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Enciclopédia Itaú Cultural
Artes visuais

Mário Silésio

Por Editores da Enciclopédia Itaú Cultural
Última atualização: 29.08.2024
13.05.1913 Brasil / Minas Gerais / Pará de Minas
1990 Brasil / Minas Gerais / Belo Horizonte
Reprodução fotográfica autoria desconhecida

Sem Título
Mário Silésio

Mário Silésio de Araújo Milton (Pará de Minas, Minas Gerais, 1913 - Belo Horizonte, Minas Gerais, 1990). Pintor, desenhista, muralista e vitralista. Cursa direito na Universidade de Minas Gerais - UMG (atual Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG), em Belo Horizonte, entre 1930 e 1935. Estuda desenho e pintura na Escola Guignard, sob a orie...

Texto

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Mário Silésio de Araújo Milton (Pará de Minas, Minas Gerais, 1913 - Belo Horizonte, Minas Gerais, 1990). Pintor, desenhista, muralista e vitralista. Cursa direito na Universidade de Minas Gerais - UMG (atual Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG), em Belo Horizonte, entre 1930 e 1935. Estuda desenho e pintura na Escola Guignard, sob a orientação de Alberto da Veiga Guignard (1896-1962), entre 1943 e 1949. Em 1953 viaja para Paris, como bolsista do governo francês, e ingressa no curso de André Lhote. De volta ao Brasil, entre 1957 e 1960 executa diversos painéis em edifícios públicos e privados de Belo Horizonte, como Banco Mineiro de Produção, Condomínio Retiro das Pedras, Inspetoria de Trânsito, Teatro Marília, Escola de Direito da UFMG e Departamento Estadual de Trânsito - Detran. É também de Silésio o mural feito para o Clube dos Engenheiros, em Araruama, Rio de Janeiro. Executa os vitrais da Igreja dos Ferros em 1964.

Análise

Durante os anos 1940, Mário Silésio estuda desenho e pintura com Guignard (1896-1962), na então Escola de Belas Artes, hoje Escola Guignard, em Belo Horizonte. É através dele que Silésio descobre as obras de Paul Cézanne (1839-1906) e Henri Matisse (1869-1954). Porém, a descoberta mais importante desse período, também proporcionada pela Escola, seria o cubismo, que dá ao artista o impulso para sua trajetória rumo à abstração de caráter geométrico. A figuração que Silésio pratica até então se fragmenta gradualmente, buscando a síntese cubista. Sua obra alcança, no início dos anos 1950, a pura abstração geométrica, como na tela Construção nº 5, 1957. Também a partir dos anos 1950, sua pintura encontra expansão nos grandes painéis que realiza para edifícios públicos em Belo Horizonte, integrando-se à paisagem.

O crítico Marcio Sampaio observa que para Mário Silésio - como mais tarde, em outro nível, para os neoconcretistas brasileiros - a forma não deve nunca nascer de uma simples operação matemática, desprovida de espírito e de emoção. É nesse sentido que o trabalho de Silésio, em certo momento, revela um gosto pelas formas circulares impregnadas de luz e de sensibilidade lírica.

Nos anos 1970, o artista retoma em parte a figuração, pintando naturezas-mortas ou paisagens, porém num registro geométrico, como em Paisagem, 1986. Para Sampaio, grande parte da obra de Silésio se acha marcada pela forte presença de uma estrutura arquitetural "amarrando" a composição. 

Obras 5

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Reprodução fotográfica autoria desconhecida

Abstração

Óleo sobre tela
Reprodução fotográfica Romulo Fialdini

Natureza-morta

Óleo sobre tela
Reprodução fotográfica autoria desconhecida

Paisagem

Óleo sobre tela
Reprodução fotográfica autoria desconhecida

Exposições 30

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Fontes de pesquisa 9

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  • BIENAL BRASIL SÉCULO XX, 1994, São Paulo, SP. Bienal Brasil Século XX: catálogo. Curadoria Nelson Aguilar, José Roberto Teixeira Leite, Annateresa Fabris, Tadeu Chiarelli, Maria Alice Milliet, Walter Zanini, Cacilda Teixeira da Costa, Agnaldo Farias. São Paulo: Fundação Bienal de São Paulo, 1994. Disponível em: https://issuu.com/bienal/docs/name049464.
  • EXPOSIÇÃO dos murais das escolas municipais de Belo Horizonte. Belo Horizonte: [s.n.], 1976.
  • GALERIA de Arte Centro Empresarial Rio 1988. Curadoria Wilson Coutinho. Rio de Janeiro: Galeria de Arte Centro Empresarial Rio, 1988.
  • LEITE, José Roberto Teixeira. Dicionário crítico da pintura no Brasil. Rio de Janeiro: Artlivre, 1988.
  • PONTUAL, Roberto. Entre dois séculos: arte brasileira do século XX na coleção Gilberto Chateaubriand. Rio de Janeiro: Edições Jornal do Brasil, 1987.
  • PROJETO arte brasileira: abstração geométrica 2. Texto de Paulo Venâncio Filho. Rio de Janeiro: FUNARTE/Instituto Nacional de Artes Plásticas, 1988.
  • RETROSPECTIVA da Galeria de Arte da Folha para o Prêmio Leirner de Arte Contemporânea: 36 artistas. São Paulo: Galeria de Arte da Folha, 1962.
  • SILÉSIO, Mário. Mário Silésio. Belo Horizonte: Palácio das Artes, 1987.
  • SILÉSIO, Mário. Pinturas de Mário Silésio. São Paulo: MAM, 1977.

Como citar

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Para citar a Enciclopédia Itaú Cultural como fonte de sua pesquisa utilize o modelo abaixo: