Ordenação

Tipo de Verbete

Filtros

Áreas de Expressão
Artes Visuais
Cinema
Dança
Literatura
Música
Teatro

Período

A Enciclopédia é o projeto mais antigo do Itaú Cultural. Ela nasce como um banco de dados sobre pintura brasileira, em 1987, e vem sendo construída por muitas mãos.

Se você deseja contribuir com sugestões ou tem dúvidas sobre a Enciclopédia, escreva para nós.

Caso tenha alguma dúvida, sugerimos que você dê uma olhada nas nossas Perguntas Frequentes, onde esclarecemos alguns questionamentos sobre nossa plataforma.

Enciclopédia Itaú Cultural
Artes visuais

Paulo Roberto Leal

Por Editores da Enciclopédia Itaú Cultural
Última atualização: 03.05.2024
1946 Brasil / Rio de Janeiro / Rio de Janeiro
26.02.1991 Brasil / Rio de Janeiro / Rio de Janeiro
Reprodução fotográfica Luciano Mattos

Des-mov-em, 1971
Paulo Roberto Leal
Dobradura de papel e acrílico

Paulo Roberto Leal (Rio de Janeiro RJ 1946 - idem 1991). Artista plástico, artista gráfico, curador. Funcionário do Banco Central desde 1967, realiza os primeiros trabalhos de programação visual em 1969, produzindo catálogos de exposições de artes plásticas no Rio de Janeiro. Nesse mesmo ano, entra em contato com o neoconcretista Osmar Dillon. N...

Texto

Abrir módulo

Paulo Roberto Leal (Rio de Janeiro RJ 1946 - idem 1991). Artista plástico, artista gráfico, curador. Funcionário do Banco Central desde 1967, realiza os primeiros trabalhos de programação visual em 1969, produzindo catálogos de exposições de artes plásticas no Rio de Janeiro. Nesse mesmo ano, entra em contato com o neoconcretista Osmar Dillon. Na década de 1970, inicia experimentação com materiais ligados a seu trabalho no Banco Central, como bobinas de papel. Ministra curso sobre criatividade com papel no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro - MAM/RJ e recebe prêmio na 11ª Bienal Internacional de São Paulo, em 1971. No ano seguinte, integra, com Franz Weissmann e Humberto Espíndola, a representação brasileira na 36ª Bienal de Veneza. Por ocasião da mostra O Gesto Criador, Olívio Tavares de Araújo realiza filme sobre sua obra em 1977. Trabalha como curador do Museu de Valores do Banco Central até 1980. Em 1984, em parceria com Marcus de Lontra Costa e Sandra Magger, faz a curadoria da mostra Como Vai Você, Geração 80?, na Escola de Artes Visuais do Parque Lage - EAV/Parque Lage, no Rio de Janeiro. É projetado em 1995 o Centro de Referência Iconográfica e Textual PRL no MAM/RJ, com a documentação deixada pelo artista sob a guarda de Armando Mattos. Em 2000, ocorre a exposição Projeto Concreto/PRL, no Centro Cultural da Light, no Rio de Janeiro, e, em 2007, 102 obras de sua autoria são reunidas na mostra Da Matéria Nasce a Forma, no Museu de Arte Contemporânea - MAC-Niterói.

Análise

Desde o início da década de 1970, Paulo Roberto Leal produz obras em que explora as possibilidades plásticas do papel. Utiliza papéis kraft de embrulho, ou outros mais nobres, para criar estruturas de repetição ou variedade de módulos. Nessas obras, o artista destaca o caráter perecível e conceitual de sua proposta, que pode ser desfeita ou alterada a qualquer momento. Na série Armagens, apresenta papéis articulados, enrolados sinuosamente no interior de caixas acrílicas transparentes. Em seus trabalhos, mantém diálogo com a obra de Osmar Dillon, artista que trabalha com poemas visuais criados em caixas de acrílico, estabelecendo jogos entre palavras, formas e cores. Em séries como Desarmagens e Des-mov-em, percebe-se seu questionamento dos limites da pintura.

Em 1974, passa a produzir as entretelas, recortes de tela unidos por costuras à máquina. Posteriormente, elas são pintadas e coladas sobre vários suportes, como na série Armaduras. Como nota o crítico Roberto Pontual, Leal busca no módulo e no múltiplo a base de seus trabalhos, mesclando elementos relacionados à arte povera com o refinamento da arte cinética.

Segundo o crítico, desde 1978, o artista revela a vontade crescente de se aproximar da pintura, sem, no entanto, alterar seu processo de trabalho. Nas séries Armaduras e Quasar, 1980, destaca-se a importância da cor, que cria atmosferas, utilizada também de forma simbólica. Em produção posterior, Paulo Roberto Leal busca ainda uma integração com o ambiente e a arquitetura do local expositivo, como na obra Regata, 1985.

