Ordenação

Tipo de Verbete

Filtros

Áreas de Expressão
Artes Visuais
Cinema
Dança
Literatura
Música
Teatro

Período

A Enciclopédia é o projeto mais antigo do Itaú Cultural. Ela nasce como um banco de dados sobre pintura brasileira, em 1987, e vem sendo construída por muitas mãos.

Se você deseja contribuir com sugestões ou tem dúvidas sobre a Enciclopédia, escreva para nós.

Caso tenha alguma dúvida, sugerimos que você dê uma olhada nas nossas Perguntas Frequentes, onde esclarecemos alguns questionamentos sobre nossa plataforma.

Enciclopédia Itaú Cultural
Artes visuais

Alex Flemming

Por Editores da Enciclopédia Itaú Cultural
Última atualização: 19.04.2024
10.08.1954 Brasil / São Paulo / São Paulo
Reprodução fotográfica autoria desconhecida

Série Natureza Morta, 1978
Alex Flemming
Fotogravura

Alex Flemming (São Paulo, São Paulo, 1954). Pintor, escultor e gravador. Destaca-se por pensar de modo original a questão do corpo e por criar obras críticas e contemporâneas em diferentes mídias.

Texto

Abrir módulo

Alex Flemming (São Paulo, São Paulo, 1954). Pintor, escultor e gravador. Destaca-se por pensar de modo original a questão do corpo e por criar obras críticas e contemporâneas em diferentes mídias.

Frequenta o curso livre de cinema da Fundação Armando Álvares Penteado (Faap), em São Paulo, entre 1972 e 1974. Cursa serigrafia com Regina Silveira (1939) e Julio Plaza (1938-2003), e gravura em metal com Romildo Paiva (1938), em 1979 e 1980. Na década de 1970, realiza filmes de curtas-metragens e participa de festivais. Em 1981, viaja para Nova York, onde permanece por dois anos e desenvolve projeto no Pratt Institute, com bolsa de estudos da Fulbright Foundation.

Dedica-se inicialmente à gravura, à fotografia e à pintura, realizando, em 1983, uma série de grandes quadros que têm como referência fotografias de corpos vigorosos. A partir dos anos 1990, sua produção é marcada por uma nova orientação: realiza intervenções em espaços expositivos e pinturas de caráter autobiográfico. Realiza intervenções na escadaria do Museu de Arte de São Paulo (Masp), com a exibição de diversas cabeças de boi empalhadas, pintadas de azul metálico, encaixadas em latas de lixo brancas invertidas.
 
Posteriormente, passa a recolher e a pintar cadeiras, poltronas e sofás usados, sobre os quais aplica letras que compõem textos retirados de notícias de jornais. Desse modo, o artista desloca a relação preestabelecida com esses objetos. Já em Body builders (2001-2002), fotografa corpos jovens e esbeltos para desenhar mapas de áreas de conflitos e de guerras sobre essas imagens, como os do Oriente Médio ou da região de Chiapas, no México. O uso de caracteres gráficos sobre fotografias de pessoas também está presente em um de seus mais destacados trabalhos: os painéis da estação Sumaré do Metrô de São Paulo. Compostos por fotos de pessoas comuns, a cada uma delas foi atribuído um poema, escrito em letras meio borradas, com alguns trechos invertidos ou ausentes, o que não impossibilita a compreensão do texto.

Entre 1993 e 1994, atua como professor da Oslo Kunstakademie na Noruega. A partir de 1995, reside na Alemanha e continua expondo com frequência no Brasil. Em 2002, são publicados os livros Alex Flemming, pela Edusp, organizado por Ana Mae Barbosa (1936), e Alex Flemming, uma poética..., de Katia Canton (1962), pela editora Metalivros. Em 2005, é lançado o livro Alex Flemming – Arte e história, de Roseli Ventrella e Valéria de Souza, pela Editora Moderna.

Alex Flemming produz, leciona e contribui para a arte contemporânea brasileira, seja como criador, seja como intelectual.

Obras 26

Abrir módulo
Reprodução fotografica Luis Fausto Mark Iatã

A Dúvida

Acrílica sobre tela
Reprodução fotografica Romulo Fialdini

Georgien

Pintura acrílica sobre foto sobre pvc
Reprodução fotografica Romulo Fialdini

India x Paquistão

Pintura acrílica sobre foto sobre pvc

Exposições 263

Abrir módulo

Mídias (1)

Abrir módulo
Alex Flemming - Enciclopédia Itaú Cultural
Alex Flemming não é um romântico. Clássico e racional, ele se apresenta como um criador da “seriedade”, ou seja, que produz em séries. “Minhas ideias borbotam feito uma cascata”, descreve. As colagens, outra característica de sua manufatura, aparecem de diversas maneiras, a exemplo dos quadros compostos pelos estênceis utilizados em sua obra pública mais famosa, a instalação realizada em 1998 na plataforma do metrô Sumaré, em São Paulo. Na fotografia, segue os passos de seu professor, o fotógrafo Cristiano Mascaro, e define-se como purista. O ângulo obtido durante a captação da imagem é mantido tal e qual, sem interferências posteriores. Artista por essência, Flemming defende que a arte é quase como uma religião. “Não existe meio artista”, afirma ele, que só acredita naqueles que “produzem muito e coisas muito diferentes entre si”. “A arte está nisso, na expressão máxima da individualidade.”

Produção: Documenta Vídeo Brasil
Captação, edição e legendagem: Sacisamba
Intérprete: Carolina Fomin (terceirizada)
Locução: Júlio de Paula (terceirizado)

Fontes de pesquisa 14

Abrir módulo
  • BARBOSA, Ana Mae. Alex Flemming. Organização Ana Mae Barbosa. São Paulo: Edusp, 2002. (Coleção Artistas brasileiros). Não Cadastrado
  • CANTON, Katia. Alex Flemming, uma poética.... Tradução Kevin M. Benson Mundy. São Paulo: Metalivros, 2002. 159 p., il. color.
  • CANTON, Katia. Alex Flemming, uma poética.... Tradução Kevin M. Benson Mundy; coordenação editorial Ronaldo Graça Couto. São Paulo: Metalivros, 2002. 159 p., il. color. ISBN 85-85371-39-0. 730.981 F599k
  • FLEMMING, Alex. Alex Flemming. Texto José Sommer Ribeiro, Jean-Claude Bernardet. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1988. [16 p.], il. color.
  • FLEMMING, Alex. Alex Flemming. Texto Tereza de Arruda. Berlin: Galeria Blicken Sdorff, 2001. [24] p., il. p&b color.
  • FLEMMING, Alex. Alex Flemming. Tradução Izabel Murat Burbridge. Rio de Janeiro: Centro Cultural Banco do Brasil, 1997. , il. color.
  • FLEMMING, Alex. Alex Flemming. Ursula-Blickle-Stiftung, 1993. , il. p&b color.
  • FLEMMING, Alex. Alex Flemming: Objekte / Malerei & Moritz Gotze: Grafik / Malerei. Dortmund: Künstlerhaus Dortmund, 1994. 15 p., il. color.
  • FLEMMING, Alex. Alex Flemming: pinturas: 10 dias de instalações itinerantes. São Paulo: [s.n.], 1989. il. color., foto p.b.
  • FLEMMING, Alex. Corpo coletivo. Curadoria Ana Mae Barbosa; tradução Jeffery Hessney, Regina Alfarano. São Paulo: Centro Cultural Banco do Brasil, 2001. [56] p., il. p&b color.
  • FLEMMING, Alex. Estação Sumaré. São Paulo: Metrô, 1998. 72 p., il. color.
  • FLEMMING, Alex. O Sacrifício: instalação sobre a vida & a morte da cultura, do homem, da natureza. Texto Pilar Parcerisas, Antonio Gonçalves Filho, Caio Fernando Abreu, Jean-Claude Bernardet, Mary Sherman, Nelson Brissac Peixoto, Leonor Amarante, Haroldo de Campos, Tadeu Chiarelli. São Paulo: Fundação Bienal de São Paulo, 1991. [32] p., il. p&b. color.
  • FLEMMING, Alex; FRAYZE-PEREIRA, João Augusto. Objekte. Berlin: Galeria Tammen & Busch, 1992. 32p. il., foto p.b.
  • PONTUAL, Roberto. Entre dois séculos: arte brasileira do século XX na coleção Gilberto Chateaubriand. Rio de Janeiro: Edições Jornal do Brasil, 1987.

Como citar

Abrir módulo

Para citar a Enciclopédia Itaú Cultural como fonte de sua pesquisa utilize o modelo abaixo: