixás, como Omulu (1954), Oxossé (1959) e Exu (1960), sempre num registro de distorção das representações e busca por dramaticidade. Nesse mesmo período, realiza a série de xilogravuras Barroca.
Durante os anos 1960, outros temas se destacam em sua obra, como a relação entre o homem e as profissões, Selos e Carimbos (1967), e entre o homem e a máquina, Artesanato Mutilado pela Máquina (1969). Entre as décadas de 1970 e 1980, Caram produz uma série de pinturas cujos temas são o Carnaval e o circo. Nessas obras, misturam-se alegria e desespero, como em Fim de Carnaval (1975) e Palhaço Enamorado(1983).
Obras 14
A Espera
A Prostituta
Bestialidade
Enterro no Morro
Euforia de Carnaval
Exposições 52
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13/12/1954 - 26/2/1953
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2/7/1955 - 12/10/1955
Fontes de pesquisa 24
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- 100 obras Itaú. São Paulo: Itaugaleria, 1985. 700.74 C394 1985
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Como citar
Para citar a Enciclopédia Itaú Cultural como fonte de sua pesquisa utilize o modelo abaixo:
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MARINA Caram.
In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira. São Paulo: Itaú Cultural, 2025.
Disponível em: https://front.master.enciclopedia-ic.org/pessoa8779/marina-caram. Acesso em: 04 de maio de 2025.
Verbete da Enciclopédia.
ISBN: 978-85-7979-060-7