Obras 25

Abrir módulo
Reprodução fotográfica autoria desconhecida

A Escada

Acrílica sobre tela
Reprodução fotográfica Luciano Mattos

A Vila

Acrílica sobre papel moldado e recortado
Reprodução fotográfica Luciano Mattos

Armagem

Dobradura de papel
Reprodução fotográfica Luciano Mattos

Armagem

Dobradura de papel e madeira
Reprodução fotográfica Luciano Mattos

Armagem

Dobradura de papel e acrílico

Exposições 144

Abrir módulo

Fontes de pesquisa 27

Abrir módulo
  • 150 anos de pintura no Brasil: 1820-1970. Rio de Janeiro: Colorama, 1989. R703.0981 P818d
  • 4 Jovens: síntese. São Paulo: Galeria da Collectio, 1973. , il. p&b.
  • 4 Jovens: síntese. São Paulo: Galeria da Collectio, 1973. CAT-G SPgc 1973
  • A RAREFAÇÃO dos sentidos: Coleção João Sattamini - anos 70. Curadoria Reynaldo Roels Jr.. Rio de Janeiro: Escola de Artes Visuais do Parque Lage, 1993. Rjeavpl 1993/r
  • ARTISTAS brasileiros dos anos 60 e 70 na coleção Rubem Knijnik. Porto Alegre: Espaço No Galeria Chaves, 1981. Rseno 1981/a
  • AYALA, Walmir. Dicionário de pintores brasileiros. Rio de Janeiro: Spala, 1992. 2v.
  • BARROSO, Haroldo e LEAL, Paulo Roberto. Haroldo Barroso & Paulo Roberto Leal. São Paulo: Galeria de Arte Ipanema, 1976.
  • COLEÇÃO Gilberto Chateaubriand: retrato e auto-retrato da Arte Brasileira. São Paulo: MAM, 1984. Spmam 1984/R
  • HAROLDO Barroso, Paulo Roberto Leal. São Paulo: Galeria de Arte Ipanema, 1976. , il., p&b., foto.
  • HAROLDO Barroso, Paulo Roberto Leal. São Paulo: Galeria de Arte Ipanema, 1976. Spi 1976
  • LEAL, Paulo Roberto. Exposição de Paulo Roberto Leal. Cuiabá: Museu de Arte e de Cultura Popular/UFMT. , il. p&b.
  • LEAL, Paulo Roberto. Paulo Roberto Leal: pinturas. Sao Paulo: Galeria de Arte São Paulo, 1984. , il. p&b color.
  • LEAL, Paulo Roberto. Paulo Roberto Leal: pinturas. São Paulo: Galeria de Arte São Paulo, 1984. L435 1984
  • LEAL, Paulo Roberto. Projeto concreto. Rio de Janeiro: Centro Cultural Light, 2000. L435 2000
  • LEAL, Paulo Roberto. Projeto concreto. Rio de Janeiro: Centro Cultural da Light, 2000.
  • LOUZADA, Júlio. Artes plásticas Brasil 1989: seu mercado, seus leilões. São Paulo: Inter / Arte / Brasil, 1989. v. 3. R702.9 L895a v.3
  • LOUZADA, Júlio. Artes plásticas Brasil 1990: seu mercado, seus leilões. São Paulo: Inter / Arte / Brasil, 1990. v. 4. R702.9 L895a v.4
  • LOUZADA, Maria Alice do Amaral. Artes plásticas Brasil 1995: seu mercado, seus leilões. São Paulo: Júlio Louzada, 1995. v. 7. R702.9 L895a v.7
  • LOUZADA, Maria Alice do Amaral. Artes plásticas Brasil 1996: seu mercado, seus leilões. São Paulo: Júlio Louzada, 1996. v. 8. R702.9 L895a v.8
  • O DESENHO moderno no Brasil: Coleção Gilberto Chateaubriand. São Paulo: Galeria de Arte do Sesi, 1993. Spsesi 1993
  • OUVERTURE, brésilienne. Ivry-sur-Seine: Galerie Fernand Léger, 1987.
  • OUVERTURE, brésilienne. Ivry-sur-Seine: Galerie Fernand Léger, 1987. Bro 1987
  • PANORAMA da arte atual brasileira/86: pintura. São Paulo: MAM, 1986. Spmam 1986
  • PONTUAL, Roberto. Arte/ Brasil/ hoje: 50 anos depois. São Paulo: Collectio, 1973.
  • PONTUAL, Roberto. Entre dois séculos: arte brasileira do século XX na coleção Gilberto Chateaubriand. Rio de Janeiro: Edições Jornal do Brasil, 1987.
  • SILVEIRA, Dôra (Coord.). Espelho da Bienal. Curadoria Ruben Breitman; versão em inglês Jullan Smyth; texto Mário Pedrosa e Paulo Reis; apresentação Italo Campofiorito. Niterói: MAC-Niterói, 1998. [16] p., 11 cartões-postais. Rjmac 1998
  • TERRITÓRIO ocupado. Curadoria Marcus de Lontra Costa. Rio de Janeiro: Escola de Artes Visuais do Parque Lage, 1986. Rjeavpl 1986

Como citar

Abrir módulo

Para citar a Enciclopédia Itaú Cultural como fonte de sua pesquisa utilize o modelo abaixo: